O que fazer para normalizar a prolactina?

Perguntado por: ecardoso . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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O tratamento utiliza agonistas dopaminérgicos, sendo disponíveis em nosso país a cabergolina e a bromocriptina. A droga de escolha é a cabergolina, com forte efeito inibitório sobre a secreção de prolactina e menos efeitos colaterais, além de ter duração prolongada permitindo doses uma a duas vezes por semana (1, 10).

A principal causa fisiológica do excesso de prolactina é a gravidez. A concentração de prolactina no sangue cresce de maneira significativa ao longo da gravidez e também no período da amamentação. Os valores de prolactina em função da gravidez e amamentação costumam ser variáveis, podendo variar de 35 à 600 ng/mL.

Valores acima de 100 ng/mL sugerem o quadro de prolactinoma (tumor da hipófise).

A prolactina é um hormônio importante para a fertilidade, ele é responsável pela produção do leite materno através das glândulas mamárias, além disso, contribui para o equilíbrio do sistema reprodutivo. Porém, quando existem taxas elevadas de prolactina (hiperprolactinemia), esse hormônio pode dificultar a gravidez.

É possível citar ainda como efeitos negativos da prolactina alta a diminuição da libido, impotência no homem, alteração do ciclo menstrual, diminuição da lubrificação vaginal, infertilidade feminina e masculina e redução do volume do sêmen ejaculado.

Quais os sintomas de prolactina alta? Os sintomas são mais evidentes nas mulheres, que passam a apresentar galactorréia (saída de secreção leitosa pelo seio), irregularidade menstrual e infertilidade.

Para os ensaios mais comumente utilizados, os níveis séricos normais de prolactina geralmente são inferiores a 20 ng/ml em homens e a 25 ng/ml em mulheres3,6.

A prolactina alta, tanto no homem quanto na mulher, prejudica a fertilidade. Neles, o hormônio reduz o volume de sêmen; nelas, afeta os ciclos menstruais. Em ambos, há uma considerável redução do desejo sexual.

Importante salientar que alguns fatores temporários poderão alterar o exame, quando feitos nas seguintes situações: fase de lactação; noite anterior mal dormida; piercing nos mamilos; período próximo à relações sexuais.

Como a prolactina inibe a secreção desses hormônios que são reponsáveis por estimular o crescimento dos folículos, a hiperprolactinemia pode desencadear ausência de ovulação, mesntruação irregular e infertilidade.

O endocrinologista está apto a investigar e tratar elevações da prolactina. A prolactina é um hormônio produzido pelas células lactotróficas de uma glândula endócrina chamada hipófise. Em caso de elevações dos seus níveis deve-se procurar um endocrinologista, pois podem existir algumas armadilhas em seu diagnóstico.

Tratamentos. Os tumores de hipófise podem ser tratados com medicamentos, cirurgia ou ambos. “A cirurgia, na maioria dos casos, é indicada para os casos de tumores grandes, com compressão de estruturas vizinhas”, explica a médica.

Exames de imagem, geralmente ressonância magnética, que é o mais sensível e específico para a investigação dos tumores da hipófise. Exames de sangue para detectar o tipo de hormônio afetado. Entre eles, são avaliados os hormônios hipofisários, prolactina, TSH, ACTH, FSH e LH.

Por exemplo: se for produtor de prolactina, pode causar saída de leite pelo mamilo, diminuição da libido (apetite sexual) e alterações menstruais nas mulheres. Se for produtor de hormônio do crescimento, pode causar dores articulares, crescimento dos pés e das mãos, do queixo, e ainda causar diabetes”, alerta.