O que foi a terceira geração do Romantismo no Brasil?

Perguntado por: ljesus . Última atualização: 27 de abril de 2023
4.4 / 5 11 votos

A terceira geração é também conhecida como “O condoreirismo”, os poetas dessa geração apresentam estilo grandioso ao tratarem de temas sociais, eram comprometidos com a causa abolicionista e republicana desenvolvendo, assim, a poesia social. Castro Alves é o poeta que mais se destaca.

Principais obras da terceira geração do Romantismo
Desta forma, Castro Alves é o autor brasileiro que mais se destaca, pois explorou o tema do abolicionismo, ficando conhecido como o “poeta dos escravos”. Em Portugal, destacam-se: As Pupilas do Senhor Reitor (1867), de Júlio Diniz.

Condoreirismo. A terceira geração do Romantismo: Condoreirismo.

Contexto histórico
A terceira geração do Romantismo acontece por volta de 1870 a 1880, período marcado pela frente abolicionista, da qual participaram muitos autores importantes. Também é lembrado pelo atrito entre o republicanismo e a monarquia vigente.

Castro Alves

A terceira geração romântica é conhecida como aquela que aborda temas de cunho social. Nesse sentido, a obra de Castro Alves é considerada o principal expoente dessa vertente, pois, em seus poemas, o autor denuncia a escravidão praticada no Brasil e constrói um forte discurso abolicionista.

A segunda geração se destaca por ser ultrarromânticos, isto é, o uso excessivo de melancolia, sentimentalismo, bucolismo, emocionalismo e desejo pela morte, sendo igual tanto na Europa quanto no Brasil. A terceira geração se destaca pelas críticas políticas e sociais da época e o início do uso do Realismo na prosa.

A poesia romântica é dividida em três fases: o indianismo possui caráter nacionalista, o ultrarromantismo está associado ao sofrimento amoroso e à morbidez, e o condoreirismo apresenta crítica sociopolítica. Já a prosa romântica é composta por romances indianistas, urbanos, regionalistas e históricos.

O romantismo tinha como principal objetivo fazer oposição ao classicismo, ao racionalismo e ao iluminismo, contrariando a objetividade, a imagem do perfeito e o realismo, que caracterizavam esses movimentos anteriores.

Gonçalves de Magalhães

O Romantismo no Brasil teve início com a publicação do livro Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães em 1836. Nesse mesmo período, foi lançada a revista Niterói que também difundia ideias românticas.

O Romantismo trouxe a liberdade de expressão, o que possibilitou aos artistas falarem sobre diversos temas. Destacam-se: o nacionalismo, a religiosidade e a idealização da mulher. O ideal nacionalista no Romantismo surgiu por diversos motivos, sendo possível identificar em várias regiões.

O principal fato histórico que permeia o Romantismo no Brasil é a chegada da Família Real portuguesa, em 1808. Nesse período, o país deixou oficialmente de ser uma colônia de exploração e passou a ser a sede do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

A poesia romântica brasileira conta com três fases.
A primeira geração (1836-1853) é indianista e nacionalista. Já a segunda (1853-1870) é ultrarromântica e marcada pelo pessimismo. Enfim, a terceira geração (1870-1881) é caracterizada pela crítica sociopolítica e por uma visão menos idealizada da realidade.

O romantismo no Brasil se caracterizou, num primeiro momento, pela busca da identidade nacional e resgate das tradições e valores da cultura popular e do folclore. Temas como o índio, a exaltação da natureza, os regionalismos e a realidade social do país são muito explorados pelos autores românticos.

O fim do Romantismo no Brasil teve como marco a publicação do romance realista Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis, em 1881.

O Romantismo buscava transmitir para o povo, ideais sobre o amor, o sentimento, Deus e espiritualidade, o patriotismo e a valorização do indivíduo. Por isso, o período romântico ficou conhecido pela rejeição a racionalidade, da objetividade e do belo, características do Classicismo, o movimento anterior ao romantismo.