O que pode acontecer com o mundo se a floresta amazônica acabar?

Perguntado por: emoreira4 . Última atualização: 30 de abril de 2023
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O desequilíbrio ambiental, a perda de biodiversidade em larga escala e a intensificação das mudanças climáticas são algumas das consequências do desmatamento na Amazônia.

Floresta leva umidade para toda a América do Sul, influencia regime de chuvas na região, contribui para estabilizar o clima global e ainda tem a maior biodiversidade do planeta. A Floresta Amazônica produz imensas quantidades de água para o restante do país e da América do Sul.

Após cinco anos consecutivos de alta, a área sob alerta de desmatamento na Amazônia teve queda de 33% no primeiro semestre de 2023, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (6) pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

A região conta com importantes recursos naturais e se tornou alvo da ganância. Hoje, temos um cenário de controle de território por organizações armadas, homicídios, ameaças, grupos indígenas contra e a favor da mineração. É um clima de tensão permanente.

Os modelos sugerem que, até o ano 2050, as temperaturas na Amazônia aumentarão em 2º C a 3°C. Ao mesmo tempo, a diminuição das chuvas nos meses de seca provocará a ampliação da seca. Essas mudanças terão graves consequências.

A retirada da cobertura vegetal pode desencadear diversos problemas, como perda da biodiversidade, degradação de habitat e alterações climáticas. O desmatamento é ocasionado principalmente pelas ações humanas, como as expansões agropecuária e urbana.

A floresta Amazônica representa um terço das florestas tropicais do mundo, desempenhando papel imprescindível na manutenção de serviços ecológicos, tais como, garantir a qualidade do solo, dos estoques de água doce e proteger a biodiversidade.

O bioma é responsável pela umidade de toda a América do Sul, influencia no regime de chuvas de todo o país, contribui para estabilizar o clima global e ainda tem a maior biodiversidade do planeta.

O desmatamento leva à perda de serviços ambientais, que têm um valor maior que os usos pouco sustentáveis que substituem a floresta. Estes serviços incluem a manutenção da biodiversidade, da ciclagem de água e dos estoques de carbono que evitam o agravamento do efeito estufa.

A cobiça internacional encontrou ecos diante de temas que se tornaram universais, como o meio ambiente, missões indígenas, clima, narcotráfico e desflorestamento. Brevemente o problema de escassez de água levará o mundo a se voltar ainda mais para Amazônia.

O desmatamento da Amazônia é motivo de grande preocupação para o Brasil, pois ele leva a alterações significativas no funcionamento dos ecossistemas. Isso gera impactos sobre a estrutura e a fertilidade dos solos e sobre o ciclo hidrológico, constituindo importante fonte de gases do efeito estufa.

Mesmo com a redução significativa, o acumulado de janeiro a maio de 2023 foi o quarto maior desde 2008, superado apenas pelos anos da era Bolsonaro: 2020, 2021 e 2022. Entre janeiro e maio, a floresta amazônica perdeu 1,5 mil km² de vegetação nativa, área equivalente à cidade de São Paulo (SP).

Os alertas de desmatamento acumulados nos quatro primeiros meses de 2023 na Amazônia atingiram 1.132 km², uma área 38% menor em comparação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados do Sistema DETER, do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

perda de biodiversidade tanto na fauna quanto na flora, além do aumento do número de espécies ameaçadas de extinção; desequilíbrio ecossistêmico; poluição atmosférica decorrente das queimadas; agravamento das mudanças climáticas em função da emissão de gases poluentes na atmosfera.

O desmatamento é a parte mais visível da destruição da Amazônia. Mas a floresta também é comida pelas entranhas e as beiradas. A degradação — basicamente a redução de função ecológica e o aumento da vulnerabilidade da mata sobrevivente do fogo e do abate — atinge 38% da floresta. A área desmatada chega a 20%.

Estima-se que o setor de base florestal, que atua basicamente em seis cadeiras produtivas, seja responsável por 4% do PIB brasileiro e pela geração de 6 milhões de empregos. Minerais encontrados na Amazônia: ferro, manganês, cobre, alumínio, zinco, níquel, cromo, titânio, nióbio, fosfato, ouro, prata, platina, paládio.

Apesar da teoria de Ratanabá ser infundada, pesquisas arqueológicas recentes mostram que a Amazônia pré-colombiana tinha assentamentos indígenas dotados de certo grau de complexidade, a ponto de serem classificados como urbanos por alguns arqueólogos.

Florestas do futuro terão árvores menores e absorverão menos carbono, sugere estudo.

Esses fatores juntos mostraram que há dois limites que não podem ser superados para garantir o equilíbrio da floresta: chegar a 4°C de aquecimento ou 40% de desmatamento. Se uma dessas condições for superada, os cientistas acreditam que se chegará a um ponto de ruptura. Em 2050, metade da floresta pode virar savana.

Conheça quatro ações que podem ajudar a salvar a Amazônia.

  1. Consumo consciente.
  2. Fortaleça as redes de apoio.
  3. Aprenda com os povos da floresta.
  4. Incentive o reflorestamento.

Além das doenças causadas pelo fogo, o desmatamento pode aumentar a transmissão de doenças infecciosas e até o surgimento de novas doenças. Um aumento de 10% no desmatamento leva a um aumento de 3,3% na incidência da malária, por exemplo.