O que é o erro de medicação?

Perguntado por: aibrahim . Última atualização: 5 de abril de 2023
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Erro de medicação é qualquer evento evitável que, de fato ou potencialmente, pode levar ao uso inadequado de medicamento. Isso significa que o uso inadequado pode ou não lesar o paciente, e não importa se o medicamento se encontra sob o controle de profissionais de saúde, do paciente ou do consumidor.

A reação adversa a medicamento é considerada como um evento inevitável, ainda que se conheça a sua possibilidade de ocorrência, e os erros de medicação são, por definição, preveníveis.

Medidas administrativas como advertência verbal, notificação da ocorrência, advertência escrita e demissão têm sido tomadas como punição do profissional envolvido no erro.

Os erros de medicação podem ser classificados em: erro de prescrição, erro de dispensação e erro de administração.

Nos erros relativos à administração agrupam-se falhas na técnica de administração, principalmente de injetáveis, vias erradas, horários com erro de 60 minutos para mais ou para menos e entrega não direta da dose ao paciente.

Os medicamentos administrados erroneamente podem afetar os pacientes, e suas conseqüências podem causar prejuízos/danos, reações adversas, lesões temporárias, permanentes e até a morte do paciente, dependendo da gravidade da ocorrência.

Com relação aos erros, podemos dizer que eles são classificados em três categorias.
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Classificação dos erros

  • Erros grosseiros ou enganos;
  • Erros acidentais ou fortuitos;
  • Erros sistemáticos ou constantes.

O que é Reação Adversa à Medicamento ¿ RAM? RAM é qualquer resposta prejudicial ou indesejável, não intencional, a um medicamento, que ocorre nas doses usualmente empregadas no homem para profilaxia, diagnóstico, terapia da doença ou para a modificação de funções fisiológicas (ANVISA, 2011).

Entre os fatores apontados para a ocorrência de erros tem-se a ilegibilidade da letra do médico na prescrição, a carga de trabalho excessiva da enfermagem, interrupções frequentes durante a administração de medicamentos, número reduzido de funcionários e inexperiência do profissional de enfermagem.

As medidas tomadas pelo enfermeiro frente ao erro na administração de medicamentos são realizadas a partir da tomada de decisão em relação às intercorrências com o paciente; avaliando e controlando os efeitos adversos advindo do erro.

O erro médico está inserido no capítulo III, que trata da responsabilidade profissional. De acordo com o artigo 1º, “é vedado ao médico causar dano ao paciente, por ação ou omissão, caracterizável como imperícia, imprudência ou negligência”.

Já o COREN (Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo) (2011), define treze tipos de erros de enfermagem: erro de medicação, erro de prescrição, erro de dispensação, erro de omissão, erro de horário, erro de administração não autorizada de medicamento, erro de dose, erro de apresentação, erro de preparo, ...

A seguir estão os principais erros de no cuidado de enfermagem e como evitá-los:

  • Erros na Administração de medicamentos. ...
  • A Queda do Paciente. ...
  • As Infecções. ...
  • Os Erros de Documentações nos Prontuários. ...
  • A Mecânica Corporal. ...
  • O Cuidado com os Equipamentos e Dispositivos. ...
  • A Falha na Priorização.

Os erros mais comuns na dispensação de medicamentos envolvem doses ou formas incorretas, que podem ocorrer devido a distrações ou problemas com o ambiente de trabalho(15), problemas que foram também encontrados nos hospitais em estudo.

A enfermagem, responsável pelas últimas etapas do processo de administração de medicamentos, pode detectar falhas e evitá-las. A segurança na administração de medicamentos é imprescindível, e para isto é preciso identificar os tipos de erros e os fatores de risco na ocorrência de falha.

Entre os fatores que aumentam o risco de erros de enfermagem estão: o grande desafio na qualificação e capacitação profissional; falha na educação permanente; precárias condições de trabalho, déficit de profissionais, em especial de enfermeiro; carga horária exaustiva; duplo vínculo empregatício e baixa remuneração.