O que significa felicidade do ponto de vista filosófico?

Perguntado por: lmaldonado . Última atualização: 17 de maio de 2023
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Os filósofos associam a felicidade com o prazer, com os sentimentos e emoções. Segundo Aristóteles, a felicidade seria o equilíbrio e harmonia, e a prática do bem. Para Epicuro, a felicidade ocorre através da satisfação dos desejos. Para Pirro de Élia, a felicidade acontecia através da tranquilidade.

Estudos de Neurofisiologia evidenciam que quando as pessoas estão felizes algumas áreas do cérebro passam a ter mais atividade. A Medicina também aponta que a saúde é importante para a felicidade e vice-versa. Alguns defendem que pessoas saudáveis são mais felizes e outros que pessoas felizes são mais saudáveis.

A felicidade para a Filosofia é você saber compreendê-la,de forma que ela seja eficaz na sua vida,talvez não de modo ético e moral,mas de modo que ela possa ser útil para o teu bem estar e psicológico, que tu possa evoluir de forma que encontre um ponto de equilíbrio na sabedoria.

A felicidade para Sócrates é a obtenção do maior prazer possível e disponível ao ser humano; este agiria de forma a obter o máximo prazer.

Segundo o autor, a felicidade consiste em uma atividade da alma conforme a virtude. É o bem supremo, que tem um fim em si mesmo, sendo almejado por todos. O que constitui a felicidade são as ações virtuosas, e as atividades viciosas conduzem o contrário.

Nesse sentido, para Platão, a felicidade é o resultado final de uma vida dedicada a um conhecimento progressivo até se atingir a ideia do bem, o que poderia ser sintetizado na seguinte fórmula: conhecimento = bondade/justiça = felicidade.

Para alcançar a verdadeira felicidade, Aristóteles, em seu livro Ética a Nicômaco, diz que o ser humano precisa pautar sua vida em ações virtuosas, baseadas no pensamento, na justiça e na razão. Ele identifica três modos de vida que buscam a felicidade.

Para o filósofo grego Aristóteles, a felicidade é alcançada quando o indivíduo age éticamente, ou seja, de forma virtuosa. Um outro aspecto importante da ética aristotélica é que todas as ações visam um bem e, inserida nessa noção de bem, a felicidade seria o bem supremo.

Para Agostinho, o sumo bem é felicidade, e a felicidade consiste em repousar no absoluto que é Deus. Assim, a busca da felicidade, para o filósofo, é a busca de Deus. Na obra Confissões, Agostinho relaciona, entre outros temas, a interioridade e a felicidade.

De acordo com a pesquisa Global Happiness 2020 feita pela Ipsos, as fontes de maior felicidade entre os brasileiros são a saúde/bem-estar físico e sentimento de que a vida tem sentido. Estes dois aspectos são cruciais e interferem na produtividade e no andamento do trabalho.

Logo, Aristóteles opta pela felicidade através de uma vida dedicada á filosofia. Conclui-se que para Aristóteles, tanto a ética quanto a felicidade estão diretamente ligadas ao uso da razão. A natureza racional seria a mais elevada, equiparando-se nossa alma racional, com aspectos similares a dos deuses.

O sentido da vida na filosofia antiga consiste principalmente da aquisição da felicidade (eudaimonia). Esta era comumente considerada a característica mais elevada e mais desejada.

Na perspectiva marxista, podemos inferir que qualquer conceito de felicidade “surge sempre de um estágio particular do desenvolvimento das forças produtivas e das relações de produção e é sempre relativa a um modo particular de produção e a interesses particulares de classe” (BOTTOMORE, 1988, p. 270).

O conceito Freudiano de felicidade é ao mesmo tempo a obtenção de prazer e evitação de desprazer. Assim, todos os homens desejam a felicidade, obter prazer intenso e interminável, e a ausência completa de desprazer.

Em sua ética Epicuro aponta a felicidade como sendo diretamente ligada ao prazer. O prazer é o início e o fim de uma vida feliz. O homem é inclinado a buscar o prazer e a fugir da dor e através do critério do prazer é que nós avaliamos todas as outras coisas.