O que Karl Marx fala sobre a desigualdade social?

Perguntado por: amata . Última atualização: 3 de maio de 2023
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O sociólogo alemão Karl Max defendia a ideia de que a desigualdade social estava atrelada ao modo de produção capitalista. A concentração de riqueza na mão da minoria, na sua visão, não era justo e por isso argumentava que o proletariado deveria se rebelar contra o sistema e provocar mudanças socioeconômicas.

O marxismo, na sua forma pura, defende que deve haver uma revolução pela qual a classe operária toma para si os meios de produção e o governo, suprimindo a burguesia e os seus meios de hegemonia e manutenção do poder, que constituem os conjuntos chamados infraestrutura e superestrutura.

As classes sociais, para Marx, surgem a partir da divisão social do trabalho. Em razão dela, a sociedade se divide em possuidores e não detentores dos meios de produção. As relações de produção regulam tanto a distribuição dos meios de produção e dos produtos quanto a apropriação dessa distribuição e do trabalho.

Karl Marx. 1. «O trabalho é a fonte de toda a riqueza e de toda a cultura, e como o trabalho produtivo só é possível na sociedade e pela sociedade, o seu produto pertence integralmente por direito igual, a todos os membros da sociedade».

"A história da sociedade até aos nossos dias é a história da luta de classes." (Marx) Karl Marx (1818-1883) foi o responsável pela estruturação da teoria da luta de classes. Para ele, o Estado, historicamente, se desenvolveu a partir do conflito entre grupos sociais antagônicos, privilegiando o interesse das elites.

Karl Marx, filósofo e sociólogo alemão que passou grande parte de sua vida em Londres, na Inglaterra, além de ter contribuído para o estudo social e econômico, foi o desenvolvedor de uma teoria política que deu alicerce ao socialismo científico.

São três as principais influências de Karl Marx: as filosofias de Hegel e de Ludwig Feuerbach, e a teoria econômica de David Ricardo. Suas teorias foram incorporadas às teorias marxistas segundo a compreensão de mundo de Marx.

Marx defendia que toda riqueza era produzida pelo trabalho humano e que os donos do capital se limitavam a apropriar-se da riqueza produzida pelos trabalhadores. Os argumentos de Karl Marx não convenceram os defensores da economia de mercado já que foram criticados por Böhm-Bawerk e outros economistas mais tarde.

O trabalhador deve produzir algo a mais, que é o lucro daquele que compra sua força de trabalho. Assim, reforça Marx que: A produção capitalista não é apenas produção de mercadorias, é essencialmente produção de mais-valia. O trabalhador produz não para si, mas para o capital.

Entre as principais causas dessa desigualdade social no Brasil, estão: concentração de dinheiro e poder, poucas oportunidades de trabalho, má administração dos recursos públicos, pouco investimento em programas culturais e de assistência, baixa remuneração.

A desigualdade social é um problema que ocorre quando algumas pessoas têm acesso a mais recursos e oportunidades do que outras. Isso pode acontecer por várias razões, como renda, educação, localização geográfica ou preconceito.

Marx estudou Direito durante algum tempo, mas com o falecimento de seu pai, em 1838, ele decidiu ingressar no curso de Filosofia. Nesse curso, ele teve contato com as ideias de Hegel, as quais tiveram grande impacto sobre ele na juventude.

Para Marx, o trabalho é uma dimensão ineliminável da vida humana, isto é, uma dimensão ontológica fundamental, pois, por meio dele, o homem cria, livre e conscientemente, a realidade, bem como o permite dar um salto da mera existência orgânica à sociabilidade.

Porque segundo a análise desses autores todo o lucro adquirido vem através da exploração da força de trabalho, ou seja, há uma disparidade entre aquilo que é produzido e o que é pago aos trabalhadores. Esse é o ponto central na discussão sobre A Mais Valia, de Karl Marx.