O que significa razão instrumental para os filósofo?

Perguntado por: rassis5 . Última atualização: 20 de maio de 2023
4.8 / 5 14 votos

A razão instrumental no pensamento dos frankfurtianos, é o oposto daquilo que se pode chamar de razão crítica. Se a razão deixa de refletir sobre os fins e os valores da humanidade, ela se torna um simples instrumento, que tem função de alcançar determinado objetivo.

A crítica da "razão instrumental" é justamente a crítica dirigida contra os obstáculos e os impedimentos à concretização do projeto emancipador do homem, preconizados séculos atrás pelos ideólogos e filósofos iluministas.

Horkheimer analisa a razão enquanto dividida em duas faces - a objetiva e a subjetiva - e como a dimensão subjetiva eclipsou a objetiva.

A criticidade é desprezada e a razão é utilizada de forma instrumental para originar e fundar algo que tenha utilidade e seja economicamente valoroso.

Razão instrumental é entendida quando o sujeito do conhecimento toma o conhecimento de que quer dominar e controlar a natureza e principalmente os seres humanos na medida em que a razão se torna instrumental fazendo com que a ciência que hoje é considerada uma forma de conhecimento perde o valor em questão tornando um ...

Adorno e Horkheimer defendiam, contudo, que o aspecto emancipatório da razão foi deixado em segundo plano em favor da razão instrumental, que buscava o domínio técnico-científico da natureza, incluindo a natureza interior do homem e do mundo social. A indústria cultural seria produto dessa razão instrumental.

A Razão Crítica supera a Razão Tradicional não por negação, mas por incorporação. A Razão Crítica que questiona os porquês, as utilizações, os interesses, as consequências históricas e os resultados obtidos pela ciência.

Razão instrumental é um termo usado por Max Horkheimer no contexto de sua teoria crítica, para designar o estado em que os processos racionais são plenamente operacionalizados (Escola de Frankfurt). À razão instrumental, Horkheimer opõe a razão crítica.

De acordo com Horkheimer, “os sistemas filosóficos da razão objetiva implicam a convicção de que se pode descobrir uma estrutura fundamental ou totalmente abrangente do ser e de que disso se pode derivar uma concepção do destino humano”.

Horkheimer propunha que a própria teoria crítica deveria ter como um de seus focos a crítica a teorias que considerava, por deixarem de lado ou não darem a centralidade necessária aos problemas sociais, como reprodutoras de formas de injustiça social.

A razão instrumental só pode ser barrada com o uso da razão crítica, pois ela nos faz pensar e raciocinar sobre o mundo.

Com a análise do conceito de indústria cultural, Adorno e Horkheimer realizam a crítica do controle sobre a cultura como forma de ideológica de dominação. A indústria cultural se torna, desta forma, parte do programa de instrumentalização da razão.

A crítica, no vocabulário kantiano, é uma atividade da razão capaz de dar discernimento aos juízos que ela emite. Ela procura delimitar os limites da razão, impedindo a emissão de juízos em domínios que ela não possa atuar.

Ao lado de Theodor Adorno, Horkheimer desenvolveu a teoria crítica, utilizada por ambos os filósofos em suas obras. A teoria crítica engloba, em suas obras, um conjunto de ideias diretamente ligadas à cultura contemporânea.

A Razão é a faculdade do incondicionado e seu limite para conhecer é o fenômeno. Logo, sem função na área do conhecimento, a Razão pensa objetos, ainda que não possam ser conhecidos. Para Kant, a Razão não constitui objetos, mas tem uma função reguladora das ações humanas.