O que falar sobre a má distribuição de renda?

Perguntado por: afreitas . Última atualização: 25 de abril de 2023
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A má distribuição da renda acontece quando existe um desequilíbrio entre a população que possui alta renda e a população mais pobre. Na má distribuição de renda existe um pequeno número de pessoas ou de famílias com alta concentração de renda (riqueza).

Para enfrentar a concentração de renda, a principal estratégia adotada com sucesso em países desenvolvidos é a efetivação de um sistema tributário progressivo, modelo que escalona a arrecadação de impostos, taxando mais os contribuintes com maior renda e patrimônio.

Desigualdade social representa a diferença no padrão de vida e nas condições de acesso a direitos, bens e serviços entre integrantes de uma sociedade. A desigualdade sociais pode se manifestar de diferentes formas, no âmbito econômico, escolar, profissional, de gênero, entre outros.

A desigualdade leva ao aumento da pobreza, da qualidade da alimentação e à fome. Com isso, também há más condições de moradia, falta de saneamento básico, saúde precária, alta taxa de mortalidade infantil, violência e desemprego. Concomitante a todos esses fatores, há estresse e outros problemas psicológicos.

A desigualdade social por aqui é um legado do período colonial, que se deve à influência ibérica, à escravidão e aos padrões de posses latifundiárias. Aspectos como racismo estrutural, discriminação de gênero, alta tributação de impostos e o desequilíbrio da estrutura social só agravam a desigualdade brasileira.

A falha na distribuição de renda faz com que o problema da desigualdade social aumente, prejudicando os cidadãos mais pobres de ter acesso a educação, cultura e lazer. No entanto, os governos têm o dever de promover meios para subsistência da população.

A base da pirâmide é relativamente homogênea — 90% dos brasileiros têm renda inferior a R$ 3,5 mil por mês (R$ 3.422,00) e 70% ganham até dois salários mínimos (R$ 1.871,00, para um salário mínimo de R$ 998,00 em 2019), ainda segundo o levantamento.

Nível de desigualdade em 2020, medido pelo coeficiente de Gini. Entre 2019 e 2020, o indicador subiu de 88,2 para 89 no Brasil, em uma escala em que, quanto maior a nota, maiores a desigualdade e a concentração de renda. Em 2010, tinha caído ao mínimo de 82,2.

Educação, saúde e moradia de má qualidade são algumas das consequências de um país com grande desigualdade social. Afinal, quanto maior a diferença econômica entre as classes, piores serão as condições de vida das pessoas que estão na base da nossa estrutura social.

A aplicação de reformas tributárias, dos gastos públicos, da infraestrutura financeira e regulamentos, assim como dos mercados de trabalho também pode revelar-se útil. Oferecer acesso a creches de qualidade e a um custo acessível libera mais mulheres para trabalhar, além de gerar emprego diretamente.

Os jovens de baixa renda são os mais afetados pelo desemprego e piores condições de trabalho, muitas vezes sem completar o ensino fundamental. Os jovens com renda mais alta, por outro lado, tendem a ser menos afetados pelo desemprego e encontram melhores empregos.

Esta afirmação é fruto das pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, que apontam que as pessoas pretas ou pardas são as que mais sofrem no país com a falta de oportunidades e a má distribuição de renda.

A desigualdade social é um problema que ocorre quando algumas pessoas têm acesso a mais recursos e oportunidades do que outras. Isso pode acontecer por várias razões, como renda, educação, localização geográfica ou preconceito.

Residir em localidades mais desiguais gera um custo para o indivíduo além daqueles relacionados às características intrínsecas a essas sociedades, tais como maior nível de criminalidade, menor coesão social e maior nível de estresse.

A desigualdade social é a diferença nas condições de vida da população de um mesmo lugar. Ela pode se manifestar de muitas formas, por exemplo: na diferença de acesso a direitos básicos como saúde, moradia, educação, oportunidades de trabalho, distribuição de renda, entre outros.

Principais causas da pobreza no Brasil

  • acentuada concentração fundiária;
  • acelerado processo de urbanização;
  • êxodo rural das populações do campo;
  • falta de investimento em educação;
  • grande número de trabalhadores informais;
  • grande concentração de renda;
  • insuficiência de políticas de combate à pobreza.

Pelo menos dois fatores explicam a desigualdade na distribuição da população: os de ordem natural, como o clima, o relevo, a disponibilidade de água e a qualidade do solo para fins de agricultura; e os de ordem histórico-econômica, relacionados aos povoamentos antigos, ao crescimento de cidades, à implantação de ...