O que fala o livro O Alienista?

Perguntado por: aalencastro6 . Última atualização: 20 de maio de 2023
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A obra gira em torno da história de Simão Bacamarte, médico respeitado que viajou pela Europa e pelo Brasil. Quando criou um consultório na cidade brasileira de Itaguaí, resolveu se casar com uma viúva: Dona Evarista. A relação não era baseada no amor, e sim na possibilidade de ter filhos.

No livro O Alienista, por meio da personagem principal, Machado critica as questões éticas do ser humano na época em que estava vivendo, não só uma crítica ao estudo da psicologia humana, como uma crítica ao governo e ao comportamento social da época também, o qual pela falta de conhecimento e entendimento, fomentava a ...

A obstinação do médico em encontrar loucura em todos gera uma série de cômicas revoltas populares que cumulam com o próprio alienista declarando-se louco e se trancando no hospício para estudar a si mesmo. O alienista é uma obra que se utiliza da ironia para “desnudar” a sociedade da época do Segundo Reinado.

Significado de Alienista
substantivo masculino e feminino Psiquiatra; médico que se especializou no diagnóstico e tratamento de pessoas acometidas por doenças mentais. adjetivo Que está relacionado com o tratamento de pessoas com problemas mentais. Etimologia (origem da palavra alienista). Do francês aliéniste.

Teoria 1: são loucos aqueles que apresentarem um comportamento anormal de acordo com o conhecimento da maioria. Teoria 2: ampliou o território da loucura: “A razão é o perfeito equilíbrio de todas as faculdades, fora daí, insânia, insânia e só insânia.”

Os alienistas eram aqueles que se ocupavam de estudar, compreender, cuidar e ajudar os pacientes que sofriam de "alienação mental" a superar a doença. O termo nasceu na França revolucionária e sobreviveu até o início do século 20.

A busca extrema pela razão leva o alienista, na obra machadiana, à loucura. Na concepção de Pinel, a loucura é um distúrbio da razão dentro dela mesma.

A história se passa na vila de Itaguaí e tem como protagonista o grande médico Dr. Simão Bacamarte. O narrador descreve o doutor como o maior médico do Brasil, de Portugal e das Espanhas.

A obra tem como crítica os cientistas da época, que não possuíam conhecimento suficiente e necessário. Mostra também a hipocrisia humana, a verdadeira intervenção de Bacamarte: alguém que queria atingir a glória e ser a pessoa mais importante de Itaguaí, critica também a postura do cientificismo.

O tratamento moral era praticado pelos alienistas e incluía o afastamento dos doentes do contato com todas as influências da vida social nas instituições psiquiátricas, aqueles considerados loucos eram submetidos as normas e disciplinas rigorosas.

ASSIS, Machado de. (1979) O Alienista. In: Obra Completa.

No século XVIII, Phillippe Pinel, considerado o pai da psiquiatria, propõe uma nova forma de tratamento aos loucos, libertando-os das correntes e transferindo-os aos manicômios, destinados somente aos doentes mentais. Várias experiências e tratamentos são desenvolvidos e difundidos pela Europa.

A psiquiatria e a enfermagem psiquiátrica surgiram no hospício. O hospício era instituição disciplinar para reeducação do paciente: louco, o alienado; por meio da atuação de um profissional: o médico – alienista, a figura de autoridade a ser respeitada e imitada nesse projeto pedagógico.

Médico Juliano Moreira foi pioneiro na psiquiatria brasileira e na luta contra teorias racistas. Um menino negro e pobre da Bahia que se torna um dos mais importantes nomes da ciência brasileira, com contribuições inúmeras para a saúde.

Na sátira há também um certo Porfírio, apelidado de Canjica, o barbeiro, que liderou uma rebelião contra o alienista. Crispim é o boticário, o farmacêutico que manipulava receitas, prescrevia unguentos, vendia remédios e prestava assistência médica em emergências.

O protagonista é o nobre Simão Bacamarte, o maior médico do Brasil, de Portugal e das Espanhas. Porfírio seu principal antagonista.