O que fez de Gregório de Matos um poeta maldito?

Perguntado por: lreal . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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No auge da ditadura militar, um general mandou apreender mil coleções (7 mil livros) dos poemas de Gregório de Matos para queimar em praça pública, mas acabou voltando atrás, o que acabou lhe rendendo a fama de 'poeta maldito'.” . Gregório de Matos não publicou nada em vida, de forma impressa.

Apelidado de Boca do Inferno, Gregório de Matos foi um poeta brasileiro famoso por seus versos satíricos que atentavam contra a sociedade colonial baiana do século XVII. Gregório de Matos foi um dos mais conhecidos poetas da literatura feita durante o século XVII, período da cultura colonial brasileira.

Poesia Satírica de Gregório de Matos
a quem devo ao demo dar. dar-te adeus, como quem cai, sendo que está tão caída, que nem Deus te quererá.

Gregório de Matos foi um dos maiores poetas brasileiros do período do Barroco. Além de poeta, Gregório foi advogado durante o período colonial. É conhecido como o “Boca do Inferno”, sendo famoso por seus sonetos satíricos, donde ataca, muitas vezes, a sociedade baiana da época.

CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS
É mais conhecido por sua sátira ferina, azeda e mordaz, usando, às vezes, palavras de baixo calão, daí seu epíteto Boca do Inferno. Critica todos os aspectos da sociedade baiana, particularmente o clero e o português.

Gregório de Matos Guerra, poeta barroco, era conhecido como o “Boca do Inferno” pelos poemas satíricos que publicava com críticas ferrenhas aos líderes, aos políticos, religiosos e intelectuais da Bahia, repletas de ofensas e palavrões. Peças desse tipo renderam-lhe a fama e imagem de poeta libertino e revoltado.

No poema em questão podemos observar uma lamentação sobre a situação da Bahia. A palavra "dessemelhante" aqui tem o sentido de "desigual", expondo a contradição econômica do lugar. Segundo o poeta, o local já foi próspero um dia e, por conta de maus negócios, acabou empobrecendo.

Boca do Inferno se passa no século XVII (1863), na Bahia colonial, durante o governo tirânico do militar Antônio de Souza de Menezes, apelidado de Braço de Prata, por usar uma peça deste metal no lugar do braço (perdido numa batalha naval contra os invasores holandeses). A ação se passa em Salvador.

Tido como poeta do Barroco – apesar do conceito ser instituído somente no século 20 para definir um período do século 17, como alerta o professor para os vestibulandos –, Gregório de Matos passeava por dois tipos de poesia: lírica e satírica.

Gregório de Matos e Guerra (Salvador, 23 de dezembro de 1636 — Recife, 26 de novembro de 1696), alcunhado de Boca do Inferno ou Boca de Brasa, foi um advogado e poeta do Brasil Colônia.

A poesia de Gregório de Matos (1633-1695) foi a principal expressão do Barroco no Brasil. Ele ficou conhecido como “Boca de Inferno” em decorrência da sua forma satírica de se expressar, criticamente e sem receio.

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A obra de Gregório de Matos divide-se em três vertentes temáticas: poesia satírica, religiosa e lírica.

No Brasil, os dois principais escritores desse estilo são Gregório de Matos (1636-1696), autor de poesias sacras e satíricas, além de Pe. António Vieira (1608-1697), com seus sermões. No entanto, Prosopopeia, de Bento Teixeira (1561-1600), é considerada a obra inaugural do barroco no país.

Temos versos e poemas que tomam alvos diversos, pois eles variam entre acusações de maricas, críticas contra a bazófia de pretensos fidalgos, passando por epítetos desrespeitosos para algumas mulheres, e indo de encontro a ricos que eram sistematicamente ridicularizados pela pena ferina de Gregório, passando, por fim, ...

Gregório de Matos: O Boca do Inferno.

1989

Em 1989, a escritora Ana Miranda publicava seu primeiro romance: Boca do Inferno. Trazendo no título a alcunha do poeta Gregório de Matos, a obra não tardou em se tornar um sucesso de público e de crítica. Em 1990, a autora foi agraciada com o prêmio Jabuti.

Poesia satírica
Apesar de ter produzido muito em suas vertentes religiosa e amorosa, Gregório de Matos ficou conhecido como “Boca do Inferno” na Bahia. Os poemas do autor eram direcionados ao contexto degradante da sociedade baiana da época: criticava desde as imoralidades a pessoas específicas.

O que é Fidalgo:
Um "filho d'algo", e posteriormente um fidalgo, era aquele que tinha algum grau de nobreza. Era um dos título ostentados pelos nobres da corte portuguesa, e depois ocorreu na corte brasileira também.

Alguns temas para abordar em poemas são: amor. morte. saudade.

> A obra de Gregório de Matos é tradicionalmente dividida em torno de três grandes eixos temáticos: a poesia religiosa, a poesia lírica e a poesia satírica.