O que é uma pessoa que sofre de esquizofrenia?

Perguntado por: aamorim . Última atualização: 24 de maio de 2023
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A esquizofrenia é um transtorno mental caracterizado pela perda de contato com a realidade (psicose), alucinações (é comum ouvir vozes), falsas convicções (delírios), pensamento e comportamento anômalo, redução das demonstrações de emoções, diminuição da motivação, uma piora da função mental (cognição) e problemas no ...

Um estudo liderado por pesquisadores da Escola de Medicina Grossman da Universidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, mostra que pessoas com esquizofrenia, um transtorno mental que afeta o humor e a percepção da realidade, têm quase três vezes mais risco de morrer por Covid-19 do que aquelas sem a distúrbio ...

No começo, como não se sabe direito o que está acontecendo, é comum ocorrer muita ansiedade e tensão. Veja os principais sintomas descritos da esquizofrenia: Sintomas negativos: vontade de isolamento, desleixo com cuidados pessoais e dificuldade de expressão são alguns desses sintomas.

A característica mais marcante da esquizofrenia são as alucinações. Com relação à sintomatologia recorrente, temos os pensamentos desorganizados, ansiedade, movimentação descoordenada e, eventualmente, até a catatonia, que é quando a pessoa pode ficar imóvel e sem se comunicar por horas a fio.

O transtorno psiquiátrico traz prejuízos nas funções cognitivas, na percepção, no afeto, no comportamento e nas atividades sociais. O professor Ary Gadelha, coordenador do Programa de Esquizofrenia da Universidade Federal de São Paulo, reforçou que a doença afeta as regiões associativas do conhecimento no cérebro.

Não existem mais tipos de esquizofrenia?

  • Esquizofrenia paranóide. Com predomínio de alucinações e delírios.
  • Esquizofrenia desorganizada. Também conhecida como hebefrênica, com predominante pensamento e discurso desconexo.
  • Esquizofrenia catatônica. ...
  • Esquizofrenia residual. ...
  • Esquizofrenia indiferenciada.

Um surto psicótico é um conjunto de sintomas que, geralmente, estão associados a uma doença mental não tratada, ao uso de drogas ou a uma resposta excessiva a um estressor. Na maior parte dos casos, ele dura um breve período de tempo em que a pessoa experimenta ideias paranóicas ou extremamente desorganizadas.

Perigo do transtorno não responder ao tratamento
“A esquizofrenia tipo hebefrênica é a mais grave, pois cursa desde o início com sintomas chamados negativos, que são embotamento afetivo, isolamento social e perda de interesse, motivação, lógica e iniciativa”, explica o psiquiatra Miguel Angelo Boarati.

Ter a oportunidade de trabalhar é importante para as pessoas com esquizofrenia porque as mobiliza e incentiva o autocuidado. Ir trabalhar ajuda a superar o isolamento social, encontrando assim pessoas com dificuldades semelhantes e também aquelas que não sofrem de transtornos mentais.

Segundo esses estudos, a esquizofrenia reduz a substância branca e muda sua densidade, além de estreitar a massa cinzenta em diferentes partes do córtex, camada mais superficial do cérebro. Essas alterações na substância branca estão relacionadas a sintomas psicóticos e uma capacidade menor de concentração.

Exame de sangue permite diagnosticar esquizofrenia e bipolaridade. Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP – Metodologia desenvolvida por pesquisadores brasileiros permite diagnosticar, com base em um único exame de sangue, duas doenças psiquiátricas com sintomas semelhantes: a esquizofrenia e o transtorno bipolar.

Olhar vago e inexpressivo. O olhar “vazio” é comum nas pessoas esquizofrênicas, também conhecido como o olhar 'que vê, mas não enxerga'. O indivíduo encara diretamente a pessoa à sua frente, mas é como se olhasse através dela e ignorasse sua presença.

1) Aceite a doença e suas dificuldades. 2) Seja realista em relação ao que você espera da pessoa que tem esquizofrenia e de você próprio. 3) Tenha senso de humor. 4) Procure fazer o melhor para ajudar seu parente a se sentir bem e aproveitar a vida, preste a mesma atenção às suas necessidades e mantenha a esperança.

Mundialmente, a prevalência da esquizofrenia é de 1%. A prevalência é comparável entre homens e mulheres e relativamente constante entre culturas. Vida urbana, pobreza, trauma na infância, negligência e infecções pré-natais são fatores de risco, e existe uma predisposição genética.

Manter a calma é importante durante surto de esquizofrenia
O melhor a fazer nessas horas é manter a calma, tentar tranquilizá-lo e procurar o atendimento médico rapidamente. “A principal forma de evitar as crises é o tratamento adequado e a aderência ao tratamento farmacológico.

O "perfil" genético da esquizofrenia tem desafiado o diagnóstico de casos até hoje, explica o autor. Os pesquisadores sabem que um dos maiores fatores de risco para a doença é a hereditariedade, mas a enfermidade não parece ser transmitida diretamente de pais para filhos.

Dependendo de como é feito o tratamento, a pessoa com esquizofrenia pode ter uma vida normal e, inclusive, casar e ter filhos. “Se ela está fazendo o tratamento, está bem, está estável, tem total condição de ter uma vida normal. Trabalhar, constituir família. Não tem nenhuma contra-indicação em relação a isso.

A esquizofrenia não tem cura. No entanto, o tratamento, se seguido à risca pelo paciente, pode controlar os sintomas da doença. A família tem papel importante em incentivar a adoção das medidas e na vigilância do uso de medicamentos indicados.