O que mudou no hífen?

Perguntado por: afernandes . Última atualização: 16 de maio de 2023
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Hífen: O uso do hífen não será mais usado nos compostos cujo primeiro elemento (prefixo) termina por vogal e o segundo elemento começa com vogal diferente.

O hífen não é usado em todas as palavras em que o prefixo terminar em vogal e o segundo elemento começar com "r" ou "s". Nesses casos, deve-se duplicar essas consoantes. Exemplo: antissemita; contrarregra; minissaia; microssitema; extrarregular.

Dentre as mudanças que o novo acordo ortográfico trouxe, está a eliminação dos acentos agudos quando encontramos o “i” e “u” tônicos (vogais mais pronunciadas) depois de um ditongo decrescente (primeira vogal mais forte que a segunda). É o que acontece em: feiura, Bocaiuva, averigue, oblique.

Emprega-se o hífen nos vocábulos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal igual. Exceção: Nos prefixos átonos (não possuem acento) co-, pre-, re– e pro-, não se usa o hífen: coordenar, reescrever, propor, preestabelecer.

Alguns exemplos são as palavras fruto (em vez de fructo), sinal (signal), sábado (sabbado), tesouro (thesouro) idade (edade), igreja (egreja), máquina (machina), filosofia (philosofia), manhã (manhan) e química (chimica).

Pela mesma regra, palavras como anti-inflamatório, micro-ônibus, micro-organismo, que antes do Acordo Ortográfico não levavam hífen, atualmente devem ser hifenizadas.

- Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas. - Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo. - O (i) ou (u) tônicos dos hiatos, não antecedidos de ditongos também continuarão acentuados.

O novo acordo ortográfico decretou o fim do hífen com o elemento “não”, seja advérbio de negação ou fazendo papel de prefixo. Devemos escrever sem hífen: organização não governamental, tratado de não agressão, diante do não pagamento, o relatório apresentou muitas não conformidades...

A forma correta de escrita dessa expressão é dia a dia, sem o hífen. Isso se deve ao atual Acordo Ortográfico, que entrou em vigor em 2009 e simplificou o uso da locução. Antes das novas regras, quando dia a dia tinha função de substantivo, escrevia-se com hífen.

"Autoescola" ou "auto-escola"? Após a reforma ortográfica, o hífen deixou de ser empregado quando o prefixo terminar em vogal diferente da vogal que iniciar o segundo elemento. Logo, o correto é autoescola, sem hífen.

a) Palavras terminadas em “ôo(s)” perdem o acento circunflexo: voo(s), enjoo(s), perdoo, magoo, abençoo... b) Verbos terminados em “êem” perdem o acento circunflexo: eles creem, deem, leem, veem, releem, preveem...

De acordo com a nova ortografia, não devemos acentuar as palavras terminadas nas vogais dobradas “eem” ou “oo”.

O correto é micro-ondas, com o hífen no meio. Isso porque, desde o Novo Acordo Ortográfico de 2009, palavras nas quais a última letra do prefixo autônomo (nesse caso, “micro”) for a mesma letra com a qual começa a segunda palavra (“ondas”) devem ser separadas com hífen.

O prefixo "semi" só se liga com hífen a palavras iniciadas com vogal, "h", "r" ou "s". Assim, há hífen em "semi-analfabeto", "semi-humano", "semi-reta" ou "semi-sólido", mas não há em "semifinal", "semivogal", "semicírculo" ou "semibárbaro".

Ficou na dúvida? Como se diz no futebol, a regra é clara: em palavras compostas por justaposição que formam uma unidade semântica, ou seja, em termos que se unem dando origem a um novo significado, o uso do hífen é obrigatório. Dessa forma, GUARDA-CHUVA, com hífen, é a grafia correta.

A razão para as palavras que o consulente apresenta [hífen, hímen e sêmen] terminarem em n é etimológica. Estas palavras entraram tardiamente na língua portuguesa por via erudita, daí não terem sofrido praticamente alterações.

Usa-se hífen com os prefixos EX, SEM, ALÉM, AQUÉM, RECÉM, PÓS, PRÉ, PRÓ. Exemplos: recém-formado, pré-vestibular e pós-pago. O hífen é indispensável, também, quando o prefixo termina com a mesma vogal que inicia a palavra. Exemplo: anti-inflamatório.

Já se escreveu «mãy» (e não só). Dizemos «mãe», mas também «mamã», «mãezinha» e todas as outras formas que multiplicam o carinho e o amor pela mãe. A mesma palavra, quando se ouve na boca dum filho a chamar a mãe ao longe, transforma-se noutra coisa: numa «mã-iiiiihn».

Outros acordos podem ser citados: o Acordo Ortográfico de 1943; a Lei 5.765 de 18 de dezembro de 1971 (que alterou o acordo de 1943); o Acordo de 1975 (que não se transformou em lei nem veio a público) e o Protocolo de Intenções para o Acordo Ortográfico, de 1986.