O que o Brasil fez com o lixo radioativo do Césio 137?

Perguntado por: aescobar . Última atualização: 30 de abril de 2023
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A estrutura que abriga os rejeitos foi projetada para resistir 300 anos intacta e preparada para desastres como tremor de terra e queda de avião. O local é o único depósito de lixo radioativo definitivo do Brasil.

Por conter chumbo, material de relativo valor financeiro, a fonte foi vendida para um depósito de ferro-velho, cujo dono a repassou a outros dois depósitos, além de distribuir os fragmentos do material radioativo a parentes e amigos que por sua vez os levaram para suas casas.

Após alguns dias, muitos moradores da cidade apresentaram sintomas idênticos de diarreia, vômito e fraqueza. Ao total, cerca de 112 mil pessoas foram atendidas, sendo que 249 apresentaram algum nível de contaminação pelo césio. Quatro dessas pessoas faleceram poucos dias após o contato com o césio-137.

Resposta verificada por especialistas
O lixo radioativo do acidente com Césio 137 foi levado para um depósito onde todas as medidas de segurança necessárias são tomadas para que ele não contamine a região e os moradores locais.

O lixo nuclear, lixo radioativo ou lixo atômico é aquele produzido sobretudo pelas usinas nucleares. Elas produzem energia elétrica através de materiais radioativos, sendo que o principal elemento é o urânio.

De 13/09/2021 por dias. Material radioativo que hoje está na unidade das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), em São Paulo pode ser levado para a cidade.

É preciso realizar o pedido de orçamento para descarte do material em um dos postos da CNEN mais próximos à você. Após estar com o orçamento aprovado, você deve abrir um protocolo de descarte no portal CNEN (RTR), anexando o documento de aceite para o descarte já assinado e acompanhar os trâmites até seu deferimento.

A descontaminação dos focos principais foi feita removendo-se grandes quantidades de solo e de construções que foram demolidas. Ao mesmo tempo era realizada a monitoração para quantificar a dispersão do 137Cs no ambiente, além de análise de solo, vegetais, água e ar.

Há exatos 35 anos, em 13 de setembro de 1987, ocorreu na capital de Goiás o maior acidente radioativo da história do país — e um dos maiores do mundo.

O dono do ferro-velho expôs ao ambiente 19,26g de cloreto de Césio-137 (CsCl), um sal muito parecido com o sal de cozinha (NaCl), mas que emitia um brilho azulado em ambientes sem luz (conhecido, no futuro, como Brilho da Morte).

A principal aplicação do césio é em relógios atômicos, que são equipamentos de medição de tempo de altíssima precisão.

cor branca

O Césio 137 é um exemplo de radioisótopo (isótopo radioativo) que pode ser encontrado na forma de um sal como o cloreto de Césio (CcCl), que apresenta a cor branca. O Césio 137, por ser radioativo, elimina radiação para atingir estabilidade, sendo a radiação beta a eliminada por ele.

Chernobyl

Em 1986 houve Chernobyl, o maior acidente nuclear da História.

Por que o lixo nuclear representa perigo? Quando os isótopos de Urânio passam pelo processo de fissão nuclear, se desintegram e passam a emitir radiações gama. Os raios gama são extremamente nocivos à saúde porque possuem um grande poder de penetração, eles invadem as células do organismo e podem levar até à morte.

O lixo radioativo deve ser colocado em embalagens específicas e lançados em locais revestidos de concreto. Feito isso, devem permanecer intactos por um período que pode variar entre cinquenta e trezentos anos.

VIOLETA – RESÍDUOS RADIOATIVOS
O que descartar: Materiais Radioativos, ou Contaminados, Seringas, Frascos, Papéis Absorventes, Solventes Aquosos, Solventes Orgânicos etc. Resíduos Radioativos são altamente tóxicos e não podem ser reutilizados.