O que são alimentos radioativos?

Perguntado por: aperalta . Última atualização: 30 de abril de 2023
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O Sr Bert Popping explica que alimento radioativo é aquele que contem em sua composição elementos radioativos, que emitem pulsos de energia. Um alimento radioativo (alta energia) não é considerado seguro. Já um alimento irradiado é o que sofreu exposição à radiação, para, por exemplo, eliminar microrganismos.

Os alimentos que mais são submetidos à radiação são as frutas, os vegetais, os cereais e os derivados de animais (carnes de aves, peixes e bovinos).

O polônio, de massa atômica 210, como um elemento bastante radioativo, já que seu tempo de meia-vida é muito pequeno, ou seja, ele decai rapidamente, emitindo uma grande quantidade de partículas alfa, Um grama desse material pode matar 50 milhões de pessoas.

As radiações ionizantes usadas em alimentos são os raios X, raios gama ou feixe de elétrons. O principal objetivo do método por irradiação é inibir a maturação de algumas frutas e legumes através de alterações no processo fisiológico dos tecidos vegetais presentes.

Uma banana é naturalmente radioativa. Pois ela contém os elementos Potássio (K) e Carbono (C) radioativos, o mesmo Carbono utilizado para estimar a idade de materiais antigos e fósseis. Além dela, existem diversos alimentos que são radioativos e são consumidos com frequência.

A quantidade de 40K em uma banana será mínima e dose de radiação decorrente da ingestão desta será desprezível. Tanto que quando a radiação é considerada baixa, alguns apelidam de ´dose equivalente a uma banana´ .

A Radura é um logotipo internacional que é utilizado para identificar um alimento irradiado, e é exigido por lei que, além do símbolo, os alimentos irradiados possuam a frase “Alimento tratado por irradiação”.

É necessário informar ao consumidor que o alimento tratado por irradiação não fica radioativo e que, em relação ao seu similar não irradiado, ele apresenta uma melhor qualidade sanitária e que por isso seu consumo é mais seguro.

A irradiação de alimentos faz mal para a saúde? Em 1981, um comitê formado pela Food and Agriculture Organization (FAO) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que alimentos irradiados com até 10,0 kGy (kilogray – unidade de medida para quantidade de radiação absorvida) são incondicionalmente seguros.

Para exemplificar o tempo de conservação de alimentos irradiados, o Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da Universidade de São Paulo (USP) analisou alguns produtos. O arroz antes da irradiação tinha vida útil de um ano e passou a ter conservação de três anos depois de irradiado.

A radioatividade é usada nos alimentos para diminuir os microrganismos causadores do apodrecimento e para aumentar a sua conservação e tempo de consumo.

Produtos muito gordurosos também não podem ser irradiados, porque as gorduras são oxidadas e eles ficam muito rançosos.

Radioatividade é a propriedade que alguns átomos, como urânio e rádio, possuem de emitirem espontaneamente energia na forma de partículas e onda, tornando-se elementos químicos mais estáveis e mais leves.

Grandes doses de radiação ionizante podem causar doença aguda reduzindo a produção de células sanguíneas e danificando o trato digestivo. Uma dose muito grande de radiação ionizante também pode danificar o coração e os vasos sanguíneos (sistema cardiovascular), o cérebro e a pele.

No Brasil, vários são os campos que tiram proveito dos radioisótopos, que são controlados pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

  • Medicina. Na área médica, os radioisótopos são usados principalmente para obter diagnósticos. ...
  • Meio ambiente. ...
  • Indústria e agricultura. ...
  • Alimentos. ...
  • Da Redação/WS.

As principais vantagens da irradiação dos alimentos são: minimização dos microrganismos prejudiciais à saúde, a lenta maturação e germinação, permitindo assim prolongar a duração dos alimentos.

A irradiação de alimentos é uma tecnologia recente, começou a ser utilizada a partir da década de 70, quando foi permitida sua utilização pela FAO (Food and Agriculture Organization) e pela OIEA (Organização Internacional de Energia Atômica) (GOMEZ, LAJOLO e CORDENUNSI, 1999).

Há exatos 35 anos, em 13 de setembro de 1987, ocorreu na capital de Goiás o maior acidente radioativo da história do país — e um dos maiores do mundo.

Apesar do nível baixo de radiação emitida pelo aparelho ser baixo, o acúmulo de exposição à radiação constante pode ser danoso. Desde 2011 a Organização Mundial da Saúde(OMS) adotou uma postura mais cuidadosa sobre esse tema.