O que é o problema do livre arbítrio?

Perguntado por: lsilveira . Última atualização: 31 de maio de 2023
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Resumo: O livre-arbítrio: eis um problema filosófico que sempre mexeu com a questão existencial do ser humano, naquilo que se refere ao problema da moral, da responsabilidade humana e dos limites desta liberdade, caso ela de fato exista.

O partido do livre-arbítrio parece pensar na vontade como algo independente do homem, algo fora dele. Parece pensar que a vontade decide sem o controlo da razão humana. Se fosse assim, não provaria que o homem é responsável. “A vontade” seria responsável e não o homem.

Segundo o filósofo, não há uma razão prática, por esta razão, a ética não pode ser prescritiva. Ademais, o progresso no âmbito moral é praticamente impossível, já que só a Vontade é livre. Não há progresso possível porque o livre-arbítrio é uma ilusão, ou seja, o arbítrio é servo.

Com o livre-arbítrio, Deus nos assegura a mais absoluta de todas as liberdades. Com ela, podemos fazer nossas escolhas livremente, até mesmo em nossa relação com o próprio Deus criador. Foi-nos dada a liberdade para amá-lo ou não, de recebê-lo ou de rejeitá-lo. Deus em nada nos limita, em nada nos aprisiona.

O livre- arbítrio segundo Tomás de Aquino é uma graça divina que capacita o homem a fazer o bem, evitar o mal e alcançar mediante suas livres escolhas esse Bem último, o que saciaria toda a vontade humana.

A expressão livre-arbítrio costuma ter conotações objetivas, subjetivas ou paradoxais. No primeiro caso, as conotações indicam que a realização de uma ação (física ou mental) por um agente consciente não é completamente condicionada por fatores antecedentes.

(O) Livre Arbítrio, de Santo Agostinho.

O livre-arbítrio se trata da liberdade que se tem para escolher, escolhendo em função do próprio desejo. Assim, uma pessoa tem a possibilidade de decidir por qual caminho quer seguir, que comida quer comer, se vai ou se fica, etc., tudo devido ao livre-arbítrio.

O Livre-Arbítrio É um Princípio Eterno
“Podes escolher segundo tua vontade, porque te é dado” (Moisés 3:17).

Em nível abstrato, as pessoas parecem ser aquilo que os filósofos chamam de incompatibilistas: aqueles que acreditam que o livre-arbítrio seja incompatível com o determinismo.

A liberdade se diferencia do livre-arbítrio pelo fato de que, enquanto a primeira tem sua expressão no mundo externo (ações, expressões, experiências), o livre-arbítrio é uma faculdade que vem de uma consciência interna a partir do autoconhecimento, discernimento e clareza vindos do Ser.

Tese 1: Temos livre-arbítrio. Tese 2: Se todos os acontecimentos são efeitos de causas anteriores, não temos livre-arbítrio. Tese 3: Todos os acontecimentos são efeitos de causas anteriores.

Trata-se, para Nietzsche, da ilusão de que a vontade humana poderia deliberar sobre todas as ações de forma absolutamente livre. Para ele, o livre-arbítrio é um falso Page 15 14 “atributo” utilizado pelos moralistas para persuadir o homem de que ele é a causa de si mesmo e de todas as suas ações.

Os limites do livre arbítrio são os mandamentos de Deus e os direitos das outras pessoas.

Claramente a resposta é não! Quando nos relacionamos com outras pessoas, que estão no pleno exercício de suas vidas, a resposta é não, pois cada um deve ser 100% responsável por seus atos e por suas omissões, cabendo arcar com as consequências disto.

Nossa liberdade como seres humanos reside nas escolhas que fazemos e na responsabilidade que temos para com os resultados dessas escolhas. Isso é verdade em relação a coisas concretas, como quando escolhemos trocar uma carreira por outra e nos responsabilizamos pelo sucesso ou fracasso dessa escolha.

Com o livre-arbítrio vem a responsabilidade. Se um homem deve ser recompensado pela retidão e punido pelo mal, então a justiça comum exige que lhe seja dado o poder de agir de maneira independente. O conhecimento do bem e do mal é essencial para o progresso do homem na Terra.