O que muda com a nova Lei do vale-alimentação e vale-refeição?

Perguntado por: avasconcelos . Última atualização: 24 de abril de 2023
4.3 / 5 18 votos

A principal mudança da nova lei é a proibição do desvio de finalidade do auxílio-alimentação, pago pelas empresas aos colaboradores.

O que diz a lei? A Lei nº 14.442, de 2 de setembro de 2022, determina que os empregados podem solicitar a portabilidade gratuita dos serviços de Vale-alimentação e Vale-refeição, valendo a partir de 1º de maio deste ano.

Um levantamento feito pela empresa Ticket no ano passado mostrou que o valor médio gasto em refeições fora de casa cresceu 48,3% nos últimos 11 anos. Em 2013, comer fora custava cerca de R$ 27,40. Em 2023, esse valor passou para a média de R$ 40,64.

Em outras palavras, o vale-refeição facilita o acesso à alimentação pelo colaborador nas proximidades do trabalho, enquanto o vale-alimentação leva um benefício para toda a família.

O VR pode ser obrigatório em casos de acordos sindicais e convenções de categoria profissional. Quando o vale-refeição é facultativo, ele não entra nos cálculos dos acréscimos do salário, como FGTS e 13°. O valor do benefício também não pode ultrapassar 20% do salário do funcionário.

A obrigação do empregador é conceder um intervalo mínimo de 1 hora e máximo de 2 horas, para quem trabalha mais de 6 horas por dia, com objetivo de refeição e descanso.

Cosméticos. Mesmo podendo usar o VA em supermercados, é proibida a compra de produtos cosméticos, como esmaltes, shampoos, hidratantes, entre outros, utilizando o benefício.

O objetivo do programa é melhorar as condições das refeições dos empregados brasileiros. Uma das novas regras estabelecidas é que os benefícios devem ser utilizados apenas para a compra de produtos alimentícios. Não será permitido comprar outros produtos, como cigarros, com vale-alimentação (VA) e vale-refeição (VR).

Mudança de regras entra em vigor em maio; mercado de benefícios movimenta R$ 150 bilhões por ano. O vale-refeição passará a ter novas regras no mês que vem.

Quem tem direito ao vale-alimentação? O vale-alimentação não é obrigatório por lei e, portanto, têm direito a ele os trabalhadores celetistas contratados por empresas que oferecem esse benefício. A exceção é quando existe uma convenção ou acordo coletivo de trabalho com o sindicato responsável pela categoria.

Com a mudança das regras a cerca do vale alimentação no ano passado, a compra de alguns produtos será proibida a partir de 1º de maio, como bebidas alcoólicas, produtos de limpeza e higiene, cigarro, cosméticos, maquiagem, eletrodomésticos e utensílios de cozinha.

O reajuste do vale-refeição e vale-alimentação com base no salário mínimo dependerá da política adotada por cada empresa, acordada com o funcionário mediante contrato. Normalmente esses benefícios são estabelecidos mediante termos monetários.

Quando se trata de benefícios de natureza salarial, como vale-alimentação, não é possível descontar faltas e atestados médicos.

Qual é o valor mínimo para o vale-refeição e o vale-alimentação? Esses benefícios não são obrigatórios, por isso, não há como estipular um valor mínimo ou máximo para a sua distribuição.

O benefício de vale-alimentação é um dos mais bem aceitos pelos trabalhadores porque oferece comodidade e segurança. Hoje é possível utilizá-lo para compras em mercados, açougues e hortifrutis, de acordo com o gosto pessoal, sem necessidade de transitar com dinheiro em espécie.

Empresa é obrigada a pagar vale-refeição nas férias? Já o pagamento de vale-refeição durante as férias será devido ou não conforme a situação. Em princípio, o trabalhador não tem direito a esse benefício durante as férias, seja a empresa participante ou não do PAT.

O Vale-Alimentação contribui para o bem-estar do funcionário e de sua família. Ele complementa a renda salarial e, assim, melhora o acesso a uma alimentação de qualidade. A empresa, por sua vez, também é beneficiada por esse recurso, melhorando sua imagem e seus processos internos.