O que Lutero e Calvino defendiam em comum?

Perguntado por: ahilario . Última atualização: 3 de maio de 2023
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Lutero e Calvino, acreditavam que o perdão divino só poderia ser concedido por Deus, e que nenhum homem na terra teria esse poder. Acreditavam que o papel da Igreja seria apenas da mediação e propagação da religião e nada mais.

Lutero acreditava que as almas poderiam ser salvas pelas boas obras (ou seja, por aquilo que os cristãos fizessem em vida), enquanto que Calvino defendia que a salvação só poderia acontecer por meio da predestinação.

Martinho Lutero defendia, basicamente, que a Bíblia era a única referência para os fiéis e que as pessoas conseguiriam ser salvas sem a mediação de intermediários e sem precisar dar indulgências. A base teológica de Lutero baseava-se em um versículo bíblico que afirmava que “o justo viverá pela fé”.

Considerado como um segundo movimento da Reforma Protestante, foi organizado por Martinho Lutero. Com isso, pregava-se que Deus, desde sempre, já sabia quem eram as pessoas que seriam salvas por eles, assim como as que não seriam. Logo, Deus seria soberano de todas as coisas.

Caem no Enem e no vestibular! Enquanto, na Alemanha a Reforma Protestante foi conduzida pelo monge agostiniano Martinho Lutero (1517), na Suíça, logo depois, quem liderou o processo de mudanças foi o teólogo João Calvino (1534).

Luteranismo, Calvinismo e Anglicanismo
Todas são doutrinas protestantes, que se distinguem pelo fato de assumir diferentes características mediante os seus precursores. Assim, a primeira doutrina protestante é o Luteranismo, na Alemanha, a qual influenciou o Calvinismo, de João Calvino, na França.

A principal diferença entre Calvinistas e Luteranos estava na questão da predestinação: Calvino (e seus seguidores) defendia a tese de que, por ser Deus onisciente, quando alguém nascia a sua alma já estava pré-determinada à salvação (paraíso) ou condenação (inferno).

Além da premissa da predestinação, Calvino também defendia a salvação pela fé, a valorização moral do trabalho e a prática da poupança como caminho para o enriquecimento. Essas defesas iam ao encontro dos interesses da burguesia de Genebra, que acolheu Calvino e cedeu-lhe grande espaço para atuação política.

Comumente, são mais associados com o calvinismo os membros das igrejas presbiterianas. No entanto, a teologia de Calvino está presente em diferentes denominações, espalhadas em várias igrejas batistas e pentecostais no Brasil.

Assim, podemos concluir que o que Martinho Lutero defendia era a volta às origens da religião, a valorização da fé, da conexão com Deus e a ajuda aos pobres, colocando fim ao chamado comércio de indulgências.

Calvinismo é uma religião cristã surgida durante a Reforma Protestante e que se baseia na predestinação, na valorização dos bons costumes e na defesa do trabalho e do lucro. João Calvino fundou, em 1534, uma religião que acreditava na predestinação, ou seja, que a salvação fora determinada por Deus.

Martinho Lutero queria reformar a Igreja Católica, enquanto João Calvino acreditava que a Igreja estava tão degenerada que não havia como reformá-la. Calvino se propunha a organizar uma nova Igreja que, na sua doutrina (e também em alguns costumes), seria idêntica à Igreja Primitiva.

Críticas às indulgências
Bom, o ponto principal da crítica de Lutero é a questão das indulgências.

A principal diferença está na salvação. Enquanto os luteranos acreditam que a fé e as boas obras do fiel os conduzem à salvação, os calvinistas consideram a salvação como algo já consumado e definido por Deus antes da criação do mundo.

No século XVI temos a excomunhão de líderes religiosos célebres que não concordavam com os dogmas católicos. Martinho Lutero e João Calvino, respectivos fundadores do Luteranismo e do Calvinismo, foram expulsos da Igreja ao pregarem uma religiosidade cristã apartada da chancela papal.

b) O luteranismo foi favorecido pelo apoio dos prín- cipes alemães, interessados nas propriedades ecle- siásticas. Já o calvinismo veio ao encontro dos inte- resses da burguesia, criando uma ética que com- patibilizava religião cristã e prática capitalista.

O Calvinismo eventualmente se estabeleceu não somente como força religiosa-eclesiástica, mas também como uma tradição que culminou no desenvolvimento econômico político e social. Teve influência direta e considerável para a fundação e nascimento da estrutura republicana de governo.

Por aqui, a maior igreja que segue os princípios calvinistas hoje é a Igreja Presbiteriana do Brasil. Mas há outras denominações e dissidências que, no cerne, seguem o modo de pensar desse teólogo francês.