O que o psicólogo não pode falar?

Perguntado por: ereal6 . Última atualização: 20 de fevereiro de 2023
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Por ética profissional, o psicólogo não pode compartilhar com familiares ou qualquer outra pessoa, o que é falado em terapia. O sigilo profissional é um dos pilares dos nossos atendimentos.

Mentir na terapia
A mentira é uma das piores coisas que podem acontecer durante uma sessão de terapia. Às vezes, tal mecanismo pode ser utilizado como uma defesa para evitar julgamentos e constrangimentos, entretanto, ela vai contra exatamente o que o procedimento propõe.

O psicólogo compreende que, para o paciente se sentir confortável ao revelar algo privado, ele precisa da garantia de um lugar seguro para falar sobre o que quiser, sem medo de que a conversa saia daquele contexto. A este profissional, cabe a responsabilidade de transmitir essa segurança.

Não pode, ele deve respeitar o sigilo terapêutico. Em alguns casos muito específicos, onde há um crime envolvido e alguém pode estar em perigo, o psicólogo pode quebrar o sigilo, sem que todo o conteúdo da sessão seja revelado. Mas isso precisa ser avaliado com muito cautela, mas, em geral, o sigilo deve ser mantido.

No caso das anotações realizadas durante a sessão, elas servem para: Ajudar os Psicólogos a solidificar as memórias de detalhes importantes; Lembrar de temas aos quais deseja retornar posteriormente, de modo a não interromper o paciente no momento da sessão e; Como está o progresso da terapia.

Veja alguns motivos: O paciente não acredita na ideia de terapia. O Psicólogo rompe com pacientes que não acreditam que a terapia vai ajudar. Há pacientes que vão toda semana, mas dizem de várias maneiras que a terapia não é eficaz, que o Psicólogo não consegue entendê-los ou discordam de tudo que ele faz.

Será uma conversa leve, em que o psicólogo pergunta informações básicas sobre a vida do paciente: quem ele é, o que faz, com o que trabalha etc. Além disso, também questionará sobre as razões que o levaram até à terapia.

No caso de necessidade de gravação das sessões, o(a) psicólogo(a) responsável deve se certificar que o(a) cliente / paciente tem ciência da gravação, se concorda com ela e com o objetivo da gravação, para uso do(a) psicólogo(a).

A logorréia ou logomania é um transtorno comunicativo em que a pessoa fala compulsivamente e tem um discurso incoerente. A logomania pode ser considerada tanto um transtorno quanto um sintoma de um outro transtorno. Ademais, pode ser considerada uma sequela de algum tipo de lesão cerebral.

Psicólogos podem sim, abraçar alguns pacientes em algumas situações (desde que TODOS sintam-se confortáveis com isso).

Aproximadamente 72% dos psicoterapeutas admite ter chorado em alguma sessão (Blume-Marcovici, Stolberg, & Khademi, 2013). É perfeitamente normal e mais comum do que imaginamos.

Se é melhor chamar Psicólogos de doutor, senhor, você ou pelo nome.

Por não poderem prescrever remédios nem realizar procedimentos clínicos, os psicólogos não podem ser considerados médicos. Ainda, não existe nenhuma regra que prevê o título de "doutor" para quem estuda Psicologia. Sendo assim, não é necessário chamar esses profissionais dessa forma.

Pode falar palavrão, pode usar gíria, pode usar linguagem coloquial, linguagem formal, pode falar por meio de desenhos, rabiscos, músicas, vídeos e pinturas.

Durante as sessões com o psicólogo, os pacientes são convidados a falar sobre os problemas que causam sofrimento em sua vida, como instabilidade financeira, conflitos familiares, baixa autoestima, insatisfação profissional, problemas conjugais e dilemas pessoais.

Os psicólogos procuram compreender e explicar pensamentos, emoções, sentimentos e comportamentos. A depender da corrente de estudo, os psicólogos fazem uso de técnicas como observação, avaliação e experimentação para desenvolver teorias sobre as crenças e sentimentos que influenciam as ações de um ser humano.

A maioria das sessões tem uma duração média de 50 minutos. Entretanto, ela pode se estender por mais tempo, a depender da abordagem, da demanda e do acordo firmado com o terapeuta.

Além de escutar um paciente para traçar o diagnóstico, ele poderá solicitar exames auxiliares de diagnóstico como tomografias, análises de sangue, ressonâncias etc.

A interrupção da terapia
Não existe um período pré-determinado para o paciente receber alta, pois isso varia de pessoa para pessoa. Cada paciente é único e, dessa forma, é praticamente impossível determinar quanto tempo o tratamento vai demorar.