O que é o hiperfoco no autismo?

Perguntado por: acoutinho . Última atualização: 22 de fevereiro de 2023
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O hiperfoco no autismo acontece quando pessoas no espectro apresentam um interesse intenso e altamente focado, em um ou mais assunto. Isso pode durar a vida toda ou mudar com o tempo. Os interesses são os mais variados: arte, música, jardinagem, animais, números e outros.

Há aspectos positivos em se ter um hiperfoco, desde que ele seja explorado corretamente. O hiperfoco pode ajudar a desenvolver novas habilidades, pode ainda se tornar a própria profissão da pessoa, além de ser um importante meio de aumentar a autoestima (já que saber que se é bom em algo é encorajador).

O hiperfoco é uma das características marcantes do transtorno do espectro autista, embora também possa aparecer em outras condições, como no transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e em alguns quadros de esquizofrenia.

TDAH também pode provocar o hiperfoco, que é quando a pessoa passa horas concentrada em uma única tarefa e não presta atenção a mais nada.

O excesso de hiperfoco pode causar o desvio da concentração em relação a tarefas importantes (exemplos: higiene pessoal, alimentação, compromissos com estudos, trabalho, família etc.); mas também pode te levar a tomar atitudes que podem ter consequências a médio/ longo prazo (como começar um projeto baseado no alvo do ...

Duração do hiperfoco
O tempo de duração no hiperfoco em alguns casos, ou coisas, podem parecer surgir do nada e durar semanas, meses ou até mesmo anos. Uma coisa é certa: quando um terminar, será substituído por outro.

O hiperfoco é uma das características mais comuns em indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Muitas crianças apresentam, por exemplo, um grande interesse por um objeto ou assunto. Dessa forma, o hiperfoco é classificado como a capacidade que elas possuem em se concentrar em algo específico.

Segundo artigo da médica psiquiatra Aline Rangel, especialista pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o TEA e o TDAH podem coexistir; porém, os sintomas do Déficit de Atenção e Hiperatividade costumam se sobressair, o que dificulta o diagnóstico do autismo.

Considerado 'grau mais leve', o chamado Autismo de suporte nível 1 tem algumas características específicas como: contato visual não consistente; dificuldades na flexibilização de regras, preferindo a manutenção de padrões; problemas na interação com as pessoas, entender piadas, ironias ou sarcasmo; e podem ter ...

Hiperlexia é uma síndrome, muitas vezes caracterizada como elemento do autismo, que envolve a capacidade de leitura precoce e a obsessão por números e letras.

No geral, uma criança com transtorno do espectro autista pode apresentar os seguintes sinais: Dificuldade para interagir socialmente, como manter o contato visual, identificar expressões faciais e compreender gestos comunicativos, expressar as próprias emoções e fazer amigos.

Quebra cabeça
O logotipo da peça de quebra-cabeça foi usado pela primeira vez em 1963 e foi popularizado pela entidade norte americana Autism Speaks (link https://autismspeaks.org). Eles o usam para simbolizar a ideia de que pessoas autistas são difíceis de compreender (como um quebra-cabeça).

Como já falamos, o TDAH não é deficiência, pois não é incapacitante. As pessoas com TDAH são disfuncionais, ou seja, têm mais dificuldade em realizar algumas atividades, mas não são incapazes de realiza-las. Assim, o TDAH não está contemplado no estatuto da Pessoa com Deficiência.

A diferença entre os transtornos é o grau dentro do espectro autista, já que é possível ter pessoas com TEA com apenas dificuldades de socialização menos perceptíveis até indivíduos com afastamento social, deficiência intelectual e dependência de cuidados ao longo da vida.

De acordo com as subdivisões, o TEA (6A02), na CID 11, é classificado como: 6A02.0 – Transtorno do Espectro do Autismo sem Transtorno do Desenvolvimento Intelectual e com leve ou nenhum comprometimento da linguagem funcional.

A síndrome de Asperger é um desses transtornos, só que um dos mais brandos. Chamada de autismo leve ou autismo nível 1 pelos especialistas, ela provoca os mesmos sintomas do autismo clássico, mas em uma escala menor.

"Romeo tem um autismo considerado leve, e foi uma evolução, conquistamos isso.