O que os leprosos gritavam?

Perguntado por: alessa3 . Última atualização: 29 de janeiro de 2023
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Caminhando para Jerusalém, Jesus passava entre a Samaria e a Galileia. Estava para entrar num povoado, quando dez leprosos vieram ao seu encontro. Pararam a certa distância e gritaram: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!”.

Spinalonga, a ilha grega onde leprosos eram abandonados para esperar a morte. A primeira vez em que vi Spinalonga foi quatro anos atrás.

A lepra era identificada pelo sacerdote da época, onde seus procedimentos eram descritos em Levíticos 8-10. O ritual de purificação era conforme a gravidade da doença, nomeada por imunda quando havia contaminação e limpa quando tratamento não era necessário.

Levítico 14 descreve o que um homem precisava fazer para se tornar cerimonial ou religiosamente limpo depois de ter sido curado da lepra. Podemos ver paralelos entre o processo de purificação da lepra com o modo pelo qual vencemos os efeitos do pecado.

A passagem dos 10 leprosos carrega um significado muito forte da importância de ser grato e ter fé. No contexto cristão, a passagem nos lembra como muitos pedem a graça e benção, mas poucos se lembram de agradecer e louvar.

Foi o médico norueguês Gerhard Armauer Hansen, notável pesquisador sobre o tema, que identificou, em 1873, este bacilo como o causador da lepra, a qual teve seu nome trocado para hanseníase em homenagem ao seu descobridor (Foss, 1999 e Gomes, 2000).

Para os hebreus a lepra, como era chamada, era considerada uma maldição, um castigo divino, citada inclusive pela bíblia. O estigma, a discriminação com a doença e com quem sofre a ação em seu corpo, foram construídos pela associação do termo lepra às deformidades causadas ao paciente.

A hanseníase é uma doença crônica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que pode afetar qualquer pessoa. Caracteriza-se por alteração, diminuição ou perda da sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e força muscular, principalmente em mãos, braços, pés, pernas e olhos e pode gerar incapacidades permanentes.

Transmissão da lepra
A lepra pode ser transmitida de pessoa a pessoa através de gotículas expelidas do nariz e da boca de uma pessoa infectada e inspiradas ou tocadas por uma pessoa não infectada.

A doença pode apresentar principalmente 4 formas clínicas: indeterminada, borderline ou dimorfa, tuberculoide e virchowiana. Em termos terapêuticos, somente 2 tipos são considerados: paucibacilar (com poucos bacilos) e multibacilar (com muitos bacilos).

Digo improváveis, pois eram leprosos, e os leprosos nesse momento eram pessoas que deviam manter distância, eles viviam isolados, marginalizados, que além da enfermidade passavam fome, não eram bem quistos e não tinham qualquer influência ou alguém por eles, eram pessoas sem voz na sociedade.

Vírus de Marburg
O vírus mais perigoso do mundo é o Marburg. Ele leva o nome de uma pequena cidade alemã às margens do rio Lahn, onde o vírus foi documentado pela primeira vez. O Marburg provoca febre hemorrágica e, assim como o ebola, causa convulsões e sangramentos das mucosas, da pele e dos órgãos.

Convit, prêmio Príncipe de Astúrias de Pesquisa Científica e Técnica em 1987 e postulado ao Nobel de Medicina em 1988, criou uma vacina para prevenir e curar a lepra, estudo que serviu de base para criar uma imunoterapia de leishmaniose, e trabalho no estudo de outras doenças como o mal de Chagas, a oncocercose e a ...

passou a ser afligido com feridas terríveis que iam da sola dos pés até o alto da cabeça, então ele lançava mão de um caco de cerâmica e com ele se coçava, raspando suas feridas, sentado sobre cinzas.”( 2, 7).

Jesus perguntou onde estavam os outros nove. Eles não haviam voltado. Ao leproso que Lhe agradeceu, Jesus disse que sua fé o havia curado.

Acredita-se que a doença tenha surgido no Oriente e se espalhado pelo mundo por tribos nômades ou por navegadores, como os fenícios. Também conhecida como lepra ou mal de Lázaro, antigamente a enfermidade era associada ao pecado, à impureza, à desonra.

Nos tempos de Jesus a lepra era a mesma coisa que a morte. Curar um leproso era tão difícil como ressuscitar um morto. Os sacerdotes tinham a função de "declarar puro" um leproso que tivesse sarado, mas não tinham o poder de "torná-lo puro", isto é, de curá-lo. A cura de um leproso era uma obra exclusiva de Deus.

Os fiéis geralmente fazem pedidos de ajuda, auxílio e proteção, e quando algo que eles pediram para Deus acontece, ocorre um sentimento de gratidão, procurando uma maneira de agradecer por ter alcançado uma graça. Uma das características mais importantes da fé cristã é a gratidão a Deus.

Eis que um leproso se aproximou e se ajoelhou diante dele, dizendo: “Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar”. Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: “Eu quero, fica limpo”. No mesmo instante, o homem ficou curado da lepra.