O que significa um escravo de ganho?

Perguntado por: rpereira7 . Última atualização: 20 de maio de 2023
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Os escravos de ganho eram mandados pelos seus senhores à rua, para executar as tarefas a que estavam obrigados, e no fim do dia tinham que entregar a seus proprietários uma determinada quantia por eles previamente estipulada.

Os escravos de ganho surgiram como a forma que pessoas que residiam na cidade encontraram para explorar de forma lucrativa a intensificação do fluxo de pessoas e de atividades comerciais da cidade.

Confira cinco exemplos levantados pela organização:

  • 1) Indústria da pesca e de frutos do mar.
  • 2) 'Fábricas de maconha' e salões de unha.
  • 3) Escravidão sexual.
  • 4) Obrigados a mendigar.
  • 5) Em propriedades particulares.

Para exercer esse trabalho, o escravo de ganho gozava de autonomia e liberdade de locomoção. Ele podia, inclusive, morar em uma casa qualquer na cidade e só ia à casa de seu senhor para pagar diária ou semanalmente, a remuneração estipulada.

“Tigreiros” ou “Tigres” eram os nomes dados aos escravos que tinham como função esvaziar barris com excrementos nos rios e praias.

A produção agropecuária, a atividade extrativista e a indústria são exemplos de setores envolvidos no trabalho escravo no Brasil. Os dados mais recentes do trabalho escravo no Brasil atual indicam que foram resgatados 1937 escravos no Brasil no ano de 2021.

As jornadas de trabalho dos trabalhadores escravizados nos engenhos variavam: o plantio (preparação do solo) demandava diariamente aproximadamente 13 horas de labor; já o corte e a moagem da cana-de-açúcar demandavam 18 horas diárias.

Os escravos chamados "boçais", recém-chegados da África, eram normalmente utilizados nos trabalhos da lavoura.

Os escravos africanos no Brasil
Os escravos que ainda não sabiam falar o português eram chamados de boçais. Os que já tinham algum conhecimento da língua eram chamados de ladinos. Existiam também os crioulos, que eram os escravos nascidos no Brasil e, portanto já estavam integrados à cultura local.

substantivo masculino Indivíduo que está ou foi privado de sua liberdade, sendo submetido à vontade de outrem, definido como propriedade. [Por Extensão] Dependente; quem não se consegue livrar da influência de: escravo do álcool; escravo do trabalho.

Muitos trabalhadores ainda se encontram em situação de escravidão no Brasil. No trabalho doméstico, na atividade agropecuária, na mineração, na construção civil ou na confecção têxtil, ainda existem pessoas que sofrem com atentados contra os seus direitos.

Os escravos domésticos trabalhavam diretamente para seus proprietários ou "por aluguel", quando realizavam as funções destinadas na residência de outrem mediante ao pagamento de quantia estipulada por seu senhor.

A escravidão moderna, conforme definida no relatório, consiste em dois componentes principais: trabalho forçado e casamento forçado. Ambos se referem a situações de exploração nas quais uma pessoa não pode recusar ou deixar devido a ameaças, violência, coerção, engano ou abuso de poder.

Os escravos de ganho eram cativos urbanos, especialmente, que tinham a incumbência de comercializar nas cidades, fosse para o seu senhor ou para um senhor que alugava seus serviços, enquanto os capitães do mato perseguiam os escravos rebelados em troca de recompensas em dinheiro.

Diferentemente do “escravo”, privado de liberdade, em estado de servidão, o “escravizado” entra em cena como quem “sofreu escravização” e, portanto, foi forçado a essa situação.

Os homens eram sapateiros, barbeiros, carregadores. Nas cidades, também eram mais comuns os chamados "escravos de ganho" - quando as pessoas escravizadas prestavam serviços para terceiros, sendo obrigadas a entregar o dinheiro para seus proprietários, ficando apenas com uma pequena parte.

Esses negros podiam ser escravos comprados por seus donos ou aqueles que prestavam serviços a diversas famílias como forma de obter um rendimento extra para o dono ou para si mesmos. A prática, muito comum na capital da época, Rio de Janeiro, também era usual em diversas cidades do país.

Escravos de eito eram aqueles que pegavam no trabalho duro dos canaviais, tinham uma péssima alimentação e recebiam constantemente maus tratos. Os Escravos de ganho eram escravos que, no período colonial e no Império, realizavam tarefas remuneradas, entregando ao seu senhor uma quota diária do pagamento recebido.

Resposta verificada por especialistas. Boa tarde! Com base no enunciado acima, podemos compreender que: Naquele período, o homem responsável pelos escravos era o senhor de engenho, ele que cuidava da distribuição e organização dos mesmos.