O que faz com que as cidades cresçam?

Perguntado por: alima . Última atualização: 4 de fevereiro de 2023
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O crescimento “para fora”, ou espraiado, acontece por meio da expansão da mancha urbana. Esse processo leva novos moradores para áreas rurais ou de proteção ambiental. O espraiamento requer a expansão da infraestrutura, algo que custa caro para a sociedade.

A urbanização é marcada pela mecanização do campo e pelo processo de industrialização das cidades, que gera mais empregos na área urbana. Diante desse contexto, a principal causa da urbanização é a saída da população rural do campo rumo às cidades em busca de melhores condições de vida.

O crescimento urbano pode ocorrer verticalmente, com a construção de prédios, e horizontalmente, com o surgimento de subúrbios e periferias. Quando uma cidade cresce horizontalmente, em longo prazo, a tendência é que esse crescimento atinja cidades vizinhas.

Quando os gastos governamentais aumentam através de obras de infraestrutura, contratações, produtos e serviços, o PIB aumenta por causa do crescimento econômico.

Urbanismo: uma profissão que pensa o funcionamento das cidades.

Crescimento urbano
A partir do século XI, inovações técnicas permitiram um desenvolvimento agrário e houve um aumento populacional. Essas técnicas, como a melhoria no uso do arado e a implantação do revezamento do cultivo do solo, ampliaram a capacidade de produção.

A intensificação da urbanização no mundo iniciou-se a partir da Revolução Industrial, a nova atividade econômica atraiu uma grande quantidade de pessoas para as cidades, uma vez que essas abrigavam as indústrias, figurando assim o fenômeno do êxodo rural (migração de trabalhadores rurais para as cidades).

Urbanização consiste no processo pelo qual a população urbana cresce em proporção superior à população rural. É um fenômeno de concentração urbana e conseqüente crescimento e desenvolvimento das cidades. Uma sociedade é considerada urbanizada quando a população urbana ultrapassa 50%.

Podemos dizer que o principal fator responsável por isso foi o crescimento da industrialização, pois a construção e o crescimento das indústrias geraram mais empregos nas cidades e atraíram uma maior quantidade de pessoas para esses espaços.

Atualmente, 54% da população mundial vive em áreas urbanas. Em 2050, tal proporção deve chegar a 66%, de acordo com o relatório. A associação do crescimento urbano e do crescimento populacional pode levar a uma população urbana composta por mais de 6 bilhões de pessoas em 2045.

Os principais fatores são os repulsivos, como a mecanização do campo e concentração de terras, além de alguns fatores atrativos, como a industrialização realizada, predominantemente, pela instalação de empresas multinacionais estrangeiras.

Tendo espaço para ampliar seus limites, as cidades tornam-se espontaneamente horizontais. Em sentido contrário, quando não há espaço para construir, o jeito é ir para os céus. O exemplo clássico da cidade horizontal é Paris, considerada a mais bela do mundo.

Para ser considerada cidade, é preciso ter um número mínimo de habitantes e uma infraestrutura que atenda minimamente as condições dessa população, mesmo que essa cidade seja dependente de outras que se localizem próximas a ela.

A cidade de São Paulo passa por um crescimento do processo de verticalização na região metropolitana.

As cidades são diferentes, não somente pelo número de habitantes, mas também pela concentração de serviços nelas contidos. Um aspecto que caracteriza a urbanização brasileira é referente a uma extrema concentração de uma vasta parcela da população em grandes cidades, dando origem assim às metrópoles.

Esse é o grande motivo por que a carreira do urbanista está em ascensão no mercado de trabalho. Esse é o profissional responsável por projetar e organizar os espaços urbanos. Afinal, o crescimento acelerado dos grandes centros pode levar a um verdadeiro caos social, ambiental e econômico, sem o devido planejamento.

Além da industrialização, também esteve associado a esse deslocamento campo-cidade, dois outros fatores, como a concentração fundiária e a mecanização do campo.