O que Platão falou sobre a música?

Perguntado por: lvieira . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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Para Platão, a música seria capaz de atingir mais profundamente a alma de um cidadão, podendo moldá-la para o bem ou para o mal. O uso correto da educação musical iria abrandar os irascíveis e afastar os maus vícios, assim como atrairia as boas virtudes, coragem, ordem à alma e até mesmo justiça.

Sócrates — Assim sendo, o músico amará esses homens tanto quanto possível; mas não amará o homem desprovido de harmonia. Glauco — Convenho em que isso aconteça, pelo menos se for a alma a ter algum defeito; porém, se for o corpo, tomará o seu partido e consentirá em amar.

Para Aristóteles, a presença da música na educação ocorre principalmente pela relação que a música tem com as emoções, que pode ser chamada de movimento da alma.

A Para Platão, a obra do artista é cópia de coisas fenomênicas, um exemplo particular e, por isso, algo inadequado e inferior, tanto em relação aos objetos representados quanto às ideias universais que os pressupõem.

O filósofo critica as obras de arte que se limitam “copiar” a natureza, já que elas acabam afastando o homem da real Beleza, que é aquela existente no mundo das ideias. Essas questões influenciaram, por muito tempo, em maior ou menor intensidade, a produção artística ocidental.

Platão (427-347 a.C.)
Tente mover o mundo - o primeiro passo será mover a si mesmo. Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida.

Tente mover o mundo – o primeiro passo será mover a si mesmo. Nota: A citação é atribuída a Platão e Sócrates.

Nietzsche recusa o consolo da metafísica e da religião porque a música já ocupa tal espaço. “Sem a música, a vida seria um erro”, escreveu em Crepúsculo dos Ídolos. Em seu “poder de dizer sim ao mundo”, a música constitui para Nietzsche uma tripla iniciação: iniciação à felicidade, à vida e à filosofia.

Pitágoras

Pitágoras revolucionou a Música antiga ao desvendar novas possibilidades musicais com base na descoberta de novas escalas tonais possíveis.

A Filosofia da Música é um campo de pesquisas que vem se organizando em torno da reflexão filosófica a respeito de conceitos centrais que estruturam a Estética Musical.

Pitágoras

Pitágoras o criador do monocórdio, descobriu uma relação entre os números e os sons, as notas musicais. Essa relação deu origem à harmonia musical, que nada mais é que a união das notas tocadas simultaneamente, produzindo um som agradável aos ouvidos.

O filósofo Grego Platão, já no século IV, defendia que a música possui recursos muito mais potentes que qualquer outro método de ensino: “Primeiramente, devemos educar a alma através da música e a seguir o corpo através da ginástica”.

Noel Rosa

Noel Rosa compôs a canção “Filosofia” em 1933.

Música e mente
Quando a música penetra no cérebro, atinge diretamente o lugar onde nossas memórias são armazenadas, estimulando a capacidade de recordação e liberando um fluxo de imagens psicologicamente significativas, que podem ser de natureza positiva, ou negativa, ou de memórias relacionadas.

Platão defendia o Inatismo, nascemos como principios racionais e idèias inatas. A origem das idéias segundo Platão é dado por dois mundos que são o mundo inteligivel, que é o mundo que nós, antes de nascer, passamos para ter as idéias assimiladas em nossas mentes.

Platão possuía uma visão negativa da Arte, para ele a arte é MÍMESES (imitação/cópia). A arte é, portanto, uma cópia do mundo sensível e afasta o homem 3 graus da verdade.

A questão da Excelência humana ou, no vocabulário grego, da areté, ocupa um lugar de fundamental importância no pensamento de Platão, desde obras da juventude, como Laques, Cármides ou Eutífron, textos em que o filósofo explora algumas das virtudes tão idealizadas no mundo helênico, como a moderação, coragem, piedade, ...

Segundo Platão, a poesia ludibriava o cidadão com suas imitações . Segundo o filósofo, o poeta se afasta da verdade, simplesmente por ser apenas um imitador. Para o filósofo a filosofia deveria tomar o lugar da poesia. Já que a esta, para ele, causava prejuízo à educação dos jovens.

Platão acredita que por de trás do nosso mundo, chamado mundo dos sentidos, existe uma realidade abstrata, chamada de mundo das ideias, onde tudo é perfeito e eterno. Nós só podemos chegar a este mundo, onde se encontra o verdadeiro conhecimento, por meio da razão.

Platão acreditava que o Mundo Sensível está em constante movimento e mudança (algo que não ocorreria no Mundo das Ideias, que é eterno). Dessa forma, este mundo está suscetível a errar e a ser falho, ao contrário da realidade abstrata. Essas são as ideias de Platão, as principais e que caem nos vestibulares e Enem.