O que Nietzsche diz sobre a solidão?

Perguntado por: uleiria . Última atualização: 3 de maio de 2023
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Não venha roubar minha solidão, se não tiver algo mais valioso para oferecer em troca. O titulo do Pense Nisso de hoje foi transcrito da frase proferida pelo filosofo alemão Friedrich Nietzsche, conhecido como o “filosofo da afirmação da vida”.

Nietzsche nos conforta: Não devemos nos afligir com esse desnível porque essa é uma verdade banal da condição humana. Não devemos nos punir em excesso. Não importa se estamos alegres ou tristes, em êxtase ou devastados, estamos sempre esquecendo uma verdade fundamental da vida: sabemos muito pouco sobre nós.

Deus está morto

1. "Deus está morto". Essa é uma das frases mais famosas e polêmicas de Nitetzsche. O pensador, que vinha de uma família de pastores com forte ligação com o cristianismo, em determinado momento de sua vida rompe com a religião.

Numa das definições do dicionário Aulete, solidão é descrita como a “sensação de quem se sente sozinho, isolado, mesmo estando entre outras pessoas”. A experiência do isolamento social provocado pela covid-19 mostrou que as pessoas que já eram solitárias se sentiram ainda mais sozinhas.

Agora você já compreende que a solidão é o ato de estar sozinho sem escolha, enquanto a solitude significa estar sozinho por vontade própria. Que a solidão passe longe de você, mas que você saiba abraçar os momentos de solitude com criatividade!

A solidão é um sentimento comum ao homem. A ideia de solidão e desamparo é inexorável ao homem. O homem nasce desamparado em sua existência, dependendo do cuidado do outro, para a sua sobrevivência. Freud, ao longo de todo o seu desenvolvimento teórico, aponta a dependência que o ser humano possui de outro.

Nietzsche

A mais profunda solidão como meio para o mais profundo aprendizado, é isso que Nietzsche aprendeu em seus longos anos lidando com esta questão.

O sentimento de solidão, assim como a depressão e ansiedade, sinalizam ao cérebro que o corpo está sob estresse, aumentando o nível do hormônio cortisol, que é conhecido como hormônio do estresse. A concentração elevada de cortisol pode levar à perda da massa muscular, dificuldade de aprendizagem e lapsos de memória.

Para Friedrich Nietzsche a felicidade é frágil e volátil. E complementava, a melhor maneira de começar o dia é, ao acordar, imaginar se nesse dia não podemos dar alegria a pelo menos uma pessoa.

Reza a lenda que Nietzsche, em uma manhã de inverno de 1889, em Turim, avistou um camponês espancando brutalmente seu pobre cavalo. Compadecido, o filósofo atirou-se sobre o homem, espantando-o aos berros, em socorro do animal. Abraçou o pescoço do cavalo e começou a chorar compulsivamente até desmaiar.

Para Nietzsche, o sofrimento pode ser algo bom, assim como a doença. A dor não é uma objeção à vida, por ter atravessado diversos momentos de sofrimentos em sua vida, ele entende este como uma condição que possibilita perceber melhor a si mesmo.

Suas ideias-chave incluíam a crítica à dicotomia apolíneo/dionisíaca, o perspectivismo, a vontade de poder, a morte de Deus, o Übermensch e eterno retorno.

Nietzsche vai ao cerne do problema: Deus está morto como uma verdade eterna, como um ser que controla e conduz o mundo, como um pai bondoso que justifica os acontecimentos, como sentido último da existência, enfim, como uma ética, como um modo de vida, independente de sua existência ou não.

Tornar-se quem se é significa transvalorar os valores, escolher outros, novos, brilhantes. Encontrar um modo de vida propício ao aumento de suas próprias forças vitais. Quebrar a corrente de escravo, nem mestre nem Deus, não ter mais nenhum senhor além de si mesmo.

João 16:33: “Tenho-vos dito essas coisas para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflição, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”. Se há alguém que compreende a solidão, essa pessoa é Jesus Cristo. Ele realizou Sua Expiação para que nós verdadeiramente nunca tenhamos que nos sentir sozinhos.

Solidão é o sentimento que surge quando nos sentimos só, mas não precisamos estar literalmente sem a companhia de outros para senti-la. Ela se manifesta até mesmo quando estamos rodeados de pessoas queridas, em ambientes movimentados e enquanto realizamos afazeres diários.

Segundo estudos, a experiência da solidão pode ser responsável por uma série de problemas associados à saúde mental. Além de contribuir até mesmo para o desenvolvimento de doenças físicas. Como não tem uma causa específica e comum, a prevenção e o tratamento variam e podem depender de fatores subjacentes.