O que significa a expressão apátridas?

Perguntado por: uramos . Última atualização: 17 de maio de 2023
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São pessoas que não têm sua nacionalidade reconhecida por nenhum país.

A resposta é sim. E as pessoas que não possuem cidadania de nenhum país são conhecidas como apátridas. Mas como isso é possível? A condição de apátrida pode ter início a partir do nascimento (originária) ou pode ocorrer sucessivamente (derivada), quando a pessoa perde cidadania sem adquirir uma outra.

A Convenção de 1954 garante aos apátridas o direito à assistência administrativa (Artigo 25), o direito à carteira de identidade e aos documentos de viagem (Arti- gos 27 e 28) e os isenta da reciprocidade dos requisitos (Artigo 7).

O Brasil abriga 16 pessoas reconhecidas formalmente como apátridas, segundo dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública obtidos pelo G1. Desse total, sete estrangeiros obtiveram o reconhecimento somente entre janeiro e maio de 2020.

Uma pessoa pode se tornar um Apátrida quando, por exemplo, o seu país deixa de existir ou quando um país não reconhece um certo grupo de pessoas com seus nacionais, como determinadas minorias étnicas, religiosas ou migrante presente em seu território.

Centenas de milhares a mais compõem atualmente uma diáspora apátrida em países como Malásia, Índia e Paquistão. Mais de 900 mil rohingyas vivem em acampamentos em Bangladesh.

RANGUM, MIANMAR - Um milhão de rohingyas vivem em Mianmar, alguns há várias gerações. Para os habitantes locais, porém, eles são bengalis, o que os transforma na maior população apátrida do mundo.

Pessoas que nascem apátridas acabam encontrando diversas dificuldades ao longo da vida, como acesso mais restrito a educação e saúde. “Tive que receber uma isenção especial para obter meu certificado de Ensino Médio”, disse Maha, cujos pais tiveram que pedir para o diretor da escola aceitá-los como alunos.

É considerada apátrida a pessoa que não tem sua nacionalidade reconhecida por nenhum país.

> Medidas para evitar a apatridia entre as crianças
Os Estados concederão nacionalidade às crianças que de outra forma poderiam ser consideradas apátridas, e que possuam laços com eles por meio do nascimento no território ou des- cendência.

O ACNUR recebeu a missão de trabalhar com governos para prevenir e solucionar os casos de apatridia e para proteger os direitos dos apátridas.

Na nova Lei de Migração, fica totalmente ausente o órgão competente para atender o tratamento de uma demanda de um apátrida." Uma vez determinada a situação de apatridia, o apátrida reconhecido pelo Brasil poderá adquirir a nacionalidade brasileira, extensível aos seus dependentes e integrantes do seu núcleo familiar.

Em todo o mundo, existem cerca de 4,2 milhões de pessoas sem nacionalidade ou passaporte vivendo em 76 países; Agência da ONU para Refugiados ressalta que situação os priva de acessar direitos fundamentais; conheça a hitsória de Maha que nasceu na Síría e passou três décadas em busca de uma pátria até ser aceita pelo ...

Apatridia

  1. Não ser considerado como nacional por nenhum Estado, nos termos da Convenção sobre o Estatuto dos Apátridas, de 1954;
  2. Residir no Brasil; e.
  3. Não ter antecedentes criminais nos países onde residiu nos últimos cinco anos.

Os apátridas reconhecidos passam a ter autorização de residência no Brasil por prazo indeterminado, sendo-lhes assegurado o exercício de todos os direitos e garantias, em condição de igualdade com os nacionais, conforme a Constituição Federal e pela Lei de Migração, excetuado o direto ao voto.

Houve 25 adesões às duas Convenções da ONU sobre Apatridia, totalizando 94 países. Além disso, 16 países estabeleceram ou melhoraram procedimentos, alguns oferecendo um caminho facilitado para a cidadania.

Um apátrida é o indivíduo que não é titular de qualquer nacionalidade, ou seja, é uma pessoa que não é considerada nacional por qualquer Estado.

Dizemos 'refugiados' quando nos referimos a pessoas que fugiram da guerra ou perseguição e cruzaram uma fronteira internacional. E dizemos 'migrantes' quando nos referimos a pessoas que se deslocaram por razões que não se encaixam na definição legal de refugiado. Esperamos que outros aceitem fazer o mesmo.

Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social.” Então ter cidadania é não estar marginalizado, e poder ter vida social digna, é ter o direito de participar das decisões do país.