O que motivou a invasão do Talibã?

Perguntado por: lsiqueira . Última atualização: 1 de maio de 2023
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A invasão se deu em resposta aos atentados de 11 de setembro. Os Estados Unidos tentaram construir um Estado estável no Afeganistão, mas fracassaram. A guerra se tornou impopular nos Estados Unidos, que foram forçados a retirar as tropas do país. O Talibã retomou o poder afegão em agosto de 2021.

A Guerra do Afeganistão começou em 1979, quando a União Soviética invadiu o país. A invasão estendeu-se por dez anos e foi extremamente penosa até mesmo para os soviéticos, causando-lhes milhares de mortes, além do forte impacto financeiro sobre o país.

O Talibã foi derrubado pelo exército dos Estados Unidos em 2001 após os atentados do 11 de setembro. O país era a casa de Osama Bin Laden, autor dos ataques contra as torres gêmeas. Em 2021, o exército norte americano deixou o país e o grupo radical voltou a assumir o governo.

Teve início quando o Afeganistão foi invadido por tropas norte-americanas em outubro de 2001. A invasão do Afeganistão foi uma represália norte-americana por causa dos atentados de 11 de setembro. Os objetivos norte-americanos eram derrubar o Talibã, destruir a Al-Qaeda e capturar Osama bin Laden.

Esse grupo, que defende uma visão radical da lei islâmica, governou o Afeganistão entre 1996 e 2001, impondo um governo violento e autoritário. Foi derrubado pelas tropas norte-americanas em 2001, mas retornou ao poder 20 anos depois.

Afeganistão

Em 1996, o Talibã tomou Cabul e formou um governo no Afeganistão, nomeando o país Emirado Islâmico do Afeganistão. O governo do Talibã foi violento e autoritário, conhecido por promover açoitamentos e amputações em público, bem como execução de opositores.

Os talibãs surgiram como parte de grupos armados que lutavam contra a ocupação de dez anos da União Soviética. Com um inimigo comum, em meio à Guerra Fria, os Estados Unidos treinaram e deram equipamentos aos combatentes, chamados de Mujahedin.

O conflito diminuiu, mas a violência, o medo e a privação continuam a deslocar os afegãos através das fronteiras, principalmente rumo ao Irã e Paquistão. 24 milhões de pessoas no Afeganistão e 5,7 milhões de pessoas afegãs em cinco países vizinhos estão em necessidade de assistência humanitária.

O Talibã é uma organização fundamentalista sunita que surgiu no Afeganistão, em 1994, durante a Guerra Civil Afegã. Esse grupo se originou no interior dos mujahidin, grupos rebeldes fundamentalistas que foram financiados pelos Estados Unidos na luta contra os soviéticos durante a Guerra do Afeganistão de 1979.

Desde 2021, quando os radicais do Talibã assumiram o poder, milhões de afegãos têm deixado o seu país para fugir de um regime que viola seus direitos. Segundo a Acnur, cerca de 3,5 milhões de afegãos estão deslocados devido ao regime, que ameaça principalmente mulheres e crianças que sequer podem frequentar as escolas.

Fundado por Mohammad Omar, o grupo extremista prometia restaurar a paz e segurança no país, baseado na instauração Lei Islâmica.

No idioma pachto, "talibã" significa "estudante". Hoje em dia, porém, o nome do movimento militante do Afeganistão evoca antes imagens de terror e destruição do que de homens e mulheres debruçados sobre livros.

A ideologia dos Taliban foi descrita como uma combinação de uma forma "inovadora" da lei islâmica — sharia — baseada no fundamentalismo Deobandi e o islamismo jihadista salafista de Osama bin Laden com as normas culturais e sociais pashtun conhecidas como Pashtunwali.

O Reino do Afeganistão foi, por vezes referido como Reino de Cabul, como mencionado pelo estadista e historiador britânico Mountstuart Elphinstone. O Afeganistão foi oficialmente reconhecido como um estado soberano pela comunidade internacional após a assinatura do Tratado de Rawalpindi em 1919.

Ainda segundo os estudiosos, a família real afegã também remonta às tribos de Israel, sendo descendente da de Benjamin. Esta versão foi publicada pela primeira vez em 1635, em um livro intitulado Mahsan-I-Afghani. Segundo a obra, o rei Saul teve um filho chamado Jeremias, pai de um menino chamado Afghana.

"Este conflito tornou-se enormemente significativo durante os regimes de esquerda", explica ela. "E, além disso, havia uma pobreza profundamente enraizada. O acesso à educação era limitado às cidades, os casamentos infantis ainda eram o costume e havia uma total ausência de mídia gratuita.

No entanto, cidadãos milionários do Paquistão e de vários países do Golfo, como Arábia Saudita, Emirados Árabes e Qatar, são considerados os maiores financiadores. Embora seja impossível mensurar com precisão, essas fontes de financiamento parecem compor parte significativa das receitas do Talibã.

Atualmente, Baradar é o líder político do Talibã e um de seus rostos mais conhecidos. Porém, no topo da estrutura está Maulaui Hibatullah Akhundzada, nascido em 1961 em Panjwayi, na província de Kandahar.

Os homens foram obrigados a usar barba e as mulheres, proibidas de sair de casa sem a burca (traje que cobre todo o corpo, incluindo o rosto), freqüenar escolas e trabalhar. Cinema e televisão foram proibidos.

Há exatamente um ano, no dia 15 de agosto de 2021, o grupo ultraconservador Talibã retomou o controle político do Afeganistão.

Talibã em pashto (idioma dos afegãos na região de Pashtun - leste e sul do Afeganistão) significa “estudante" e foi criado por um pequeno grupo que realizou seus estudos em escolas islâmicas tradicionais no Paquistão.