O que Paulo Freire fala sobre a música?

Perguntado por: squarteira . Última atualização: 29 de maio de 2023
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Freire (1992) afirma que a música na sociedade e no contexto escolar pode ser transformadora, portanto ela deve assumir um papel mais definido no ensino escolar.

Para o autor a música é como um complemento na educação, pois o aprendizado leva a criança a pensar, já a música a leva movimentar-se. Em parceria as duas formas de ensino colocam a criança em fases de desenvolvimento mais abrangente. Ela passa a entender os conhecimentos que recebe e como utilizá-los.

A este respeito Piaget expressa que: [...] A música, além de suas próprias atribuições, sociabiliza e sensibiliza o indivíduo, desenvolve o seu poder de concentração e raciocínio, tão importante em todas as fases de nossas vidas. Auxilia, ainda, na coordenação neuromotora e na parte fonoaudiológica da criança.

Segundo a Base Nacional Comum Curricular: A Música é a expressão artística que se materializa por meio dos sons, que ganham forma, sentido e significado no âmbito tanto da sensibilidade subjetiva quanto das interações sociais, como resultado de saberes e valores diversos estabelecidos no domínio da cultura.

Os mais críticos elegeram-no como responsável pela esquerdização do ensino no Brasil e pela decadência da educação brasileira. Paulo Freire é acusado de marxista, comunista, doutrinador entre outros termos que depreciam a obra do brasileiro.

Paulo Freire vê a educação como ferramenta para emancipação individual e social e avalia que todo processo educacional deve partir da realidade do próprio aluno. Também valoriza a horizontalidade, ou seja, a possibilidade não só de estudantes aprenderem com professores, mas também o contrário.

"Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda." "Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção." "O educador se eterniza em cada ser que educa." "A educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem.

Para Vygotsky, a educação musical está diretamente ligada às condições histórico-culturais nas quais o sujeito está inserido. Essa reflexão nos permitirá estabelecer relações entre o processo de aprendizagem e a linguagem musical, fazendo-a contribuir para o desenvolvimento das crianças da Educação Infantil.

A música também potencializa as técnicas de reabilitação física e cognitiva, além disso, ela influencia os fatores individuais e sociais, fortalecendo vínculos e compartilhando emoções, pois aumenta nossa percepção de que o outro faz parte de nosso sistema de referência.

A música no desenvolvimento infantil contribui para a integração da sensibilidade e da razão, colabora com a comunicação, expressão corporal e socialização, estimula a concentração e a memória, além de ser uma ótima forma para as crianças brincarem e se divertirem.

Está cientificamente comprovado que a música tem um efeito poderoso no cérebro. Pesquisas mostram que a música pode ajudar em muitos aspectos, incluindo alívio da dor, alívio do estresse, memória etc. A música também pode afetar nossas emoções, nossa resposta às situações, consumismo e também nossa identidade.

Em qualquer lugar que você ler sobre música, irá encontrar a mesma definição: "a música é dividida em três elementos: melodia, harmonia e ritmo”. Mas o que é isso? Melodia é a organização simples de uma série de sons musicais, constituindo-se o elemento principal da música.

A criação de canções desperta nos alunos habilidades socioemocionais, como autocontrole, empatia, autoestima e confiança, e combate a timidez e a insegurança. Essas competências são muito importantes e são para toda a vida.

A música é reconhecida por muitos pesquisadores como uma modalidade que desenvolve a mente humana, promove o equilíbrio, proporcionando um estado agradável de bem-estar, facilitando a concentração e o desenvolvimento do raciocínio, em especial em questões reflexivas voltadas para o pensamento.