O que quer dizer hiperconcentração do radiofármaco?

Perguntado por: dmartins . Última atualização: 17 de maio de 2023
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A concentração do radiofármaco é proporcional ao ritmo de metabolismo ósseo. A concentração anormal em alterações ósseas chega a ser até três vezes maior do que no osso normal, definindo a hiperconcentração, facilitando bastante sua identificação.

Deve ser interpretada mediante dados clínicos, laboratoriais e em conjunto com os resultados de outros exames de imagem. -> A cintilografia óssea trifásica consiste na associação das imagens de captação convencional com imagens de fluxo sanguíneo ósseo.

No exame é utilizado um radiofármaco que é absorvido distintamente pelos tecidos ósseos saudáveis e doentes, viabilizando uma visão completa de todo o esqueleto, o que permite uma leitura mais completa a partir da cintilografia óssea.

Geralmente os radiofármacos se eliminam em poucas horas do seu organismo, através dos rins ou do intestino. Também a radioatividade vai diminuindo com o passar do tempo (diz-se que ela decai).

Uma resposta bastante simplificada é que os radiofármacos agem a partir da liberação de energia pelo radioisótopo contido neles. Isso quer dizer que a ação depende do tipo de radionuclídeo e da molécula ligada a ele. Ambos determinam a distribuição do radiofármaco pelo corpo, chegando ao local alvo da radiação.

A concentração anormal em alterações ósseas chega a ser até três vezes maior do que no osso normal, definindo a hiperconcentração, facilitando bastante sua identificação.

A principal função da cintilografia no câncer de mama é detectar o nódulo sentinela, o qual representa o primeiro linfonodo a drenar a via linfática peritumoral, sendo, dessa maneira, o elemento mais importante para determinar o estágio da lesão, a proposta terapêutica e o prognóstico do tratamento”, comenta.

A cintilografia pode detectar variações de até 5% no metabolismo ósseo, geralmente precedendo as alterações radiológicas, oferecendo alta sensibilidade e baixa dose de radiação mesmo na varredura de todo o esqueleto. As áreas de dano ósseo aparecem como pontos escuros na imagem do esqueleto.

A principal função da cintilografia óssea é detectar metástases ósseas de tumores oriundos de outros órgãos (pulmão, próstata ou mama). No entanto, ele também se presta à detecção de tumores ósseos, infecções ou inflamações dos ossos, doenças metabólicas dos ossos, necroses ósseas, fraturas de estresse em atletas, etc.

Os exames utilizados para detecção de metástases normalmente são o RX tórax e a ecografia abdominal (muitos médicos preferem as tomografias contrastadas de tórax e abdômen pela maior sensibilidade) e a cintilografia óssea.

Na área da medicina nuclear são mais utilizados os radiofármacos: Flúor 18, Xénon 133, Tecnécio 99, Iodo 123, Tálio 201, Iodo 131, Gálio 67, Cripton 81. No Brasil os radiofármacos mais utilizados são tecnécio 99 para exames de cintilografia e de tireoide e cintilografia renal estática.

No momento do exame, é usada apenas a dose necessária de radiofármaco para que a análise seja feita. Além dessa dose ser pequena e controlada, ela é rapidamente eliminada pelo corpo.

Desvantagens da cintilografia
A cintilografia pode levar horas por causa da necessidade de espera entre a injeção e o exame, permitindo que o radionuclídeo atinja o tecido alvo. e muitos outros tipos de exames de imagem.

Utilizado mais frequentemente para investigação, tratamento e acompanhamento de casos de câncer, o exame permite ao médico investigar tumores em fases iniciais e apontar com precisão o local, contribuindo para evitar procedimentos mais invasivos, como cirurgias e biópsias.

Radiofármacos são substâncias emissoras de radiação utilizadas em exames de diagnóstico por imagem e radioterapia, que se destinam a utilização na medicina nuclear para fins de diagnóstico e terapia de várias doenças. Estas substâncias são produzidas com elementos com funções diferentes: o fármaco e o radionuclídeo.