O que Freud explica sobre pai?

Perguntado por: acarvalho7 . Última atualização: 6 de maio de 2023
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Ao longo da teoria freudiana, o pai vai se revelando como uma instância inconsistente, não pacificadora. O amor, por sua vez, assume um papel de proteção contra a angústia, velando a inconsistência paterna e impedindo, tanto quanto o ódio, o confronto com o desamparo irredutível que nos constitui como seres falantes.

“Não consigo pensar em nenhuma necessidade da infância tão intensa quanto a da proteção de um pai.” (Freud, em O MAL-ESTAR NAS CIVILIZAÇÕES, 1930). A importância paterna é indiscutível mesmo no senso comum se pensarmos que uma mãe precisa se sentir segura o suficiente para cuidar dos filhos de maneira bem sucedida.

O pai, além de desempenhar a função da estruturação psíquica do sujeito, no seu processo de desenvolvimento, apresenta-se como a base para a civilização, para a organização do social e dos laços entre os irmãos.

Um pai que não cumpre seu papel, não desenvolve afeto com as crianças, registrando uma ausência psicológica na vida delas, o que contribui para que desenvolvam traumas emocionais ao longo do seu crescimento, tais como baixa autoestima, comprometimento da saúde física, medo excessivo, baixa qualidade de vida e outros.

A figura paterna é um dos fatores decisivos para o desenvolvimento cognitivo social. O abandono pode gerar conflitos emocionais na vida da criança. No mês em que se comemora o Dia dos Pais, é importante refletir sobre a importância da construção da personalidade e da maturidade de um indivíduo com a presença do pai.

Os pais são o primeiro referencial de amor que os filhos têm e eles buscam nos futuros parceiros semelhanças com aquilo que já conhecem. A menina deseja sentir-se amada e valorizada. Ela quer que o pai note sua beleza, o cabelo arrumado, a roupa nova e seus sucessos na vida.

Quando nasce um pai
Pesquisas apontam para registros de mudanças no cérebro de homens ao vivenciarem a gestação e convívio com os filhos. Dessa forma, é realmente possível dizer que o instinto paternal é despertado quando ele precisa cuidar dessa nova vida, por isso, é importante integrá-los.

A Síndrome de Electra ocorre quando a menina, entre 3 e 6 anos de idade, desenvolve um afeto excessivo pelo pai. Isso faz com que ela entre em competição com a mãe, considerando que precisa disputar atenção da figura masculina. Em alguns casos as meninas podem verbalizar o sonho de se casar com os pais.

O pai ausente não é só o vazio físico de uma figura que não tivemos; às vezes, é também alguém que “mesmo estando” não soube ou não quis exercer o seu papel. É uma ausência psicológica capaz de criar em uma criança diversas feridas emocionais. É muito possível que esta situação lhe seja conhecida.

O nome-do-pai não indica apenas a morte da coisa, mas indica a morte de toda significação perdida em nome de uma morte anterior. Nesse sentido, a finalidade da teoria nome-do-pai é mostrar a relação da função de ponto de estofo, e o lugar do Outro, e pensar como o sujeito pode articular essas duas funções.

A função materna e a função paterna permitem sustentar a dupla inserção do bebê enquanto produto e enquanto alteridade- e é justamente esta tensão entre ausência e presença, entre dentro e fora, que permite ao bebê aceder ao processo de subjetivação (2012, p. 24).

Um pai omisso é aquele que não assume sua função de pai, na criação do filho de forma substancial e emociona. Assim como do outro lado, um filho omisso é aquele que não presta atenção às necessidades dos pais, que não retorna à casa para fazer visitas depois de adulto, entre outras situações de afastamento.

Ele precisa que você esteja presente
Mas não se esqueça do principal: seu filho precisa que você esteja presente em sua educação, em sua vida social, em todas as áreas de sua vida. Algumas áreas não são destinadas apenas para mães ou amigos. Sua presença em todas as áreas lhe dará o apoio que ele precisa.

Quando a negligência emocional pode se transformar em indenização. O abandono afetivo atende justamente o significado da palavra: quando os pais deixam de prestar o afeto necessário aos seus filhos, causando danos irreparáveis a ela.

A pobreza, a falta de recursos e a exclusão social costumam ser os fatores mais comuns para que um pai (ou ambos) escolha abandonar seus filhos.

O Pai representa o espírito. Por isso o olhar do pai vai para a amplitude.” O movimento de progresso de cada um vai da mãe para o pai e através do pai para o mundo. Assim, o filho se completa.

relatam que a função paterna é fundamental para o desenvolvimento do bebê. Segundo os autores, tal função é dinâmica, já que o pai representa um sustentáculo afetivo para a mãe interagir com seu bebê e também, ainda nos primeiros anos da criança, deve funcionar como um fator de divisão da relação simbiótica mãe-bebê.