O que pode ser confundida com apendicite?

Perguntado por: amorais2 . Última atualização: 5 de abril de 2023
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A apendicite é um processo inflamatório dos gânglios ao redor do apêndice”, explica Rodrigo Fontan, cirurgião do aparelho digestivo. “Em mulheres (a apendicite) pode se confundir com inflamação de trompas, ovário policístico, cisto de ovário ou infecção urinária.

As primeiras sensações de incômodo surgem ao redor do umbigo, mas é comum que a dor se concentre no lado inferior direito do abdome. Devido à gravidade do quadro, é preciso estar atento à dor, especialmente se ela começa fraca e difusa e vai se concentrando na parte inferior direita do abdome com o passar das horas.

Sinais e sintomas de apendicite
Geralmente, os sintomas de apendicite começam de forma repentina e vão piorando com o tempo. Se o apêndice estiver em contato com a bexiga, vai parecer uma infecção urinária e o paciente vai sentir ardência para urinar.

“O ultrassom está na linha de frente dos exames utilizados para um primeiro diagnóstico de apendicite aguda. Além das dores no abdome, é importante considerar outros sintomas, como perda de apetite, náuseas, vômito, febre e paralisação do intestino.

Palpação. A palpação do abdome deve iniciar-se de maneira superficial, com ambas as mãos, e deve ser seguida da palpação profunda. Você deve buscar por massas, órgãos aumentados, áreas de resistência (inflamação de vísceras) ou resistência generalizada (peritonite).

A dor dura mais de algumas horas
Se a dor durar mais de cinco ou seis horas, vale a pena consultar um profissional de saúde para descartar apendicite. Em caso de enjoo, vômito ou febre, vá ao pronto-socorro. Em caso apenas de dor, ligar para um médico da família é um bom primeiro passo.

Apesar do diagnóstico de apendicite aguda ser eminentemente clínico, dois exames laboratoriais podem auxiliar na investigação: hemograma e urina tipo I (ou sumário de urina).

As causas da dor no lado direito da barriga podem ser desde gases, indigestão e constipação até apendicite aguda. Alguns outros exemplos são: Diverticulite (inflamação na parede interna do intestino);

O tratamento da apendicite é cirúrgico. A incisão é pequena e as cicatrizes quase imperceptíveis. A intervenção pode ser feita também por via laparoscópica com os mesmos resultados da cirurgia com campo aberto. Se a cirurgia não for realizada em tempo hábil, a apendicite pode por em risco a vida do paciente.

Foram utilizados cefotaxima e tinidazol intravenosos por 2 dias, seguidos de ofloxacino e tinidazol por 10 dias. O estudo mostrou que o tratamento é adequado, com curto tempo de internação e de dor. Ressalta-se que há risco de recorrência, mas esta ocorre com incidência próxima à de complicações pós-apendicectomia.

Dor pode estar acompanhada de rigidez e arrotos
As dores abdominais costumam surgir de repente e se manifestam como cólicas ou pontadas. A intensidade do sintoma varia de leve a moderada, mas podem ocorrer momentos de dor mais intensa.

Tossir e respirar profundamente torna a dor pior. Os ataques podem, ou não, começar com um resfriado, mas, geralmente, alguma ou muita febre está presente desde o início, juntamente com constipação, vômitos, perda de apetite e náuseas.

A ultra-sonografia é uma modalidade de exame de imagem que tem sido usada somente recentemente em pacientes com suspeita de apendicite aguda e os resultados têm sido satisfatórios.

No hemograma, a alteração mais comum é o nível de leucocitose moderado, até 18.000/mm³, com desvio à esquerda. Se a taxa de leucocitose estiver acima de 20.000/mm³, frequentemente associa-se esta à ruptura do apêndice.

A dor no pé da barriga é bastante comum e pode ter uma série de causas diferentes. Dentre as causas menos graves, podemos citar a prisão de ventre, o acúmulo de gases, má digestão, cólicas menstruais, intolerância à lactose e infecção urinária.

No caso da apendicite supurada, o órgão sofre um rompimento em consequência da inflamação. O paciente sente dor intensa e passa a correr o risco de sepse – infecção generalizada. A doença é muito comum entre 20 a 30 anos de idade, mas pode afetar pessoas de outras faixas etárias.

Recomendações de alta: se a apendicectomia for videolaparoscópica (VLP) o tempo de repouso relativo são 7 dias; se for cirurgia aberta McBruney o tempo se estende para 30 dias; se for cirurgia aberta mediana (laparotômica) o tempo se estende para três meses.

O tempo de internação na cirurgia para apendicite é de cerca de 1 a 3 dias, sendo que a pessoa volta a casa assim que conseguir se alimentar normalmente com alimentos sólidos.

"Quando o ultrassom mostra a perda da camada submucosa, é provável a presença da apendicite complicada e, portanto, a cirurgia é necessária. Por outro lado, quando o ultrassom não mostra perda da camada submucosa, antibióticos podem ser considerados no tratamento", resumiu o dr. Eric Olcott, da equipe de pesquisadores.