O que mudou na ortografia brasileira?

Perguntado por: alima . Última atualização: 6 de fevereiro de 2023
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Dentre as mudanças que o novo acordo ortográfico trouxe, está a eliminação dos acentos agudos quando encontramos o “i” e “u” tônicos (vogais mais pronunciadas) depois de um ditongo decrescente (primeira vogal mais forte que a segunda). É o que acontece em: feiura, Bocaiuva, averigue, oblique.

Trema. A partir da vigência definitiva do Novo Acordo Ortográfico, o trema deixou de ser utilizado. Ou seja, o sinal gráfico que a maioria das pessoas esquecia de colocar quando escrevia “lingüiça” ou “freqüente” agora não existe mais.

Nunca acentuamos graficamente as palavras paroxítonas terminadas em “o”: ovo, olho, novo, bolo, jogo, teto, sapato, palito... Assim sendo, COCO também se escreve sem acento gráfico. As palavras terminadas em “o” só recebem acento gráfico quando são oxítonas: avó, avô, jiló, gigolô, paletó...

1.6 Em qualquer tipo de locução o hífen deixou de ser empregado. Aero; agro; anti; auto; arqui; circum; co; contra; des; entre; ex; hidro; hiper; in; inter; mini; pan; pós; pré; pró; pseudo; sub; semi; super; tele; ultra; vice.

Palavras como Pariz, inglez, commercio, telegramma, commissão, assumptos, anniversarios mantinham a grafia antiga. Diante da irritação de intelectuais com a revogação do acordo, as regras aprovadas em 1931 acabaram sendo homologadas em 1938, mas só foram implantadas em 1941.

Não são raros os vocábulos que com o tempo sofreram alteração de significado.

  • Almofadinha. Além do diminutivo de almofada, a palavra passou a designar pejorativamente o homem que se veste com muito requinte. ...
  • Aquário e piscina. ...
  • Armário. ...
  • Autópsia. ...
  • Barbeiro. ...
  • Brigadeiro. ...
  • Emboscada.

O novo acordo ortográfico visa unificar a escrita nos diversos países falantes do português. Em vigor no Brasil desde 2009, o seu uso passou a ser obrigatório a partir do dia um de janeiro de 2016.

Até quando posso escrever na antiga ortografia? É possível escrever na antiga ortografia até o dia 31 de dezembro de 2012. A partir de 2013 ficam valendo apenas as novas normas ortográficas.

Com as regras do novo Acordo Ortográfico, não são mais acentuados: Os ditongos abertos ei, oi, nas paroxítonas: ideia, plateia, Coreia, boia, heroico, paranoia, asteroide.

Reforma ortográfica: acentos que caíram

  • O circunflexo do ditongo ôo diz adeus. ...
  • O acento do hiato êem some. ...
  • O agudo do u tônico dos verbos apaziguar, averiguar, arguir & cia. ...
  • O i e u antecedidos de ditongo perdem o grampo. ...
  • Os ditongos abertos éi e ói mandam o acento bater em retirada. ...
  • Os acentos diferenciais se vão.

Voo tem acento? Não, a forma correta de se escrever é voo, sem acento. De acordo com a nova ortografia, não devemos acentuar as palavras terminadas nas vogais dobradas “eem” ou “oo”.

O erro na acentuação da palavra higiene ocorre porque erradamente é estabelecido um paralelismo com a palavra higiênico. A palavra higiene, contudo, contrariamente à palavra higiênico, é uma palavra paroxítona. Sendo formada por um hiato, tem a vogal e como sílaba tônica: hi-gi-E-ne.

Ficou na dúvida? Como se diz no futebol, a regra é clara: em palavras compostas por justaposição que formam uma unidade semântica, ou seja, em termos que se unem dando origem a um novo significado, o uso do hífen é obrigatório. Dessa forma, GUARDA-CHUVA, com hífen, é a grafia correta.

De acordo com a nova ortografia, a regra base indica que o hífen é utilizado quando o prefixo termina com a mesma letra que começa a segunda palavra ou quando a segunda palavra começa com h.

#3 A grafia dos dias da semana continua sem feita com o uso do hífen. Exemplo: Segunda-feira, terça-feira, quarta-feira.

No novo acordo ortográfico da Língua Portuguesa, o acento não é mais empregado em palavra paroxítonas com i e u depois de ditongo. Já palavras paroxítonas com ditongo aberto ei e oi, o acento passa a ser empregado. Continuam com acentos as palavras oxítonas com ditongo aberto eu, ei e ou.

O novo acordo ortográfico da Língua Portuguesa é um tratado internacional que busca unificar a ortografia do idioma. Ele é válido entre os países que compõem a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP): Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Até ao início do século XX seguia-se em português uma ortografia que, por regra, se baseava nos étimos latino ou grego para escrever cada palavra — phosphoro (fósforo), orthographia (ortografia), phleugma (fleuma), exhausto (exausto), estylo (estilo), prompto (pronto), diphthongo (ditongo), psalmo (salmo), etc.

Durante o processo de evolução, as palavras sofrem alterações que muitas vezes fazem com que seu sentido se distancie daquele que originariamente as gerou. Essas alterações semânticas podem ser observadas numa perspectiva diacrônica, pela sucessão de mudanças lingüísticas que se vão atualizando ao longo do tempo.