O que provoca a falta de ferro no sangue?

Perguntado por: efrutuoso . Última atualização: 8 de maio de 2023
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Anemia ferropriva - é aquela causada pela falta de ferro no organismo de uma pessoa. Geralmente é consequência de uma alimentação inadequada, mas pode também aparecer como resultado da perda de muito sangue ou pela má absorção do nutriente no organismo.

Este tipo de anemia pode causar alguns sintomas como, por exemplo: cansaço, palidez, fraqueza e diminuição da capacidade de respostas do sistema imunológico. Além disso, pode causar efeito negativo no desenvolvimento psicomotor e no aprendizado das crianças.

Alimentos ricos em cálcio (leite, iogurte, queijo, requeijão, sorvete cremoso, flans, pudim e musses) e em oxalatos de cálcio (espinafre, beterraba e brócolis) diminuem a absorção de ferro e devem ser evitados na mesma refeição que os alimentos ricos em ferro.

Considerando uma alimentação que geralmente se consome no Brasil, os principais alimentos ricos em ferro são as carnes em geral, como as vermelhas, frango, peixes e crustáceos, gema de ovo, feijão e outras leguminosas e os vegetais verde escuros.

Um adulto saudável tem de 40 a 160 microgramas de ferro no sangue, que é o nível recomendado. Índices acima disso são um sinal de problema.

O suplemento mais conhecido é o sulfato ferroso, que deve ser tomado em jejum, porque interage com alguns alimentos e pode provocar efeitos colaterais como náuseas e azia, mas existem outros que podem ser tomados juntos com as refeições, como é o caso do gluconato ferroso, em que o ferro está ligado a dois aminoácidos ...

No caso das anemias carenciais, a deficiência de ferro e de ácido fólico deve ter na sua reposição uma dieta mais rica em carnes vermelhas, vegetais – folhas verdes, beterraba, alimentos de milho, feijão, cereais e frutas ricas em vitamina C, que ajudam na absorção do ferro.

Unhas fracas e palidez. Sonolência. Perda de memória. Falta de apetite (pouca fome)

Não, nem toda deficiência de ferro resulta em anemia. Para ser classificada dessa forma, é necessário que, nos exames, a taxa de ferro no sangue, para gestantes de crianças de 6 até 60 meses, seja menor que 11 gramas/dl. A maioria das anemias é de fato causada pelas baixas taxas de ferro no organismo.

Como a vitamina C ajuda a promover a absorção de ferro, muitos médicos a recomendam como um suplemento ao ferro oral para o tratamento da anemia ferropriva (os valores de referência do hemograma e ferritina são compatíveis com os usados no Brasil).

Comprimidos orais de ferro são usados na maioria das pessoas com anemia ferropriva. O ferro intravenoso pode ser usado em pessoas cujo trato gastrointestinal é incapaz de absorver adequadamente o ferro ou naqueles que não conseguem tolerar o ferro oral.

O ferro pode ser obtido com a ingestão de algumas frutas, como coco, mamão ou manga desidratados e de frutos secos, como amendoim ou nozes.

Pode estar elevada em condições como hepatopatias, alcoolismo, malignidades, doenças infecciosas e inflamatórias (ex artrite reumatoide), hipertireoidismo, infarto agudo do miocárdio, doença renal avançada e sobrecarga de ferro (hemossiderose e hemocromatose)1,2.

Tomar o suplemento de ferro ou consumir o alimento fonte de ferro juntamente com alimentos ricos em vitamina C ajuda a aumentar a absorção de ferro no organismo, pois a vitamina C atua como facilitadora, favorecendo a biodisponibilidade do ferro ingerido.

Revisar a dose utilizada de ferro elementar – dose alvo de 100 a 200 mg/dia (4 a 5 comprimidos de sulfato ferroso 40 mg) e tempo de tratamento. A resposta esperada é de um aumento aproximado de 1 g/dl na dosagem de hemoglobina em 4 semanas.

A segunda fase do tratamento corresponde à reposição dos estoques de ferro do organismo. Para esta fase, a duração do tratamento pode variar de dois a seis meses, e o sucesso terapêutico desta fase está relacionado, principalmente, à tolerância do paciente ao composto com ferro que está fazendo uso.

A anemia ferropriva é um quadro grave, podendo colocar o paciente em risco se a hemoglobina estiver abaixo de 11 g/dL para mulheres e de 12 g/dL para homens, o que impede a realização de cirurgias. A doença é mais frequente em mulheres e crianças, vegetarianos ou pessoas que realizam doações de sangue com frequência.