O que os filósofos pensam sobre a existência de Deus?

Perguntado por: ecruz . Última atualização: 20 de maio de 2023
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Porém, diversos filósofos objetam que a existência de tanto mal no Mundo é plausível dado o facto de ele nos ter dotado de livre-arbítrio. Deste modo, poderíamos sublinhar que Deus não é o responsável pelo mal no Mundo, porque ele deu aos Homens a capacidade para tomarem as suas próprias decisões, de deliberar e agir.

A discussão filosófica no ocidente da existência de Deus começou com Platão e Aristóteles, que formularam argumentos que hoje podem ser classificados como cosmológicos.

Não podendo invocar a religião tradicional, Platão tenta dar uma demonstração da existência dos deuses, bem como de sua providência e incorruptibilidade, tomando por testemunho a regularidade e a permanência do movimento dos corpos celestes.

Para Aristóteles, Deus não é o Criador, mas o motor do universo. Deus não pode ser resultado de alguma ação, não pode ser escravo de amo algum. Ele é a fonte de toda a ação, o amo de todos os amos, o instigador de todo o pensamento, primeiro e último Motor do Mundo.

Kant chamou essas coisas de “fenômenos”. O que nem os sentidos nem a experiência captam, o que só pode ser postulado pela razão pura ou intelecto, não pode ser conhecido. Leia-se Deus, definido como uma figura imaterial, infinita e criadora de todas as coisas, logo fora do espaço, do tempo e sem causa nenhuma.

Descartes aceitava que o mundo tivesse sido criado por Deus, aceitava que, se Deus existisse, ele seria garantia e suporte de todas as outras verdades.

E se me perguntarem quem criou Deus, simplesmente direi: nada e nem ninguém. Deus é o eterno e incriado Criador. E é por isso que o chamamos Deus. É o que é, é em essência, é a pura existência.

Para Descartes, o Deus criador transcende radicalmente a natureza. Deus Foi "inteiramente indiferente ao criar as coisas que criou". Não se submeteu a nenhuma verdade prévia. Em virtude do poder de seu livre-arbítrio, criou as verdades.

Santo Tomás de Aquino demonstra a existência de Deus de cinco maneiras, que são conhecidas como cinco vias.

  • Pelo movimento.
  • Pela causa eficiente.
  • Pelo possível e pelo necessário.
  • Pelos graus da perfeição.
  • Pelo governo do mundo.
  • Pela ontologia.
  • Pela contingência dos entes.

Albert Einstein acreditava em um Deus totalmente destoante do conceito pregado pela maioria das igrejas ocidentais e monoteístas. Acreditava em um Deus que se manifestava nas formas da natureza e na complexidade da vida.

Santo Tomás também ensina que a vontade de Deus não pode falhar. Deus não é apenas uma causa entre um emaranhado de outras causas. Antes, ele é uma causa universal e transcendente. Ele faz as coisas serem e causar, e todas as coisas são transparentes ao seu olhar.

Para Spinoza, Deus é imanente – o entendimento divino (conhece e entende tudo). Não obstante, para Spinoza é significativo a diferença entre qualitativo e quantitativo, ou seja, o entendimento humano tem um alcance limitado, é finito.

A RELIGIÃO E A ARTE
Também Aristóteles, como Platão, se exclui filosoficamente o antropomorfismo, não exclui uma espécie de politeísmo, e admite, ao lado do Ato Puro e a ele subordinado, os deuses astrais, isto é, admite que os corpos celestes são animados por espíritos racionais.

0,33 * 100 = 33% Sendo assim, temos aproximadamente 33 % de chance para que a condição estabelecida ocorra, note que temos um valor abaixo de 50%, portanto, pouco provável de ocorrer quando comparado com a chance de se obter as demais faces do dado em um lançamento.

Para Sócrates, ao contrário do que afirmava toda a mitologia grega, não existiam deuses, mas sim, um Deus interior, aquele que regia nossos pensamentos e dava condição para que pudéssemos ser pessoas mais virtuosas.

teologia cristã

PLATÃO, filosofo ateniense do séc. IV a.C. (429-348 a.C.), cuja obra consta de diálogos e cartas, marcou profundamente a teologia cristã em suas discussões sobre a natureza da divindade, da criação e da alma (Colvin, 1990, p. 737).

Deus é nosso Pai Celestial
A seus olhos, somos todos iguais e merecemos ser amados e felizes. Deus conhece todas as coisas e, por isso, Ele compreende cada um de nós individualmente. Ele conhece nossos pontos fortes e nossas fraquezas, nossas esperanças e nossos medos.

Hegel apresenta Deus como a única e verdadeira realidade. Como não se pode apreender nesta verdade real, parte-se para o saber representacional. Assim, as formas do sentimento e da representação se movimentam para a esfera do pensamento, no qual a consciência religiosa chegará a si em seu conceito.

Deus se encontra no coração do mundo. Deus mora no coração do ser humano. Para o ser humano, Jesus diz: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra”. É esta frase que resume o evangelho de hoje, de João 14,23-29.