Por que o governo deve controlar a inflação?

Perguntado por: ivilela5 . Última atualização: 2 de maio de 2023
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A principal consequência da inflação é a perda do poder de compra por parte da população e também a desvalorização da moeda, o que gera uma maior concentração de renda e automaticamente empobrecimento das pessoas, principalmente de mais baixa renda.

O principal instrumento de curto prazo para controle da inflação é a política monetária, ou seja, a política de juros do Banco Central. Esse é o instrumento mais rápido e mais utilizado. O governo é o dono do dinheiro, tendo, então, a prerrogativa de tabelar seu preço.

Ela é calculada pelos índices de preços, comumente chamados de índices de inflação. O IBGE produz dois dos mais importantes índices de preços: o IPCA, considerado o oficial pelo governo federal, e o INPC.

Ao longo do tempo, os mesmos R$ 100 podem passar a valer menos. Ou seja, são capazes de comprar menos bens e serviços, justamente por causa do impacto da inflação. Além disso, considerar a inflação é fundamental para encontrar o retorno real de um investimento.

Responsável por uma série de distorções na economia, a inflação prejudica não apenas os investimentos e o crescimento do País, mas também impõe elevados custos sociais, custos estes que tendem a ser inversamente relacionados ao nível de renda dos indivíduos, implicando maior penalização aos mais pobres.

A principal consequência da inflação é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda. Outra consequência está associada ao rendimento real em investimentos.

As variações na inflação são ocasionadas pelo descompasso entre a demanda e a oferta, pelo aumento na emissão de papel-moeda em um determinado país, pela elevação dos custos de produção e até mesmo pelas incertezas da conjuntura econômica que causam uma expectativa no aumento da taxa inflacionária.

Quando o Banco Central quer reduzir a inflação, ele aumenta a Taxa Selic porque, assim, aumentará o “custo” do dinheiro. Com isso, fica mais caro pegar empréstimos, fazer financiamentos e consumir. A redução do consumo força uma redução da inflação.

O valor do IPCA hoje está em -0,08%, de acordo com dados divulgados em 11 de julho pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referente ao mês de junho de 2023 e tem a primeira queda de 2023.

A inflação gera incertezas na economia, desestimulando o investimento e prejudicando o crescimento econômico. Os preços relativos ficam distorcidos, gerando várias ineficiências na economia. As pessoas e empresas perdem noção dos preços relativos. Assim, fica difícil avaliar se algo está barato ou caro.

Para combater a inflação de demanda, o governo tem que baixar a emissão monetária, diminuindo o estímulo ao consumo. Isso pode ser feito por meio da elevação da taxa básica de juros da economia, conhecida como taxa Selic.

A inflação pode ajudar àqueles que devem dinheiro que pode ser pago de volta com reais menos valiosos e inflacionados. Baixos índices de inflação têm relativamente pouco impacto econômico no curto prazo. No médio e longo prazos, entretanto, mesmo índices baixos de inflação podem complicar planejamento futuro.

O aumento da inflação é positivo para o governo, desde que ele consiga mantê-la dentro da meta estabelecida. A meta da inflação é parte da política monetária, através da qual o governo busca garantir o crescimento da economia dentro de padrões sustentáveis e que não prejudiquem o poder de compra da população.

Com menos dinheiro circulando no mercado, o consumo também diminuirá e assim as empresas serão afetadas, vendendo cada vez menos. As dívidas começam a aparecer, assim como as demissões e rapidamente aparece o desemprego.

Em 1980, a inflação no Brasil chegou ao patamar histórico e, até então recorde, de 100%.

Por se tratar de um procedimento mais caro para as empresas, quando essa substituição é necessária, o preço médio das contas de luz aumenta para toda a população. Mas os preços também podem subir por conta da alta procura por produtos e serviços — a chamada inflação de demanda.

Isto é, quanto mais os consumidores registram interesse em adquirir produtos e serviços e/ou nas situações em que determinados itens estão escassos, o aumento de preços acontece. Neste cenário, a inflação provoca incertezas na economia, desestimula investimentos e prejudica o crescimento econômico.

A inflação negativa pode ser um risco apenas se ela for muito duradoura, por um ano inteiro, por exemplo. Aí provoca efeito contrário. As indústrias podem parar de produzir porque o preço de venda não é o que elas desejam. Isso causa desemprego (por causa da redução de produção) e a economia vai parando.

Inflação muito baixa desestimula o consumo
Quando a inflação é muito baixa, ou ocorre deflação (queda nos preços), os preços dos produtos não se mexem ou começam a cair. Com isso, as pessoas se sentem menos estimuladas a gastar.