O que está por trás das tatuagens?

Perguntado por: vmachado . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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O psicólogo Miguel Soares opina sobre os impulsos por trás das tatuagens. “Geralmente as pessoas que se tatuam buscam se sentir significantes no mundo. Pode ser uma forma de defesa, de pertencimento a um grupo, de reforçar o que pensam sobre algum assunto ou pessoa. O fato é que elas querem chamar atenção para si.

A tatuagem pode ainda provocar alergia ao tatuado por conta da tinta; irritação com coceira; formação de queloide quando a cicatrização não é adequada; e risco de contaminação quando o estúdio e os materiais usados não são higienizados da maneira correta.

O Papa Francisco fez uma reflexão belíssima sobre a tatuagem e nos explicou que os povos antigos faziam tatuagens que eram expressões de sinais sagrados. Fazer tatuagem não é pecado, mas o tipo de figura que tatuamos pode ser contrário à nossa fé.

Assim está registrado no livro de Levítico 19.28: “Não fareis lacerações na vossa carne pelos mortos; nem no vosso corpo imprimireis qualquer marca. Eu sou o Senhor.” “Não fareis cortes no corpo como sinal de lamento pela morte de alguém, também não fareis nenhuma tatuagem.

Como surgiu a tatuagem? Ao contrário do que se pensa, a tatuagem não é algo novo e existe desde antes de cristo. Segundo historiadores de um artigo do Brasil Escola, o desenho na pele significavam rituais de um povo ou identificação de grupos.

Tatuagem Ponto e Vírgula:
O Project Semicolon (Semicolon é ponto e vírgula em inglês) nasceu em 2013 com o intuito de trazer amor e esperança para quem tem tendências depressivas, suicidas ou a automutilação.

A Doutrina Espírita, de fato, não estimula a tatuagem porque a Lei de Conservação, uma das dez leis morais de Deus, mostra ser o corpo um santuário que devemos preservar sempre, evitando maltratá-lo quando não há um fim útil a bem do próximo ou da humanidade.

Nossa pesquisa revelou que 41% das pessoas com apenas uma tatuagem sofreram algum tipo de preconceito. Já 55% das pessoas que responderam a pesquisa dizendo ter 5 tatuagens sofreram discriminação, e 77% das pessoas com 12 tatuagens passaram por algum episódio de rejeição.

O dermatologista sublinha que “é garantido que toda a picada da pele pode levar a penetração de agentes infeciosos”. Embora a nossa pele seja “um órgão de defesa fantástico”, muitos orifícios trazem riscos evidentes. Casos de alergias e de infeções são os problemas médicos mais relacionados com as tatuagens.

Pessoas com a imunidade comprometida não devem tatuar. Pois, há maior risco de infecção; as com problemas de pele, já que têm maior probabilidade de sofrer reação alérgica; as que sofrem de valvulopatia (alteração nas válvulas cardíacas), e que já tiveram hepatite B e C.

A realização de tatuagem ou de maquiagem definitiva impede a doação de sangue por 12 meses. Esse procedimento é relacionado a um risco maior de transmissão de alguns agentes infecciosos.

Padre Fábio exibiu a tattoo para os seguidores dia 4/8, e explicou a inspiração para o desenho. "Ela tem apenas 2 cm. Obra de arte criada e executada pelo meu amigo Fernando Shimizu. Dei a ela o nome de Ana, o mesmo de minha mãe."

A doutrina da Igreja não fala nada sobre piercing e tatuagem: ela deixa essa questão aberta. O que ela nos ensina é que a aparência de um cristão deve ser modesta, ou seja, é preciso ter simplicidade, moderação.

Tatuagem não é aconselhável para pessoas com alguma alergia aos pigmentos utilizados ou que já tenham alguma doença de pele (como psoríase e vitiligo). A tatuagem também não é aconselhável durante a gravidez e amamentação.

28 Pelos mortos não fareis aincisões na vossa bcarne, nem fareis marca alguma sobre vós. Eu sou o Senhor.

Sim, desde que tenha feito a tatuagem há mais de um ano.

O uso da imagem de Jesus Cristo tem origem na máfia russa, mas foi apropriado também por quadrilhas brasileiras. O desenho representa alguém que foi condenado a pagar uma pena muito longa. Se o desenho estiver na perna ou no peito, significa que o criminoso está envolvido em latrocínio – roubo seguido de morte.

Tal tradição somente foi descoberta em 1769, quando o navegador inglês James Cook realizou uma expedição à Polinésia e registrou o costume em seu diário de bordo: “homens e mulheres pintam o corpo. Na língua deles, chamam isso de tatau. Injetam pigmento preto sob a pele de tal modo que o traço se torna indelével”.

A prática se difundiu por todos os continentes, com diferentes finalidades: rituais religiosos, identificação de grupos sociais, marcação de prisioneiros e escravos (como a tatuagem era usada pelo Império Romano), ornamentação e até mesmo camuflagem.