O que houve com os índios durante o processo de colonização?

Perguntado por: ochaves . Última atualização: 29 de abril de 2023
4.9 / 5 7 votos

No primeiro século de contato, 90% dos indígenas foram exterminados, principalmente por meio de doenças trazidas pelos colonizadores, como a gripe, o sarampo e a varíola. Nos séculos seguintes, milhares de vítimas morreram ou foram escravizadas nas plantações de cana-de-açúcar e na extração de minérios e borracha.

O período de 1540 até 1570 marcou o apogeu da escravidão indígena nos engenhos brasileiros, especialmente naqueles localizados em Pernambuco e na Bahia. Nessas capitanias os colonos conseguiam escravos índios roubando-os de tribos que os tinham aprisionado em suas guerras e, também, atacando as próprias tribos aliadas.

Como foi o primeiro contato dos portugueses com os índios? O primeiro contato entre portugueses e índios foi marcado pelo espanto diante do novo, do diferente. Inicialmente, não houve violência, mas sim um contato amistoso e movido por boa disposição.

Os índios, antes da colonização, viviam de maneira autônoma, sem a presença de elementos políticos e governamentais e de Estado. A gestão era coletivista, baseada na cooperação entre os membros de uma mesma tribo e em alianças e guerras entre tribos diferentes.

A atuação dos jesuítas contra a escravização dos indígenas criou diversos conflitos com colonos interessados nessa atividade. A pressão dos jesuítas para que a Coroa portuguesa proibisse a escravização indígena resultou em leis que determinaram a proibição da escravização indígena em 1570, 1587, 1595 e 1609.

Consequências da colonização
A cultura indígena foi suprimida, já que os europeus acreditavam que a sua linhagem era superior. A Colonização do Brasil foi o período em que a Coroa Portuguesa enviou expedições a fim de povoar as terras brasileiras para evitar que fossem dominadas por outra nação.

No início da colonização da América, portugueses e espanhóis tentaram escravizar os índios para trabalhar na agricultura ou na extração de metais preciosos. Os jesuítas eram contra e, no Brasil, levaram os índios do litoral para regiões mais afastadas, quase próximas à fronteira do domínio espanhol.

Doenças como varíola, sarampo, febre amarela ou mesmo a gripe estão entre as razões para o declínio das populações indígenas no território nacional, passando de 3 milhões de índios em 1500, segundo estimativa da Funai (Fundação Nacional do Índio), para cerca de 750 mil hoje, de acordo com dados do governo.

Interessados nas terras, os portugueses usaram a violência contra os índios. Para tomar as terras, chegavam a matar os nativos ou até mesmo transmitir doenças a eles para dizimar tribos e tomar as terras. Esse comportamento violento seguiu-se por séculos, resultando no pequeno número de índios de hoje.

De fato, segundo as pesquisas da University College London (UCL), a colonização exterminou quase 90% da população em um século, ou seja, cerca de 56 milhões de indígenas.

A colonização do Brasil contou com três grandes ciclos econômicos, o do pau-brasil, o do açúcar e o do ouro. A mão de obra majoritária foi a dos escravizados indígenas e africanos, sendo que os primeiros eram obtidos por bandeirantes e os segundos eram trazidos pelo tráfico negreiro.

Consequências. Os conflitos brutais entre indígenas e portugueses resultaram em mortes e aprisionamentos. As relações entre os dois povos foi marcada pela violência e imposição dos lusitanos, muitas vezes disfarçada pela presença dos missionários.

A reação dos índios com a chegada dos portugueses foi de choque, pois aquela cultura, traços físicos, roupas, navios e tecnologias eram completamente diferente de tudo o que conheciam.

No início, as relações entre colonos e índios eram um misto de cooperação e conflito. Por um lado, havia o exemplo das relações harmoniosas que prevaleceram durante o primeiro meio século de existência da Pensilvânia.