O que indica infecção bacteriana no hemograma?

Perguntado por: orodrigues . Última atualização: 29 de abril de 2023
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Um dos primeiros sinais de processo infeccioso bacteriano é a febre persistente que faz com que o médico procure identificar o foco infeccioso. O hemograma cursa com leucocitose, neutrofilia, linfopenia, eosinopenia e presença de desvio à esquerda e granulócitos imaturos.

Vários exames podem detectar infecção, como hemograma, exame de urina, cultura de urina ou sangue, marcadores inflamatórios como o PCR e VHS, pesquisa de vírus e bactérias no sangue, dosagem de anticorpos, etc.

Os neutrófilos possuem grânulos no interior e é o leucócito mais comum no tecido sanguíneo. Em um corpo adulto, é possível encontrar entre 2.300 e 8.100 neutrófilos por milímetro cúbico de sangue. Exceder esse quantitativo pode indicar uma infecção por alguma bactéria.

Exames de sangue
O primeiro método de tentativa de diagnóstico é a realização de um exame de sangue conhecido como sorologia. O seu objetivo é identificar se há anticorpos contra bactérias circulantes no organismo do paciente.

A hemoglobina, as plaquetas e se há presença dos blastos. Caso o resultado do hemograma indique que o nível de hemoglobina está baixo (menor que 12g/dl), plaquetas baixas (menor que 100.000/mm³) e mais de 20% de blastos, há uma grande probabilidade de ser uma leucemia aguda.

Apesar de muitas alterações poderem estar presentes no hemograma de pacientes com infecções virais, os linfócitos são as principais células do sistema imune a combater essas infecções, de modo que este setor é o que mais apresentará alterações, seja de caráter quantitativo, quanto qualitativo (morfológico).

Quando estão reduzidos, indicam anemia, isto é, baixo número de glóbulos vermelhos no sangue. Quando estão elevados indicam policitemia, que é o excesso de hemácias circulantes. O hematócrito é o percentual do sangue ocupado pelas hemácias. Um hematócrito de 45% significa que 45% do sangue é composto por hemácias.

O que está sendo pesquisado? A hemocultura detecta bactérias e fungos no sangue.

Secreções claras e mais líquidas indicam, em geral, que o mal-estar está sendo causado por vírus. Secreções mais densas, esverdeadas ou amareladas, indicam a infecção por bactéria. A mudança da cor se deve à ação de neutrófilos, que são células de defesa que atacam as bactérias e liberam uma proteína de cor verde.

Hemograma Completo
A leucemia e outras condições podem causar contagens anormais de células sanguíneas. As células sanguíneas imaturas (chamadas blastos) normalmente não são vistas no sangue, portanto, suspeitamos de leucemia se houver blastos ou se as células sanguíneas não parecerem normais.

Qual nível de leucócitos é preocupante? Não existe um valor que define um nível preocupante de leucócitos. Para se ter uma ideia, geralmente, o valor de referência do número de leucócitos pode estar entre 3.500 e 10.000/mm3.

A contagem normal de leucócitos em adultos varia de aproximadamente 4.000 a 10.000 células / mm3. Consequentemente, uma contagem total de leucócitos acima dessa faixa constitui a presença de leucocitose.

Leucócitos altos
O aumento dos leucócitos, também chamada de leucocitose, acontece quando essas células estão acima de 11.000/µL. Esse quadro também pode se desenvolver por diversos motivos, sendo os principais: Infecção bacteriana ou viral. Processo inflamatório (trauma, cirurgias, doenças reumatológicas e queimaduras ...

Fatores de risco de infecções bacterianas da pele
Pessoas de mais idade. Pessoas portadoras do vírus da imunodeficiência humana (HIV), que têm AIDS ou outras doenças imunológicas, ou hepatite. Pessoas que estão em quimioterapia ou tratamento com outros medicamentos supressores do sistema imunológico.

As bactérias podem causar doença ao produzirem substâncias nocivas (toxinas), ao invadirem tecidos ou ambos. Algumas bactérias podem desencadear inflamações que podem afetar o coração, os pulmões, o sistema nervoso, os rins e o trato gastrointestinal.

Porém, as bactérias tendem a circular rapidamente pela corrente sanguínea e atingir outros órgãos, causando a temida septicemia, ou infecção generalizada, com risco latente de morte por falência múltipla de órgãos se a infecção não for controlada.

Já o tratamento de uma infecção bacteriana atua diretamente na eliminação desses organismos por meio do uso de antibióticos, que devem ser usados somente com autorização médica.

Essa é a chamada sepse, conhecida popularmente como infecção generalizada. A sepse é a maior causa de morte nas UTIs, chegando a 65% dos casos, no Brasil.

Contagens Anormais de Leucócitos

  • Infecção viral ou bacteriana grave;
  • Supressão da medula óssea, causada por tratamentos como quimioterapia ou radioterapia;
  • Doenças da medula óssea, como leucemia ou síndrome mielodisplásica;
  • Deficiência de algumas vitaminas (B 12 e ácido fólico)
  • Relacionada a etnia do paciente.