O que Nietzsche quis dizer em Assim Falou Zaratustra?

Perguntado por: acustodio . Última atualização: 3 de maio de 2023
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Zaratustra é o “Não” sagrado do Leão, que é um “Não” ao niilismo, e a transmutação que destrói todos os valores que querem o nada. Através de Zaratustra, é possível redimir novamente a Terra, abrir espaço para que o espírito transforme-se em criança.

Ele fala por imagens, ele fala por alegorias, ele fala por símbolos. Ele fala, inclusive, ao modo dos profetas — evidentemente como um falso profeta, porque obviamente Zaratustra é um falso profeta, porque ele é um autêntico pensador.

A escolha do nome do Zaratustra de Nietzsche implica, espe- cialmente, uma provocação, com o intento de desfazer a ideia do persa Zoroastro sobre a distinção entre bem e mal.

Deus está morto

1. "Deus está morto". Essa é uma das frases mais famosas e polêmicas de Nitetzsche. O pensador, que vinha de uma família de pastores com forte ligação com o cristianismo, em determinado momento de sua vida rompe com a religião.

Nietzsche defendia a inexistência em vários sentidos: de Deus, da alma e do sentido da vida. Para ele, o ser humano deveria abandonar as muletas metafísicas, a chamada morte dos ídolos. O filósofo se opunha aos dogmas da sociedade, principalmente ao defender que a verdade era uma ilusão.

Assim Falou Zaratustra

Friedrich Nietzsche considera esse, juntamente com Assim Falou Zaratustra, sua principal e mais abrangente obra. Nela o leitor vai encontrar temas da filosofia madura, como a crítica da moralidade e a psicologia da religião.

Diante de tamanho querer, Friedrich Nietzsche (1844-1900) propôs o “super-homem” como proposta para a superação do homem a partir de uma força oriunda do próprio indivíduo por se encontrar nele mesmo, a fim de transvalorar dicotomias, erros e preconceitos que negavam a existência.

O eterno retorno é a condição necessária para a transvaloração de todos os valores, ou seja, a avaliação dos valores de acordo com a perspectiva do eterno retorno, de que o que está acontecendo agora continuaria a se repetir infinitamente, ao menos que se reavalie esse valor, criando novos valores.

Para Heidegger, o filósofo de Zaratustra continua sendo metafísico, mas nele se constitui também o acabamento da metafísica. O eterno retorno tem importância fundamental nesse fim da metafísica, pois pensando o instante como algo eterno, se suprime a metafísica por dentro.

Mas na maioria dos indivíduos, é a indolência, o comodismo, em suma, esta propensão à preguiça da qual falava o viajante. Ele tem razão: os homens são ainda mais preguiçosos do que timoratos e temem antes de mais nada os aborrecimentos que lhes seriam impostos por uma honestidade e uma nudez absolutas.

Friedrich Nietzsche

Assim Falava Zaratustra é a obra mais conhecida de Friedrich Nietzsche, e talvez a sua obra mais difícil, pois nela o leitor encontra, em igual medida, um filósofo poeta e um poeta filósofo que parecem recusar qualquer sistemática.

Como você viu, Nietzsche trouxe uma importante contribuição para a Filosofia contemporânea, revolucionando a forma de pensar de sua época e de outras. Desse modo, é bom estudar a obra desse filósofo se quiser mesmo fazer uma graduação!

Em Nietzsche, a Vontade de Potência é uma força que está além do que os sentidos humanos podem compreender. Tal como um combustível que alimenta e estimula a existência. Repercute nos processos, em fenômenos, relações e, assim, como efeitos de força.

Vontade de poder ou de potência (alemão: "Der Wille zur Macht") é um conceito da filosofia de Friedrich Nietzsche. A vontade de poder descrita por Nietzsche é a principal força motriz em seres humanos — realização, ambição e esforço para alcançar a posição mais alta possível na vida.

Suas ideias-chave incluíam a crítica à dicotomia apolíneo/dionisíaca, o perspectivismo, a vontade de poder, a morte de Deus, o Übermensch e eterno retorno.