O que o excesso de calcário pode causar?

Perguntado por: emarinho . Última atualização: 20 de fevereiro de 2023
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Normalmente o calcário altera o pH do solo. Altera muito mais quando amontoado em determinada área da lavoura. A elevação do pH a níveis muito altos aumenta ou diminui a disponibilidade dos nutrientes.

O calcário serve para diminuir a acidez do solo, o que é possível através de elementos químicos, como o cálcio e o magnésio, presentes em diferentes proporções em cada um dos tipos dessa substância.

O calcário deve ser espalhado uniformemente ao longo do terreno, o que aumenta a superfície de contato e facilita a reação. No caso de solos ácidos e com calagem superior a quatro toneladas por hectare, é recomendável a aplicação parcelada do calcário.

O calcário, por meio da alta quantidade de Cálcio (Ca), também atua como estimulante para o desenvolvimento e crescimento radicular. Isso significa que, com o aumento do desenvolvimento radicular, o Ca contribui aumentar a eficiência da absorção de água e de outros nutrientes essenciais.

Dificuldades para as plantas na absorção de nutrientes
Por exemplo, quando se tem excesso de potássio no adubo, as plantas terão dificuldade de absorver o cálcio e o magnésio. O mesmo pode acontecer com outros nutrientes.

Uma das funções mais conhecidas é sua participação na translocação de açúcares e ácidos orgânicos para outros órgãos da planta, conferindo o amadurecimento e a acidez em frutíferas, bem como o enchimento de grãos.

Um cuidado a ser tomado é a não aplicação do calcário em solos úmidos, pois a aplicação não é uniforme por causa da aderência do corretivo aos grãos de solo úmido.

1/3 a 1/2 da necessidade de calcário (NC), pelo método de saturação de bases, para a camada de 0 a 20 cm. No entanto, deve ser utilizada a dosagem máxima maior que 2,5 t/ha.

Recomendação de uso: Utilize 150g por metro quadrado para corrigir a acidez do solo.

Contudo, de maneira geral, pode-se dizer que o efeito da calagem persiste de 3 a 5 anos, dependendo da quantidade e do tipo de corretivo utilizado, do manejo do solo e da cultura (Martin, 2022).

Na melhor das situações, um bom calcário tem seus efeitos sobre a solução dos solos três meses depois da aplicação, tempo em que reagiu apenas cerca de 30% do total aplicado e em que nesse período tenha o solo água suficiente para as reações esperadas.

De coloração escura ou preta, é altamente fértil e dispõe de elevada presença de matéria orgânica, além de ser permeável, arejado e úmido. Também é chamado de solo humífero e tem concentração de até 70% de matéria orgânica (húmus), o que é uma condição excelente para o cultivo de produtos agrícolas.

A aplicação de calcário deve ser feita, de preferência, 60 dias antes do plantio, para que haja tempo de ele reagir quimicamente com o solo. Como o plantio é feito no inicio das chuvas, em Outubro- Novembro, o calcário deve ser aplicado em Agosto-Setembro.

Mas, preste atenção na expressão entre parênteses na afirmação: "não podem ser misturados". Isso significa que não se pode misturar calcário e superfosfato simples, antes da aplicação no solo.

O calcário deve ser aplicado cerca de 3 meses antes do plantio da cultura. Assim, há tempo de reagir com o solo e reduzir a acidez. Lembrando que o calcário no solo precisa de umidade para reagir. Assim, dependendo da região, essa aplicação deve ser feita ainda antes dos 3 meses.

Para responder essa pergunta é necessário realizar análise de solo. A análise de solo identifica qual é a fertilidade do solo, ou seja, quais os nutrientes estão em falta para a cultura, se precisa de calagem e gessagem. Por isso, é muito importante realizar uma análise química do solo bem feita da sua área de cultivo.

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Um tipo de calcário calcítico que vem sendo muito utilizado na agricultura é o calcário de conchas, que apresenta um teor de 96% de carbonato de cálcio. Trata-se de um insumo de alta solubilidade e concentração, que além de corrigir a acidez do solo com eficiência, ainda equilibra a relação Ca/Mg de forma superior.

Fósforo (P)
As folhas mais jovens tornam-se de cor verde escura, finas e menores e também podem apresentar clorose seguida de necrose nas extremidades. Ocorre também redução do tamanho dos bulbos. O excesso de P pode causar deficiências induzidas de micronutrientes, especialmente de zinco e cobre.

No plantio, o excesso de fósforo na cova ou sulco reflete, indiretamente, ao interferir na absorção ou no transporte, para a parte aérea, do cobre, ferro, manganês e zinco.