O que significa o pH na gasometria?

Perguntado por: apereira6 . Última atualização: 5 de fevereiro de 2023
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A gasometria arterial é usada para avaliar o equilíbrio ácido-básico e a oxigenação, representando, cada uma, condição separada. Avaliar o pH para saber se o sangue está dentro da faixa normal, ou se alcalose ou acidose. Se o pH é alcalino ou ácido deve-se saber se o problema é primariamente respiratório ou metabólico.

pCO2 (pressão parcial de gás carbônico)
Se a pCO2 estiver acima de 45 mmHg, existe retenção de CO2 no organismo, puxando o pH para baixo, nos mostrando a acidose respiratória.

Como é feito o exame
A gasometria arterial é feita a partir da coleta de amostra de sangue proveniente da artéria do braço ou da perna. Esse tipo de coleta é bastante doloroso, já que se trata de uma coleta mais invasiva.

O pH tem papel importante no funcionamento do organismo, pois atua em etapas metabólicas essenciais. O pH tem grande influência na atividade enzimática, havendo um pH ótimo de funcionamento para uma determinada enzima. Quanto mais próximo ao pH ótimo, maior a atividade enzimática.

O pH indica a acidez, basicidade ou a neutralidade de um meio. Conhecer o pH de uma solução auxilia no entendimento dos parâmetros de uma reação química, no funcionamento do nosso corpo e também para determinar a qualidade de alguns alimentos, por exemplo.

Assim, o pH serve para nos indicar se uma solução é ácida, neutra ou básica. A escala de pH varia entre 0 e 14 na temperatura de 25ºC. Se o valor do pH for igual a 7 (pH da água), o meio da solução (ou do líquido) será neutro. Mas se o pH for menor que 7, será ácido, e se for maior que 7, básico.

A escala de pH varia entre 0 (fortemente ácido) e 14 (fortemente básico ou alcalino). O pH de 7,0, no centro desta escala, é o neutro. O sangue normalmente é levemente básico, com pH normal na faixa de cerca de 7,35 a 7,45. Normalmente, o corpo mantém o pH sanguíneo próximo de 7,40.

Se a pCO2 estiver dentro da faixa esperada significa que está ocorrendo compensação. Assim, temos uma acidose metabólica COMPENSADA. Se estiver abaixo do valor mínimo esperado significa que está ocorrendo uma hiperventilação maior do que deveria e, por isso, existe também uma alcalose respiratória associada.

Vistos esses conceitos, para identificar as alterações da gasometria arterial precisamos conhecer os valores normais dos parâmetros avaliados: pH = 7,35 – 7,45. pCO2 = 35 – 45 mmHg.

HCO3 (bicarbonato)
A principal base avaliada na gasometria é o bicarbonato de sódio, sendo o bicarbonato Standard a principal representação da concentração dessa base para o nosso organismo.

Pressão parcial de CO2 (PCO2). Mede a quantidade de dióxido de carbono no sangue. Quando a PCO2 aumenta, o pH diminui, porque há mais ácido carbônico presente. Quando a PCO2 diminui, o pH aumenta.

A alcalose é uma excessiva alcalinidade sanguínea provocada por um excesso de bicarbonato no sangue ou pela perda de ácido no sangue (alcalose metabólica) ou por um baixo nível de dióxido de carbono no sangue decorrente de respiração rápida ou profunda (alcalose respiratória).

Valores normais: pH: 7.32-7.42; pCO2: 41-51 mmHg; pO2: 25-40 mmHg; Bicarbonato (HCO3): 24-25 meq/L.

Quais as causas de alteração na gasometria? Como visto anteriormente, existem quatro tipos de alterações que podem ser visualizadas na gasometria. São elas: acidose metabólica, alcalose metabólica, acidose respiratória e alcalose respiratória.

Alimentos como feijão, ovos, farinhas, cacau, álcool, azeitona, queijo, carnes, peixes, açúcar, leite, refrigerante, café e pimenta contribuem para tornar o pH mais ácido – portanto, devem ser evitados em casos de acidose.

Os alimentos que ajudam a alcalinizar o meio, sendo mais fácil para o corpo manter o pH do sangue dentro da normalidade, são aqueles que são ricos em potássio, magnésio e/ou cálcio, como damasco, abacate, melão, tâmara, toranja, uva, laranja, limão, milho, salsão, passas, figo seco, hortaliças verdes escuras e aveia, ...

O sangue normalmente é levemente básico, com pH normal na faixa de cerca de 7,35 a 7,45. Normalmente, o corpo mantém o pH sanguíneo próximo de 7,40.

Se o pH do sangue arterial atingir valores menores que 7,4, desencadeia-se um quadro de acidose. Alguns sintomas são: falta de ar, diminuição ou supressão da respiração e desorientação, o que pode levar a pessoa ao coma. Se o pH ficar abaixo de 6,8, há risco de morte.

O sistema respiratório é o principal controlador dos níveis de pH sanguíneo. O aumento da concentração de dióxido de carbono no sangue provoca aumento de íons H+ e, consequentemente, da acidez. Da mesma forma, a diminuição dos níveis de dióxido de carbono leva a um aumento da alcalinidade do sangue.

A acidez do sangue aumenta quando a pessoa ingere substâncias que contêm ou que produzem ácido, ou quando os pulmões não expelem dióxido de carbono suficiente. As pessoas com acidose metabólica frequentemente têm náuseas, vômitos e fadiga, e podem respirar mais rápido e mais profundamente que o normal.

Sendo p uma função que descreve a quantidade ou o potencial de algo e H referente à espécie analisada, nesse caso, íons H+ ou H3O+, o termo pH significa potencial hidrogeniônico, que nada mais é do que uma forma de expressar a quantidade de íons H+ ou H3O+ em solução.