O que Martinho Lutero queria se tornar um?

Perguntado por: ajordao . Última atualização: 1 de março de 2023
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Em 1501, aos 17 anos, Martinho Lutero ingressou na Universidade de Erfurt, onde passou a estudar direito para tornar-se advogado – uma carreira muito próspera naquela época. O ingresso de Lutero nesse curso era por conta do desejo de seu pai de ver seu filho tornando-se um advogado.

Lutero afirmava que a escola não poderia ser apenas um local de transmissão de conteúdos, mas que fosse um espaço de formação de indivíduos capazes de transformar o mundo. Esta mudança se tornou uma das maiores contribuições da Reforma Protestante para o mundo ocidental.

Lutero buscava melhorar sua própria Igreja, pois via que os ensinamentos que estavam acontecendo se distanciavam da Palavra de Deus. Em outras palavras, o que ocorria estava distante do que estava escrito na Palavra. Ele era um estudioso e quanto mais estudava, mais via que se distanciavam das verdades bíblicas.

Igreja Luterana
Os luteranos acreditam que a salvação é alcançada mediante as atitudes das pessoas somado à paixão e morte de Cristo em expiação dos pecados dos homens. A crença luterana acredita que a Bíblia é a palavra de Deus e que a mesma deve ser lida e interpretada por todos.

Em suas 95 teses, Lutero questiona e critica a extensão do poder do Papa, manifestando-se contra o comércio de indulgências, desencadeando questões de alcance religioso e intelectual, que se refletiram nos modos de ser e pensar do homem moderno.

As reformas religiosas foram movimentos que ocorreram durante o século XVI na Europa. Provocaram a dispersão da população - que antes estava reunida apenas na Igreja Católica - para outras religiões, também cristãs, mas que não se submetiam mais aos dogmas católicos e à autoridade do papa.

O estopim da Reforma Protestante aconteceu em 1517, quando Martinho Lutero se deparou com o dominicano Tetzel que vendia indulgências em Wittnberg. Em resposta, no dia 31 de outubro, escreveu 95 teses que criticavam a Igreja Católica e Papa, fixando-os na porta da Catedral de Wittenberg.

Lutero, o monge católico que abriu portas para surgimento de igrejas evangélicas.

Martinho Lutero foi o homem mais influente de sua época. O movimento que teve início com a publicação de suas 95 teses redefiniu a Europa, redirecionou a história da fé cristã e restabeleceu a verdade das Escrituras no centro da vida eclesiástica.

Lutero estava insatisfeito com certas condutas da Igreja, sobretudo com as indulgências, que eram comuns na Igreja Católica da época. Nesse contexto, essa prática acontecia por meio dos dízimos feitos pelos fiéis para a Igreja em troca do perdão de seus pecados.

Em 1517, ele publicou suas famosas "95 teses", protestando contra a prática do clero católico de vender indulgências, por meio das quais os pecadores podiam comprar sua saída do purgatório. Em janeiro de 1521, o papa excomungou Lutero por ele se recusar a revogar suas teses da Reforma.

A leitura da Bíblia levou Lutero a realizar novas interpretações da cristã e isso o levou a concluir que a salvação de cada pessoa era obtida pela fé, pois, de acordo com o texto bíblico, “o justo viverá pela fé”.

O conteúdo dos argumentos das 95 teses luteranas tinha como alvo o tema das indulgências (perdão concedido pela autoridade eclesial para absolvição de pecados), praticadas de forma iníqua por parte do clero católico da época, como pode ser observado a seguir no texto das teses 31 a 35: 31.

Para Lutero, a livre vontade é um termo divino, e não cabe a ninguém, a não ser unicamente à majestade divina. Conceder ao ser humano tal atributo significaria nada menos do que atribuir-lhe a própria divindade, usurpando a glória do Criador.

Como Lutero descobriu na Bíblia, qualquer um que acredita em Deus e em seu filho Jesus Cristo recebe a dádiva da justificação perante o Todo-Poderoso.

As Igrejas Luteranas, como já citamos, se identificam como Igreja Evangélica no nome. O mesmo pode ser visto na identificação de uma das maiores igrejas pentecostais no Brasil, que traz em seus templos “Igreja Evangélica Assembleia de Deus”.