O que os escravos comiam nas senzalas?

Perguntado por: ucastro . Última atualização: 19 de fevereiro de 2023
4.2 / 5 8 votos

A base da alimentação dos escravos nas senzalas dos engenhos consista em farinha de mandioca e o angu de milho. Em alguns, eram alimentados exclusivamente com angu de milho. Agradava-lhes mais o pirão do que a farofa. No Império, a comida do escravo era igualmente a mesma das classes mais humildes e pobres.

Trabalho Logo ao amanhecer, os homens eram levados para as plantações, que ficavam a até 1 quilômetro distância, e as mulheres faziam as tarefas doméstica na casa grande Alimentação Só havia uma refeição no fim do dia.

A alimentação do escravo numa propriedade abastada compunha-se de canjica, feijão-negro, toucinho, carne-seca, laranjas, bananas e farinha de mandioca. Igualmente, entre as classes populares comia-se farinha de mandioca, laranjas e bananas.

Os escravos utilizavam a geofagia – ato de comer terra – para se enfraquecer e, em seguida, morrer. Era uma forma de suicídio. A depressão causada pelo degredo dos africanos para as terras americanas chegava a tal ponto que o escravo tentava, por meio desse ato extremo, libertar-se dessa condição.

As pessoas limpavam os pés, as mãos, o rosto e os braços e o resto era sujeira. De acordo com relatos dos médicos do século XIX, doenças de pele eram comuns como sarnas e perebas de todos os tipos.

Poucos anos de vida. Nas fazendas, principalmente, o escravo trabalhava de 12 a 16 horas por dia e dormiam em acomodações coletivas chamadas senzalas ou mesmo em palhoças.

A senzala foi uma forma de moradia de populações escravizadas, vindas do continente africano num movimento conhecido por Diáspora Africana, ou a vinda compulsória de sujeitos para o trabalho no sistema escravista na colônia portuguesa.

As jornadas de trabalho dos trabalhadores escravizados nos engenhos variavam: o plantio (preparação do solo) demandava diariamente aproximadamente 13 horas de labor; já o corte e a moagem da cana-de-açúcar demandavam 18 horas diárias.

Duelos de trabalho, notadamente, entre as raspadeiras de mandioca, que se desafiavam sentadas nas tulhas e casas de farinha eram outra maneira de se divertir trabalhando. Nas horas vagas, nas fazendas e engenhos, ou na cidade, dedicavam-se a feitura de belos objetos funcionais, religiosos e decorativos.

' Colocou a cana cortada aos pedacinhos no pilão, pisava, colocava no fogo, para cozinhar. Então, cozinhava, tirava aquela água da cana cozida, fazia o café, e nós tomávamos. Comida? A comida nossa era feijão, o arroz era quando achava.

Com a mão de obra escrava sendo utilizada em larga escala, foram os cativos apelidados de "tigres" os responsáveis pelo recolhimento e despejo da urina e fezes de muitos moradores das cidades durante cerca de 300 anos.

Duas formas de punição eram mais comuns: o açoitamento público, para quem havia sido julgado e condenado, e o chicoteamento no calabouço, que substituiu o castigo privado. “Os senhores tinham que pagar pelo serviço – não apenas pelos açoites e pelo tratamento médico subsequente, mas também por acomodação e alimentação.

As senzalas eram galpões de porte médio ou grande em que os escravos passavam a noite. Muitas vezes, os escravos eram acorrentados dentro das senzalas para se evitar as fugas. Costumavam ser rústicas, abafadas (possuíam poucas janelas) e desconfortáveis.

Os escravos negros eram submetidos a uma rotina com horas intensivas de trabalho e pouca alimentação. Os castigos impostos aos negros que não atendiam ao esperado por seus donos eram desumanos. Vale lembrar que os negros eram tratados como mercadoria, não como indivíduos passíveis de direitos.