O que significa ser jovem na década de 60?

Perguntado por: lcastro . Última atualização: 20 de maio de 2023
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Talvez o que mais tenha caracterizado a juventude dos anos 60 tenha sido o desejo de se rebelar, a busca por liberdade de expressão e liberdade sexual. Nesse sentido, para as mulheres, o surgimento da pílula anticoncepcional, no início da década, foi responsável por um comportamento sexual feminino mais liberal.

A década de 1960, sem dúvida, marcou o mundo da moda e valorizou o estilo individual. Se antes os modelos de roupas eram ditados pelas passarelas e pelas elites, nessa época, os jovens levantaram a voz, defendendo não apenas o seu estilo de vida, mas também a forma particular de se vestir.

Os adolescentes eram considerados agressivos, usavam de elementos sexuais, atitudes provocativas e fazem surgir conflitos nos pais, afinal, esses jovens tinham uma liberdade que seus pais jamais tiveram, o medo de envelhecer e o culto à juventude começam então a surgir no mundo adulto.

Os anos 60 foram marcados pelo início da ditadura militar no Brasil e por revoluções que deixaram muitas lições para a história. A década de 60 também foi um ano de revolução na cultura brasileira. Em específico na música brasileira houve uma revolução em forma de protestos.

- A descoberta da estrutura do DNA por James Watson e Francis Crick, em 1962. - Em 12 de abril de 1961, o russo Yuri Gagarin torna-se o primeiro homem a entrar no espaço. - Em 1967, na África do Sul, ocorre o primeiro transplante de coração. Em maio de 1968, o primeiro transplante de coração é realizado no Brasil.

A década de 1960 caracterizou-se pelo fortalecimento dos movimentos de esquerda nos países do Ocidente, tanto no plano político, quanto no ideológico. Nessa altura há um desdobramento de projetos culturais e ideológicos alternativos lançados durante os anos 50.

As crianças e adolescentes eram considerados adultos em miniatura, necessitando apenas de crescer nos aspectos físicos e mentais. Conforme a criança crescia, passava a aprender as tarefas e crenças dos adultos.

A diversidade dos ritmos e a indústria cultural
No âmbito musical, os anos 60 foram marcados pelo rock e pela black music que teve sua origem nos EUA em meio ao surgimento do movimento negro e da ascensão de Martin Luther King como um dos líderes desse movimento.

A década de 1960 ficou conhecida como Anos Rebeldes, graças aos grandes movimentos pacifistas. O rock ganhou um caráter político de contestação nas letras. A música espelhava tensões sociais e desempenhava um importante papel na cultura.

No cinema, Brigitte Bardott, Catherine Deneuve e outras musas ditavam a moda para as mulheres, além da icônica modelo dos cabelos curtinhos, Foi nessa década também que a estilista britânica Mary Quant criou a minissaia e popularizou as hot pants.

As gerações dos anos 1950 e 1960 brincavam muito na rua. Com brincadeiras que são conhecidas até os dias de hoje, como “Esconde-Esconde” (ou Pique-Esconde); “Amarelinha”; “Passa-Anel”; “Taco” e “Adivinhação”. As meninas tinham também bonecas de pano e se divertiam muito com elas.

Diziam ser jovens que pregavam a paz e amor. A música e o cinema já eram fontes de lazer entre eles, perdendo até para as tradicionais visitas a casa de familiares. Se destacaram como gêneros de filmes preferidos o romance e a aventura, e como ídolos Roberto Carlos e Raul Seixas, ícones da música brasileira.

A década de 1950 foi um período de transformações sociais, econômicas, urbanas e comportamentais. Os chamados “anos dourados” trouxeram a consolidação da urbanização, industrialização e da sociedade de massa no Brasil, com a expansão dos meios de comunicação.

O Sistema Internacional de Unidades (SI) foi criado em 1960, na 11ª Conferência Geral de Pesos e Medidas (CGPM), com a finalidade de padronizar as unidades de medida das inúmeras grandezas existentes a fim de facilitar a sua utilização e torná-las acessíveis a todos.

No Brasil, João Goulart virou o primeiro presidente trabalhista com a renúncia de Jânio Quadros. A década de 1960 representou, no início, a realização de projetos culturais e ideológicos alternativos lançados na década de 50.

Os hippies: o movimento surgiu durante a contracultura nos anos 60.

Antigamente, por não existir tecnologia, os jovens aprendiam, brincavam, e trabalhavam sempre com contato físico e humano. Além disso, nem tudo era tão depressa. Contudo, com o avanço da tecnologia e a rapidez das coisas, muitos jovens desenvolveram transtornos de ansiedade, depressão, entre outros.

Os adolescentes de hoje não são como os de antigamente. Segundo um novo estudo publicado no periódico científico Child Development, atualmente, os jovens demoram mais para se engajar em atividades consideradas adultas, como dirigir, trabalhar, beber e ter relações sexuais, em comparação com aqueles de 40 anos atrás.

Embora ainda pouco estudada, a adolescência tem sido vista desde a Antiguidade pelo prisma da impulsividade e excitabilidade. Na Grécia Antiga, os jovens eram submetidos a um verdadeiro adestramento, cujo fim seria inculcar-lhes as virtudes cívicas e militares. Aos 16 anos, podiam falar nas assembleias.

Uma arte mais fria, cerebral, menos engajada, voltada para interrogar sua própria natureza. Uma manifestação que aconteceu em vários Países, quase ao mesmo tempo, inclusive no Brasil. Os agitados anos de 1960 transformaram a imagem das cidades.

Desse período, os acontecimentos mais importantes são as exposições havidas no Rio de Janeiro e São Paulo após o golpe militar. No Rio, as exposições Opinião 65 e 66 e Nova Objetividade Brasileira são os espaços fundamentais para essas manifestações artísticas.