O que significa a pipoca no candomblé?

Perguntado por: dprates . Última atualização: 19 de maio de 2023
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A lenda, segundo Luís Mongelli, é mais utilizada pelo Candomblé e não é necessariamente a justificativa da história da pipoca. "É pela cura da transformação. Do milho virar pipoca", reforça. Pai de santo e o responsável pelo templo, Orlando Mongelli, de 85 anos, explica que agosto é o mês dedicado ao orixá da cura.

Obaluaê

Obaluaê, por outro lado, é um dos orixás mais velhos e tem seu próprio tempo. “A comida de Obaluaê é a pipoca, porque pipoca não se faz sem óleo, e óleo quente não se faz rápido.

Doburu - é a comida ritual dos Orixás Obaluaiê e Omolu, é o milho de pipoca estourado em uma panela, em alguns lugares com óleo (dende), em outros com areia.

Na Umbanda, um dos diretores da liturgia da casa, Luís Mongelli, explica que a pipoca é usada nas oferendas para o orixá Obaluayê. "Os banhos de pipoca são rituais importantes e poderosíssimos, pois está relacionado a cura.

Xangô

“Eu sou do candomblé e o meu Xangô segue uma linha branca e tudo que deve ser oferecido a ele não pode ser preparado com azeite de dendê, mas sim com azeite doce. Também tem o fato de pipoca nem ser comida de Xangô.”.

Banho de Pipoca de Omulú para proteção
Ferva a água e a acrescente na pipoca estourada como se fosse fazer um chá de pipoca. Depois peneire tudo e reserve a água no recipiente grande, a deixe lá até ficar morna. Jogue toda a pipoca que ficou na peneira no lixo e leve a água que sobrou para o banheiro.

A descoberta foi registrada pela primeira vez apenas no século 19, nos EUA. Com o tempo, as pessoas começaram a estourar pipoca como uma forma de diversão entre amigos. O nome da pipoca em inglês, popcorn, faz alusão justamente ao fato de que os grãos de milho estouravam.

Pipoca ou popoca (no Pará também chamada pororoca) é um prato feito a partir de uma variedade especial de milho, o milho-pipoca (Zea mays everta), que estoura quando aquecido.

Obaluaê

Obaluaê, ou também como é conhecido Omolu, Omulu, Obaluaê, Obaluaiê, Xapanã, é o Orixá mais temido dentre todos! É o responsável pela terra, pelo fogo e pela morte, por causa do seu poder.

Por ser rica em polifenóis - antioxidantes que inibem a ação dos radicais livres, cuja ação causa o envelhecimento celular - a pipoca ajuda a reduzir o envelhecimento precoce e o risco de ter doenças cardíacas. É melhor fazer a pipoca sem usar óleo, pois ele elimina as propriedades antioxidantes (e agrega calorias).

Exu é um orixá que tem prioridade nos rituais do candomblé. É a divindade que primeiro deve receber as oferendas. Suas comidas, à base de farinha de mandioca, dendê, cachaça e pimenta, são preparadas com todo o cuidado, para que esta divindade possa receber tudo corretamente.

Nos dias de oferenda, o grão de milho e a pipoca sempre foram os protagonistas de cerimônias como a Sabajé, consagrada a Obaluaiê e Omolu, orixás das enfermidades contagiosas e de pele, onde o milho atua como potência de força, paz e cura.

Oferenda para Omulu
O Orixá que rege nossa passagem para o mundo espiritual deve ser agradado com velas brancas, vermelhas ou pretas, água pura, coco, vinho doce, mel, pipoca e sal grosso, em campo santo (cemitério) ou à beira-mar.

1 - Vela Bicolor Branca e Preta ou Vela Branca. Pipoca Estourada no Azeite Doce (Oliva) ou Areia de. Praia.

A pipoca é o público popular, que acompanha o trio elétrico da rua. O único pré-requisito para ser pipoca é sair de casa e curtir um dos circuitos do carnaval.

Obaluaê, ou Omolu, é o orixá da cura e da doença. Deus da varíola e das pragas, Obaluaê é relacionado com todo tipo de doença física e com as suas respectivas curas. Esse orixá está intrinsecamente relacionado com a terra quente, seca e rígida, ao contrário da sua mãe Nanã que está ligada à terra molhada, a lama.

E a deusa não rejeita a carne de cobra. Já entre os alimentos que são sua quizila, isto é, aqueles alimentos que não podem ser consumidos ou ofertados ao orixá por fazer algum mal ou cortar seu axé, estão a tangerina, a carambola e os pombos.