O que significa andar nas brasas da fogueira?

Perguntado por: uvasques . Última atualização: 20 de maio de 2023
4.9 / 5 15 votos

Caminhar sobre brasas quentes é uma tradição milenar, praticada em várias partes do mundo, seja como rito de passagem ou como forma de demonstrar os poderes especiais de faquires ou xamãs.

A fogueira simboliza a proteção dos maus espíritos, que atrapalhavam a prosperidade das plantações. A festa realizada em volta da fogueira é para agradecer pelas fartas colheitas. Além disso, como a festa é realizada num mês frio, serve para aquecer e unir as pessoas em seu redor.

Mestra em física explica por que os pés não queimam
A pessoa não pode deixar entrar ar entre a brasa e o pé, porque existe uma fina camada de cinzas em cima do braseiro e isso serve como isolante térmico”, afirma. A velocidade também influencia.

Quando as pequenas brasas do coração de cada um se juntam, o resultado é o aquecimento geral das nossas emoções e a intensificação do clamor. Porque o resultado mais importante é a certeza de que Deus está atento ao que se diz naquele lugar, de maneira ainda mais especial.

Trata-se do carvão de madeira, empregado como combustível. Aquela refeição de Elias, 'um pão cozido sobre pedras em brasa', significa um bolo cozido sobre uma pedra quente, como é ainda usual no oriente (1 Rs 19.6).

As brasas não queimam os pés de quem caminha sobre elas porque têm baixa condutividade e baixa capacidade térmica; as solas dos pés ficam pouco tempo em contato com elas; e as células do corpo humano contêm muita água.

Ela vem do Germânico BRASA, “fogo”.

A história conta que a fogueira queimou nas montanhas da Judeia para anunciar o nascimento de João Batista. Isabel, sua mãe, teria feito um acordo com a prima, Maria, que também estava grávida e seis meses depois deu a luz a Jesus. Pediu que acendesse uma fogueira para avisar do nascimento do sobrinho.

A fogueira era um sinal de Santa Isabel, mãe de São João, para Maria, mãe de Jesus, para que Maria soubesse do nascimento do São João. A festa é realizada em volta das fogueiras desde antigamente para simbolizar a proteção contra maus espíritos e para agradecer a prosperidade das plantações e da farta colheita.

Essa festa sempre acontecia durante o solstício de verão, que acontecia no dia 24 de Junho. As comemorações passaram então a ser conhecidas como Joaninas, em homenagem a João Batista, descrito na bíblia como aquele que batizava as pessoas para a vinda de Jesus.

Por causa da pandemia do novo coronavírus, especialistas e profissionais de saúde alertam sobre a queima de fogos e fogueiras no período junino. Segundo eles, a inalação de fumaça pode piorar os sintomas de pessoas que já possuem problemas respiratórios como asma, bronquite e rinite, principalmente idosos e crianças.

Mas, sem dúvida, a fogueira mais difundida popularmente é a oferecida a São João, dia 23 de junho e, por fim, para São Pedro, a grosso modo, acendida por viúvos, em 29 de junho”, detalha. Segundo Rony Silva, a fogueira acesa na frente das casas tem um papel paradoxal.

Tradicionalmente, as festas juninas começam no dia 12 de junho, véspera do dia de Santo Antônio, e encerram no dia 29 de junho, dia de São Pedro. Já nos dias 23 e 24 é celebrado o dia de São João.

Existem três fatores principais em jogo: a baixa condutividade térmica da madeira que vira carvão; uma camada isolante de cinzas; e o pouco tempo de contato entre as brasas e as solas dos pés.