O que é xamanismo indígena?

Perguntado por: echaves . Última atualização: 1 de fevereiro de 2023
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O xamanismo é uma crença espiritual/religiosa que busca a força interior e o reencontro dessa com os ensinamentos da natureza. Para os adeptos do xamanismo, a cura para todos os males está dentro de cada ser e por isso ninguém pode curar ninguém e sim a pessoa cura a si mesma.

O termo, genérico e mal compreendido, é empregado para designar um sistema ritual dos mais antigos da humanidade, partilhado por povos que se estendem da Ásia até o extremo sul da América. "Xamã" parece derivar de çaman, palavra empregada pelos Evenks siberianos para designar os seus especialistas rituais.

1. Religião com práticas de magia, evocações e culto da natureza, presente em alguns povos da Ásia central e setentrional. 2. Prática ou rito em que intervém um xamã.

O bastão é o principal símbolo de poder daqueles xamãs. Na sua extremidade superior, são quase sempre entalhadas imagens de animais ou de seres míticos, ora individuais, ora sobrepostos: ave sobre felino, ave sobre serpente etc. (Figuras 11 e 12).

Tradicionalmente, a pessoa que demonstra profundo conhecimento da natureza humana, que age com sabedoria, que vive em harmonia e transmite bons ensinamentos, pode ser escolhido pelo seu povo para os representar como xamã.

Para descobrir seu Animal de Poder, é necessário o auxílio de um mestre xamã, porque ele facilita e confirma o encontro da pessoa com esse toten e a guia em toda a jornada de descobrimento.

Para descobrir qual dos animais de poder do xamanismo é o seu mentor espiritual, é preciso fazer uma autoanálise profunda orientada por um profissional. No entanto, com vivências xamânicas e meditações guiadas com tambores também é possível encontrar teu animal espiritual.

O importante é trazer para o seu ambiente os benefícios da ayahuasca, pois ela transforma você no nível da consciência, abre as suas capacidades e você fica mais consciente no dia a dia.” No entanto, o caminho até que a pessoa seja habilitada a servir a substância para outros não é fácil.

As religiões dos povos indígenas do Brasil são politeístas, cultivam muitas entidades e não há a adoração a uma única divindade. Também não há dogmas ou um conjunto de doutrinas registradas em livros sagrados, como a Bíblia.

Quando falamos de religião indígena estamos falando de Xamanismo. Os povos indígenas foram considerados no decorrer da história como povos sem crenças que não possuíam Deus ou deuses, ou até ídolos, não possuíam religião alguma.

O xamanismo pode ser traduzido como práticas indígenas de reconexão do homem com a natureza por meio de seus quatro elementos: fogo, terra, água e ar.

A cura xamânica é uma prática de cura psicoespiritual sem toque. Nesse tratamento ninguém cura ninguém, mas existe um Mestre Xamã que usa o chakra da terceira visão nos vários tipos de rituais.

Divide-se em duas escolas: o xamanismo tradicional, que segue as tradições nativas de cada localidade, e o neoxamanismo, que adapta a essência com práticas terapêuticas e de linhas diversas numa realidade urbana; cobrindo práticas de cura de ancestrais primitivos e de indígenas ao redor do mundo.

Segundo as cartas xamânicas presentes no livro “As Cartas do Caminho Sagrado”, da autora Jamie Sams, famosa pela paranormalidade, ilustradas no Brasil pela editora Rocco, a Serpente representa o processo de transmutação.

44 ou 'vitória entre os dedos'
Um parceiro e um rival de batalhas viraram grandes amigos de Xamã. Major RD e MC Guerra também tatuaram nas mãos um “44”, que sela a parceria do trio. “Esse quatro-quatro representa a vitória entre os dedos, sempre V, V e V. Verso, verdade e vida, vitória sempre, sempre vitória”, explica.

No contexto indígena brasileiro, o pajé corresponde à imagem do xamã. Proveniente do tupi, esta palavra substituiu no nosso idioma a expressão 'xamã'. Mas as práticas são as mesmas, com algumas variações culturais.