O que significa pajelança na Umbanda?

Perguntado por: ssiqueira . Última atualização: 1 de maio de 2023
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RESUMO: A pajelança é uma manifestação religiosa voltada para o tratamento de doenças físicas e espirituais, que engloba elementos do catolicismo popular, tambor de mina e das culturas indígenas.

O papel dos pajés é trazer as curas através dos espíritos protetores e transmitir o conhecimento e a sabedoria dos antepassados.

Podemos atribuir como característica geral da pajelança a que foi definida por Heraldo Maués (1990), um conjunto de práticas e crenças xamanísticas que tem em suas expressões culturais diversos elementos da religiosidade indígena, africana e católica, mesclados em graus variáveis.

O pajé e o caboclo: de homem a entidade.

Também é conhecido como Xamã. Ou seja, pajé e xamã significam, na prática, a mesma coisa. Além de liderar os rituais sagrados, os pajés podem assumir o papel de médicos ou sacerdotes, fazendo o uso de plantas para fins medicinais ou invocação de entidades.

Assim, menciono os signos xamã e pajé, xamanismo e pajelança como sinônimos. O xamanismo não é afirmado explicitamente no discurso cotidiano dos parentes indígenas Potiguara, tanto por aqueles que praticam a pajelança quanto por aqueles que buscam ou vivenciam os rituais dos(as) pajés.

O xamã ou pajé é, ao lado do cacique, a maior autoridade de um grupo indígena. No caso dos Yawanawá, são eles os guardiões dos conhecimentos da tribo, desde a medicina até as artes. Acredita-se que tenham dons sobrenaturais — de adivinhação, de cura e até mesmo de matar inimigos telepaticamente.

Porém, nos compete notar que os indígenas tinham as suas próprias representações de “feitiçaria”, identificada, especialmente, na disjunção dos atributos do pajé (xamã) – que deveria atuar em benefício coletivo – e do “feiticeiro” – acusado de usar de forma nociva o seu poder.

Um índio exerce a função do pajé ou xamã não pela imposição, mas como quase tudo que transcorre entre o povo indígena da Amazônia, esta função é por reconhecimento de seus iguais. Só seu povo pode dar a condição a um pajé de ter essa posição social. Por fim, o povo da aldeia, passa o considera-lo desta forma.

Tem, como sinonímia, os termos: xamã, manda-chuva, benzedor e curandeiro. Outras terminologias se aplicam: caraíbas, paié, pagi, pay, payni, pai.

A média salarial de Indigenista Especializado é de R$ 6.500 por mês em Brasil, que é 21% menor do que a média salarial mensal da empresa Fundação Nacional do Índio (FUNAI) para essa vaga, que é de R$ 8.285.

Pajé é uma palavra de origem tupi-guarani utilizada para denominar a figura do conselheiro, curandeiro, feiticeiro e intermediário espiritual de uma comunidade indígena. O pajé é considerado uma das figuras mais importantes dentro das tribos indígenas brasileiras.

1. Brasil ETNOGRAFIA nas comunidades indígenas, espécie de sacerdote, feiticeiro e curandeiro, que realiza os rituais mágicos de cura e adivinhação, invoca e controla espíritos, etc.

Os rituais indígenas são, além disso, uma celebração das diferenças entre os próprios seres humanos, diferenças sem as quais não haveria nem troca nem cooperação.

Axé significa "força, poder" mas também é empregada para sacramentar certas frases ditas entre o povo de santo, como por exemplo: Eu digo: - "Eu estou muito bem." Outro responde: -"Axé!" Esse "axé" aí dito equivaleria ao "Amém" do Catolicismo ("que Deus permita").

Dos Bantos temos uma infinidade de palavras, tais como: angu, bandalafumangá, batuque, muamba, mandinga, mona, muqueca, fubá, cuenda e urucubaca.

Expressão corporal: é comumente saudado com movimento das mãos sob a cabeça. Você provavelmente vai ver alguém tocando a testa com a mão direita, ao mesmo tempo que a esquerda toca a nuca. Faz-se esse movimento, alternando entre mão direita/testa, mão esquerda/nuca e mão direita/ nuca, mão esquerda/ testa.

O xamã é o líder espiritual em quem as comunidades reconhecem capacidades sobrenaturais. É uma figura poderosa que estabelece uma ponte entre o mundo natural e o espiritual. A ele são atribuídos poderes de magia, profecia e cura.

Sekwa para mim era tipo Deus: tinha poder, podia curar as pessoas, saber dos mortos, proteger da chuva, ver coisas que ninguém via.

Os Xamãs pedem ajuda ao ar, quando é preciso reaprender a respirar, a viver. O ar auxilia o curador quando alguém precisa muito se dar conta da sua vida (encarnação) e da sua morte (transmutação), do inspirar (ganhar vida) e do expirar (doar vida).