O que o movimento gótico defende?

Perguntado por: zsantos . Última atualização: 1 de maio de 2023
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O movimento gótico não se resumia apenas a atitudes estéticas e musicais, ele traduzia uma nova atitude diante do mundo, mais interiorizada, instrospectiva, expressando o que seus adeptos sentiam com relação à existência. Eles se autodenominavam góticos, pois compartilhavam a mesma paixão pelo som que cultuavam.

A arte gótica é considerada como uma expressão do triunfo da Igreja Católica durante a Idade Média, já que era uma expressão artística notadamente religiosa. O estilo gótico era contraposto ao estilo arquitetônico românico, anteriormente em voga nas construções medievais, principalmente em mosteiros e basílicas.

Os adeptos da filosofia gótica adoram caminhar, à noite, em cemitérios e ir à bares e boates decorados com caixões, velas, caveiras, crucifixos, correntes, facas, e outros objetos relacionados com tortura e morte.

Atualmente, gótico também é usado para se referir aos indivíduos de posturas incomuns e com uma insaciável curiosidade pela cultura. São intelectuais e socialmente pouco aceitos na expressão de sua arte e de si mesmos, demonstrando assim seu desencanto com a sociedade moderna.

Tais características psicológicas fazem eles serem vistos como pessoas “antissociais”, e por vezes violentas. Na maioria das vezes, por causa do preconceito, os góticos são confundidos e/ou marginalizados.

Essa vertente artística pode ser vista em pinturas, em objetos da arte sacra, em estatuas e vitrais. Esta última é uma das principais características do movimento, que visava dar mais luz para as igrejas. Outra característica presente na arquitetura gótica é o uso do arco ogival na construção das catedrais e basílicas.

A cruz gótica simboliza o lado sombrio e obscuro da fé, dor e mistério. Ela marca o estilo gótico e é mais uma tendência da moda do que propriamente um símbolo de fé, muito utilizada em tatuagens e, de modo geral, na estética adotada por góticos e punks do fim do século XX, que usam a cruz como adereço de moda.

1. Relativo aos godos, povo germânico. 2. Que é relativo a ou evoca ambientes ou assuntos mórbidos, lúgubres, sombrios ou tristes (ex.: música gótica, roupas góticas).

A arte gótica designa uma fase da história da arte ocidental, identificável por características muito próprias de contexto social, político e religioso em conjugação com valores estéticos e filosóficos e que surge como resposta à austeridade do estilo românico.

O estilo gótico nasce a partir do Românico, após contínuos aperfeiçoamentos técnicos e estéticos, em plena Idade Média nos finais do século XII em França, mais concretamente na Île de France, nas imediações de Paris, desenvolvendo-se essencialmente entre o século XIII e XV na Europa Ocidental.

Vestem-se de preto, usam maquilhagem carregada em tons escuros e ouvem música com letras obscuras e melancólicas. Estas são as principais características dos jovens góticos, estilo que foi agora alvo de um estudo por parte da Universidade de Oxford.

Contudo, diz-se que a cor preta é usada para simbolizar diferentes coisas como morte, medo, noite, escuridão, e outras características comuns como crenças góticas, música, belas artes e literatura.

A moda gótica é reconhecida pelo seu vestuário preto. Ted Polhemus descreveu a moda gótica como uma "profusão de veludos pretos, rendas, meia arrastão e couro tingido de púrpura ou roxo, firmemente espartilhos atados, luvas, precárias jóias ou símbolos retratando religiosidade, temas filosóficos ou ocultistas".

Podemos citar como grandes expoentes da pintura gótica o italiano Giotto di Bondone (1267-1337) e o holandês Jan Van Eyck (1390-1441).