O que os moradores da comunidade quilombola produzem para o próprio sustento?

Perguntado por: emello . Última atualização: 19 de fevereiro de 2023
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Extrativismo, artesanato, produção cultural, turismo de base comunitária e a venda de produtos feitos a partir de matérias primas produzidas pela comunidade também contribuem para complementar a renda.

O sustento principal continuou sendo o comércio da produção agrícola. “Muitas comunidades fabricam farinha e, como no passado, vendem parte da produção”, diz Gomes.

Atualmente, a agricultura familiar representa a maior fonte de renda dessas populações.

Eles plantam frutas, legumes e verduras, colhem mel, cultivam ostras, produzem artesanato e mostram suas atividades diárias para turistas e visitantes. Os jovens participam de todas as atividades e isso integra as diferentes gerações.

Hoje são pagas mais de 9 mil bolsas para indígenas e quilombolas, sendo, aproximadamente, 6 mil para o primeiro grupo e 3,2 mil para o segundo, com um investimento mensal em torno de R$ 8,3 milhões. Os interessados no benefício podem se inscrever pelo Sistema de Gestão da Bolsa Permanência (SISBP).

O funcionamento dos quilombos considerava a tradição dos escravos fugidos que neles habitavam. Nessas comunidades, se realizavam atividades diversas como agricultura, extrativismo, criação de animais, exploração de minério e atividades mercantis.

A agricultura é a atividade mais forte”, explica o diretor do Patrimônio Afro-Brasileiro da Fundação Cultural Palmares, Alexandro Reis. “O extrativismo também é uma atividade muito forte na área de quilombo.

Para garantir sua sobrevivência, os quilombos realizavam um comércio ilegal, o que lhes permitia conseguir armas e produtos inexistentes em suas comunidades. Agricultores comunitários, eles plantavam para suprir suas necessidades. O excedente era comercializado no entorno.

“Isto é devido ao modo que os quilombolas exploram a floresta. Eles vivem um modelo econômico com ênfase no extrativismo e tem a castanha como uma dos principais produtos manejados”, disse Lúcia. “A gente trabalha juntando tudo que cai no chão, sem precisar cortar nada e sem prejudicar a natureza.

O quilombo é composto por mais de 80 famílias que realizam atividades rurais que vêm da produção de farinha e da plantação de feijão, milho, mandioca cacau e hortaliças, e se beneficiam também do artesanato, extrativismo e venda de produtos feitos pela comunidade como alternativas para complementar a renda.

A agricultura familiar representa uma importante fonte de renda para os quilombolas. Artesanato, extrativismo, produção cultural, turismo social e venda de produtos feitos pelas comunidades também são alternativas para complementar a renda.

O sistema de agricultura quilombola é baseado na permacultura, que não permite apenas uma alimentação balanceada e sustentável, como garante o sustento dessas pessoas e mantém o solo da região saudável, o que não acontece no sistema industrial.

Os moradores destas localidades sobrevivem do plantio de roçados, da criação de animais e, em alguns lugares, do turismo.

(2011) ao avaliarem a alimentação de uma comunidade quilombola no Rio Grande do Sul evidenciaram que os principais alimentos consumidos eram arroz, feijão, carne e massas, com baixo consumo de frutas. Além disso, observaram na comunidade que o alimento mais consumido entre refeições eram as bolachas e café com açúcar.

Todo meio de subsistência provinha das lavouras e eles plantavam milho, feijão, mandioca, banana, goiaba, abacate, caju, etc. Caçavam, pescavam e armazenavam água em poços.

“Quando eles chegaram aos trechos encachoeirados dos rios Trombetas, Erepecuru e Cuminá, e constituíram os antigos quilombos, o extrativismo da castanha e de outros produtos florestais foi decisivo para que obtivessem aquilo que não podiam produzir e, posteriormente, para que deixassem de ser perseguidos pelos agentes ...

Na vida quilombola, o artesanato tem inúmeras finalidades funcionais, como a fabricação de utensílios, vestuário e ornamentos para domicílios. Muitas atividades ajudam na preservação ambiental, como o artesanato com palha de bananeira ou o de piaçava, usado para fazer vassouras.