O que é um doador compatível?

Perguntado por: ocruz . Última atualização: 3 de fevereiro de 2023
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Doador compatível é a pessoa que está apta a doação, ou seja, não possui em sua história clínica, exame físico e exames complementares nada que a impeça de fazer a doação. Dentre os exames complementares, o primeiro passo é avaliar a "compatibilidade" do grupo sanguíneo para um transplante de sucesso.

Pode ser doador qualquer pessoa que venha a morrer por morte encefálica e em que sua família autorize a doação dos órgãos ou tecidos. Apenas algumas poucas doenças, como alguns tipos de câncer e o HIV impedem a doação. Para doar tecidos, além da morte encefálica o doador pode ter tido morte com coração parado.

Pelo teste dos leucócitos obtidos por amostra de sangue, os laboratórios de imunogenética podem determinar o tipo de HLA do paciente e dos doadores potenciais. A determinação do HLA é dominada pelos genes que se localizam no cromossomo número 6 nas células dos tecidos.

É possível saber para quem foi doado o órgão? Por questões éticas, não é possível que a família do doador saiba para quem o órgão foi doado. Tanto o paciente transplantado como o doador devem permanecer no anonimato.

Órgãos e tecidos que podem ser doados em vida
Rim; Medula óssea (se compatível, feita por meio de aspiração óssea ou coleta de sangue); Fígado (apenas parte dele, em torno de 70%); Pulmão (apenas parte dele, em situações excepcionais).

O valor do transplante atualmente é de R$ 33.147,18.

Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, a expectativa de vida média dos rins transplantados varia de 15 a 25 anos, entretanto, alguns casos ousam contrariar essas estimativas.

Ela adverte que o transplante pode ter a rejeição do órgão a qualquer momento, mas geralmente o rim transplantado pode durar muitos anos, em média 15 anos.

Se o paciente tem um doador, é necessário realizar o exame de compatibilidade, pois os dois precisam ter compatibilidade sanguínea (o fator RH positivo ou negativo não importa). Assim, o paciente que tem sangue tipo O só pode receber rim de doadores O. Os que possuem sangue do tipo A podem receber de O ou A.

O Projeto de Lei 920/21 concede auxílio-funeral no valor de três salários mínimos (R$ 3.135, em valores de hoje) e isenção de taxas e tarifas relacionadas ao serviço funerário para a família da pessoa que tiver doado órgãos e tecidos para transplantes. O texto tramita na Câmara dos Deputados.

Os transplantados de rim não são mais considerados portadores de nefropatia grave, o que lhes impede de conseguir uma aposentadoria. Só que um transplantado não tem mais a vida normal que possuía antes do transplante, mesmo se esforçando, razão pela qual a aposentadoria seria um direito e um avanço.

Como se sabe, o organismo tem a capacidade de rejeitar tecidos que lhe são estranhos. No caso específico do transplante de medula óssea, essa rejeição tem características muito especiais que dificultam encontrar um doador compatível.

A sigla HLA é uma abreviatura originada da língua inglesa (Human Leucocyte Antigen), e significa antígeno leucocitário humano. Formam um grupo especial de proteínas localizadas na superfície de quase todas as células do corpo humano.

Se duas pessoas têm o mesmo tipo sanguíneo, não significa que ambas têm o mesmo tipo de HLA. Além disso, ela é muito mais complexa do que a tipagem sanguínea. A maior chance de se encontrar doador com compatibilidade HLA com o paciente é buscando na família, principalmente entre os irmãos.

Dessa forma, é importante mencionar que um indivíduo não pode doar um órgão vital, como o seu coração ou seu cérebro, porque você só tem um de cada e sem eles não conseguirá viver. Mas você pode doar outros órgãos importantes, como um rim ou mesmo um pulmão, porque tem dois de cada.

Um doador não vivo pode doar: – órgãos: rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado e intestino; – tecidos: córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, cartilagem, medula óssea, sangue do cordão umbilical, veias e artérias.

O transplante de fígado intervivos é a técnica na qual uma parte do fígado de uma pessoa saudável é retirada para ser colocada no lugar do fígado de alguém tem uma doença hepática grave. O restante do fígado que fica no doador ira se regenerar e retomar o volume anterior à doação em algumas semanas.